Hoje cedo o poster foi à feira. Mais precisamente a melhor feira do Sul do Pará, localizada na Folha 28 do Núcleo Nova Marabá. Frutas e verduras fresquinhas, aos sábados, não faltam.
Tem muito mais papo político. Em cada banca há um (a) “especialista” (a) no tema, majoritariamente favoráveis a Lula. Quem quiser saber a média do pensamento do povão, encontra andando pela Feira da 28.
Rápida passada, parando aqui e ali, levando papo com a “elite” dos feirantes, deu pra sentir que o PSDB e o DEM se ferraram rejeitando a CPMF. Ferrada daquelas de fazer xuuuuuuuu quando o ferro quente encosta no costado.
Feirante Manoel – Esse pessoal todo só faz o que aquele Fernando Henrique manda. O presidente do ricos;
Feirante Maria – Eu soube que o Bolsa-Família pode até acabar, sem o dinheiro que o Lula mandava pra gente e que esses safados não querem mais;
Feirante Salvador – Se eu fosse o Lula fechava esse Congresso de políticos ladrões. Os caras tem raiva de pobre;
Firante Raimundão – A minha filha disse que o governo nao vai dar mais aumento para os funcionários da Funasa sem o dinheiro da CPMF.
Feirante Zeca Piauí – Eles nao queriam a CPMF por causa do cheque que servia pro governo ver quem paga imposto. Eles não querem pagar imposto, são ladrões velhacos.
Entre 20 feirantes, vinte malharam “os políticos ladrões”. E, se observarem bem, o discurso da arraia-miúda segue a linha das falas do presidente Lula.
Nilson
19 de dezembro de 2007 - 23:50Hiroshi,
Lí todos os comentários sobre esse assunto.
Achei oportuna sua moderação no caso da macroeconomia, realmente, nas feiras o assunto é popular e superficial.
Agora, o comentário do deputado João Salame foi bem feito,com a costumeira astúcia do mesmo, que mostrou boa informação.
Mas, convenhamos, 0,0001% de CPMF não compensaria ser cobrada na maioria dos casos( o lançamento ficaria mais caro que o valor facial) e a rêde bancária não aceitaria fazer a cobrança.
Aí sim, estava o “algo mais” da CPMF, ou seja, toda a rêde bancária trabalhando para o governo a custo zero e ainda lhe dando informações fiscais, tributárias e outras.
Voltando às feiras, acabei de ouvir, com Sivuca e Rosinha de Valença ao violão em contraponto com a sanfona do mestre, a música “FEIRA DE MANGAIO” essa sim, considero a maior feira do mundo.
Um abraço do admirador de seu blog.
Nilson.
João Salame
17 de dezembro de 2007 - 14:50Hiroshy
Me permita discordar de você e de muitos amigos feirantes. Não sou saudosista de FHC, tanto que apoiei Lula 5 vezes. Mas considero a CPMF um imposto que foi desvirtuado e por isso mesmo deveria acabar.
Era para financiar a saúde. Não foi. Serviu para engordar ainda mais os banqueiros com a rolagem da dívida. No governo FHC e no governo Lula. FHC dizia que seria para saúde. Não foi. Lula, quando viu que ía ser derrotado, aos 46 do segundo tempo, repetiu a cantilena de que seria para a saúde. Não seria. Não por acaso FHC pediu pra esquecer o que ele escreveu. Lula tem sido useiro e vezeiro em esquecer o que falou. Inclusive no que se refere à própria CPMF, que o PT, Lula à frente, foi radicalmente contra durante a corte tucana.
Se é pra controlar os sonegadores porque não uma alíquota de 0,0001%?
Na realidade é um imposto que incide sobretudo sobre as classes média, alta e baixa; sobre os assalariados, funcionários públicos e milhões de brasileiros que não estão no topo da prirâmide e que são obrigados a receber em conta corrente. Os milionários são uma minoria.
O sacrifício seria justificável se realmente esses 40 bilhões fossem usados para resolver o caos da saúde pública. Dos hospitais sem médicos, sem medicamentos, sem dignidade.
Mas, ao contrário disso, Lula criou mais ministérios. A farra com a contratação de assessores, que já era grande no governo FHC, virou orgia no atual. Temos 28 ministérios. Desafio você, que é um homem bem informado, a me dar o nome dos 28 ministros. Com certeza você não sabe. O presidente da França pode contratar até 700 assessores, o dos Estados Unidos até 500. No Brasil o presidente já contratou 25 mil e pode contratar mais. Qual o País que aguenta isso?
Por isso, caro amigo, mesmo respeitando sua posição e a dos nossos amados feirantes, sou contra a CPMF. E, apesar de ter sido derrotada numa ação politiqueira do DEM e PSDB, que antes, no governo, eram a favor, constitui um grande avanço contra um Estado gastador e que joga a conta sempre para as camadas médias da sociedade.
Atenciosamente
Deputado João Salame
Hiroshi Bogéa
16 de dezembro de 2007 - 21:54Pois é, Val…
Nas feiras é onde podemos encontrar a alma do brasileiro. E das mais criativas.
Eu gosto também de percorrê-las, aos fins de semana.
Entre as de Caruaru , Mangaió e Ver-O-Peso, prefiro a da Folha 28. Ali a linguagem é bem nossa.
Mas não deixe de estar sempre no meio dessa gente aí de Brasília. Devem ser feiras diferentes, mistura de candangos e os diversos sotaques outros que terminam sendo candango, né?
Valeu a lembrança.
Abraços.
Val-André Mutran
16 de dezembro de 2007 - 16:48Caro Hiroshi. Política à parte. A feira sempre foi a minha referência de uma cidade.
Aqui em Brasília fiz questão de conhecer tantas quantas me foi possível.
A Feira da Ceilândia é um encontro de nordestinos.
A Feira de São Sebastião vende a melhor carne de sol de Brasília, feita com capricho pelo mestre Piauí.
Piauí, após o abate do boi, matura a carne numa Câmara Frigorífica – cifada pelo MS- e, ao contrário do que seria o óbvio, não é exposta em nenhum momento ao sol!
A Feira do Guará. A Feira de Taguatinga… ah, Hiroshi. Não há lugar melhor que uma Feira.
Hiroshi Bogéa
15 de dezembro de 2007 - 23:15PF mesmo, caraíba. Pra algemar e sair puxando diante das lentes de câmeras gerais.
“Pesquisa” encomenada pela Fiepa e outras federações do gênero.
A minha posição é ao lado do povo, batendo duro em suadosistas tucanos como certamente tu deves ser um dos representantes.
O resto é ficar miando, miando. Ou puxando os cabelos.
Ehe eh eh eh eh
Anonymous
15 de dezembro de 2007 - 23:07Ai sim, ser pego pela PF. Quem tem que fiscalizar sonegadores é o MP, PF e agentes fiscais e não os bancos.
O tal efeito a que você se refere não existe, pesquisas sempre mostraram que a grande maioria dos brasileiros quer o fim da CPMF.
Mas entendo sua posição, apenas peço para ser menos parcial, já que seu de sua vinculação com o PMDB de Ana Júlia.
Hiroshi Bogéa
15 de dezembro de 2007 - 21:17Asneira é tu vires aqui falar em macroeconomia quando eu tratei do efeito político da decisão dos fidalgos de FHC.
A CPMF era o monitoramento jurídico de quem não gosta de pagar imposto. Eles estão livres agora de serem pegos numa esquina pela PF.
Anonymous
15 de dezembro de 2007 - 20:50Com todo respeito, mas não dá pra tratar de macroeconomia com feirantes, não é meu caro.
A vis~~ao deles é tão curta quanto a de Lula. Acreditam em toda frase de efeito dita por Lula, mesmo que seja absurda, como sempre são.
E dizer que o povo brasileiro quer ou queria a CPMF é asneira.