A primeira entidade popular criada no município foi a Associação da Nova Marabá, de onde Adelina partiu, com seu jeito educadamente suave de falar, convencendo incrédulos e incautos, até chegar à zona rural, mais precisamente em Murumuru, fincando ali a base de um discurso organizado que saiu frutificando em outras comunidades do campo – até então dominado pelo autoritarismo dos patrões donos de castanhais e fazendas. Nessa estruturação a partir de Murumuru, a “Coluna Prestes” de Adelina contava com o apoio do advogado Gabriel Pimenta, Noé Atzingen e do então agricultor Maurino Magalhães, que logo ingressaria na labuta político-partidária, também estimulado por Braglia, elegendo-se seguidamente vereador e com breve passagem como titular da prefeitura.
hiroshi
31 de janeiro de 2007 - 18:16Menina, não precisa lembrar! O que vale é o saldo dos avanços que você e muitos outros proporcionaram, abrindo pinicadas para a consciência de grupos.
Repito: Marabá te deve legado do tamanho do Tocantins.
Abs
Anonymous
31 de janeiro de 2007 - 14:04Caro Hiroshi: chacoalhar a memória aflige porque a gente acaba cometendo injustiças enormes, querendo citar nomes e, fatalmente, esquecendo vários! Lembro que a Associação dos Moradores da Nova Marabá – da qual não participei como fundadora – contou com o engajamento importante de militantes do PC do B.
Já a Associação dos Moradores da Cidade Nova foi fundada com a prevalência de companheiros à época mais ligados à igreja católica e ao MEB, como Ademir Martins, Beta, Luzanídia, Mano.
Temo que ao tentar lembrar nomes eu acabe cometendo ainda mais injustiças! Abraço. Adelina.
Anonymous
31 de janeiro de 2007 - 13:30Hiroshi e Wilson (querido, há quanto tempo!)
Eu confesso que me comovi lendo tudo isto e é inevitável uma volta ao túnel do tempo das dores e delícias da minha vida em Marabá.
Há outros nomes, além da Rosa, mas sobre ela eu quero acrescentar que foi – e será sempre – minha grande companheira de vida e luta, e que foi através da sua força e serenidade que eu consegui tocar em frente o que tocamos, especialmente após o assassinato do Gabriel.
Porém, os “anônimos” é que foram fundamentais. Aqueles que foram nossos companheiros da luta efetiva, que confiaram, que tocaram em frente em busca da dignidade, da cidadania e da justiça.
Já lembramos Ademir, Beta,Maurino – que não são anônimos, é claro! – e há Antonio Chico,Zé Maria, Juvenal, e tantos outros companheiros que se nos juntássemos, daríamos um abração no Tocantins.
Obrigada pelo seu carinho que transformou a realidade passada em lembranças mais generosas do que efetivamente o foram. Abração. Adelina.
hiroshi
28 de janeiro de 2007 - 16:59Verdade, Wilson. A Rosa fez parte desse processo de conscientização, como também fizeram o Ademir Martins e a Beta, expandindo o Movimento Eclesiais de Base por outros municípios. Mas vou resgatar essa luta em artigos à parte.
Anonymous
28 de janeiro de 2007 - 11:29Hiroshi falta destacar o nome de Rosa Almeida.
Um Abraço,
Wilson Morbach