O problema se agrava a cada dia.

Quem paga o caríssimo Plano de Saúde Unimed Fama sente que está sendo lesado, porque não consegue atendimento em tempo que permita tratamento digno de alguma enfermidade.

A questão é grave.

Gravíssima, para relatar o mínimo.

Desde quando a Unimed Sul do Pará passou a ser controlada pela Unimed Fama, que tem sede  matriz em Manaus, o cliente da antiga operadora não teve mais sossego.

Saiu de um cenário de dificuldades para um clima de terror.

Terror no sentido de que a carteira de beneficiário da antiga Unimed Sul do Pará conseguia –  de forma falha, mas conseguia -, atendimento em consultas e exames.

Hoje, sob a administração da Fama, o plano de saúde Unimed está sendo rejeitado por grande parte dos prestadores de serviços, entre eles, médicos, clinicas e laboratórios.

Se alguém liga para marcar consulta com um ginecologista e obstetrícia, como exemplo, o Guia Médico da Unimed Fama disponibiliza em seu catálogo apenas um especialista, o médico  Anderson Huhn Bastos.

O tempo médio de espera para haver vaga, pelo plano, é no mínimo dois meses.

A busca por um psicólogo encaminha o cliente do plano à mesma via-crúcis.

Conseguir consulta é um percurso penoso.

Dura provação: também, no catálogo do Guia Unimed Fama, somente um profissional disponível, exatamente nas dependências do Hospital Unimed Fama.

Marcar a consulta para, posteriormente, seguir o tratamento através de sessões médicas necessárias, em se tratando de transtorno de ansiedade, exige exercício de paciência.

Pagar os caríssimos planos da Unimed  Fama, em Marabá, é um verdadeiro assalto ao bolso do usuário.

Diante das dificuldades encontradas pela população de Marabá para conseguir atendimento pelo plano de saúde, cerca de dezenas de clientes  criaram um grupo na rede social onde discutem seus problemas, acumulam exemplos de insatisfações e já promovem consultas a advogados.

Decidiram entrar na Justiça contra o Plano de Saúde Fama, denunciando a cooperativa médica no que se refere dificuldades para agendamento de consultas ou para realização de exames clínicos.

Denúncias serão feitas a  ANS (Agencia Nacional de Saúde), seguindo orientação jurídica.

A questão em Marabá é tão grave que alguns hospitais e laboratórios que mantinham convênio com a Unimed, por exemplo, já pararam de atender os clientes da empresa, por terem dificuldades em receber da cooperativa ganhos financeiros que têm direito por prestação de serviços.

Nos últimos dois anos, diversas denúncias contra a Unimed Fama Marabá foram formalizadas ao Ministério Público do Pará, Ministério Público Federal e Agência Nacional de Saúde (ANS).

Pelo que se observa, novas ações serão formalizadas, todas citando problemas relacionados, tais como encerramento, pela cooperativa, de contratos de credenciamento de prestadores de serviços, redução do número de especialidades médicas oferecidas em Marabá através da operadora e transtornos causados aos seus usuários quanto aos longos deslocamentos para a assistência das especialidades médicas em outras localidades.

Entre muitas denúncias, o Hospital Unimed é citado também, devido a péssima prestação de serviços  quanto a urgência e emergência, ausência de médico plantonista para assistência aos internados e outro para atendimento junto a urgência e a emergência, fazendo com que os usuários permaneçam naquele lugar por horas e horas; bem como a falta de insumos básicos no Hospital da Unimed Fama como curativos e material de sutura.