Lá se vão mais de quarenta anos e o asfaltamento da rodovia Transamazônica, entre Marabá e Itupiranga, continua miragem. Já foi pior, é verdade.
Antes, o trajeto de 30 km que separam Marabá da sede daquele município, era totalmente em terra de chão. Havia oito anos, 16 km, saindo de Marabá, ganhou pavimentação, ficando o restante como sempre foi.
Quando chega o período invernoso, percorrer os 14 km enfrentando lama e atoleiros diversos, é um sacrifício para quem necessita fazer o intercâmbio com Marabá.
A esperança, outra vez acesa, é a expectativa da notícia de que já foi definido o processo licitatório para o asfaltamento do pedaço de chão esculhambado.
A população de Itupiranga, acostumada a esse tipo de conversa há quase meio século, no fundo não acredita. “É mais uma mentira de tantas quantas já disseram”, desconversa Maria Adelaide Lima, dona de um pequeno comércio na bifurcação da rodovia federal com a estrada que liga esta a sede do município.