Foi tenso o encontro de representantes dos agricultores da região Apyterewa, localizada em São Félix do Xingu, no Ministério da Jutiça, em Brasília. O deputado Asdrubal Bentes (PMDB), bastante irritado, acusou o governo de “trair compromissos assumidos com os movimentos sociais e de estimular o conflito que já deveria ter sido solucionado caso fossem respeitados os acertos acordados anteriormente”. Denimar Rodrigues, prefeito de São Félix, fez relato da situação de pré-guerra entre brancos e os 150 Parakanã, apontando Benigno Marques como responsável pelo agravamento do conflito. Ele vem a ser o administrador local da Funai.
Bia
20 de maio de 2007 - 22:48Caro Hiroshi,
gostaria muito de ver os estudos. Localizo você amanhã por telefone e ombinamos.
Abraço.
hiroshi
19 de maio de 2007 - 22:44BIA, como faço para colocar em tuas mãos os estudos do Ipea? Voce precisa tê-los em mãos.
hiroshi
19 de maio de 2007 - 22:41Bia, suas palavras respondem ao comentário:
“Justiça para os Apyterewa e para os que, de boa fé, estão na área. O cumprimento da lei para os demais.
Só isto. Simples, constitucional.”
Abraços
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Bia Cardoso:
“O impacto dessa loucura?”
Já está ocorrendo: conflito de grande dimensão, imagem do Brasil novamente chamuscada internacionalmente, passivo ambiental sem precedente; e tudo isso diante dos olhos governamentais, estimulador da desordem instituída.
Abs
Anonymous
19 de maio de 2007 - 22:34Por um erro de digitação coloquei 1540 indios. Na verdade são apenas 154 indios. Apenas isso.
Anonino 6:12PM
Anonymous
19 de maio de 2007 - 18:57É.. os fazendeiros que invadiram essa área chegaram ao absurdo de desviar o curso de um rio para atender a boiada . O impacto dessa loucura? só o tempo vai dizer.
Bia Cardoso
Bia
19 de maio de 2007 - 12:16A consequ~encia das irresponsabilidades da FUNAI – em que pese a existência ainda de indigenistas sérios e compromissados com os povos indígenas – espalham-se pelo Pará.
O drama vivido hoje em São Felix é a renovação do drama vivido pelo povo Tembé do Alto Rio Guamá, que teve grande parte de suas terras ocupadas por assentados do INCRA, em cuja esteira vieram outros ocupantes.
Nossa “civilização” branca, européia, arrogante e estúpida entende que preservar o patrimônio territorial indígena, sua cultura, seu modo de vida é “atraso”.
Preferimos aplaudi-los folcloricamente nos eventos anuais dos Jogos ou da Semana do Índio, desde que voltem pras suas reservas e fiquem lá até a próxima festa. De prefer~encia sem fazer “marola”.
Certamente haverá nas terras indígenas em São Felix famílias de trabalhadores, ocupantes de boa fé. Para estes, que o INCRA destine áreas decentes para transferência. Para os grileiros, o rigor da lei. Para os bois, outros pastos. É só isto. Simples, constitucional.
Mas, cá no Guamá, desde 1977 espera-se a solução legal e justa.
A oração do dia? Justiça para os Apyterewa e para os que, de boa fé, estão na área. O cumprimento da lei para os demais.
Abraço. Hiroshi.
Val-André Mutran
19 de maio de 2007 - 06:07Incrível. Participei quando assessorei o deputado Zequinha Marinho de todos os acordos com a presença do Ouvidor Agrário Nacional, do ex-presidente da Funai – cara fantástico – que, em um ano, foi ao Rio de Janeiro 347 vezes e não pôs os pés nas imediações do “Paredão”, que duvido que conheça, a não ser por relatos de seu competitíssimo staff. Um honestíssimo elemento, e exemplo de servidor da Funai lotado em Altamira.
Um nacional pago com o recolhimento de nossos impostos.
Minha pergunta:
– O paraense Márcio, saiu do MinC prá isso?!
Quaradouro
19 de maio de 2007 - 03:48Atenção, vamos por partes – como diria Jack, o Estripador.Mas, a quem pertence originariamente a bendita gleba? Pelo nome (Apyterewa), sempre foi indígena e objeto de invasão, ocupação (há diferença?), assentamento incorreto e precipitado feito por um órgão do governo – o Incra – num espaço gerido por outro órgão governamental – a Funai.
Seria correto, agora, em nome de 3 mil bois, como sugere o comerciante de S. Félix do Xingu (que não diz a quantidade dos proprietários do rebanho, seguramente menos do que os 1540 índios quantificados), remover os índios de sua terra e jogá-los na beira da estrada?
Em 1986 vivemos em Marabá uma situação quase assemelhada. Invasores de terra fixaram-se numa área esprimida entre a reserva Mãe Maria e terras supostamente pertencentes aos herdeiros de João Anastácio de Queiroz. eram 86 “famílias” (parece que para onde o grileiro vai, leva a tiracolo a filharada e a mulher, numa aventura esquisita). Ameaçados de morte de um e outro lado, a intervenção do governo foi um desastre ecológico: retirou os invasores e os jogou no Castanhal Araras, onde a depredação pelo fogo praticamente nada deixou de pé.
´Reserva indígena é gerenciada pelo governo e, logo, considerada terra não sujeita a usucapião.Desapropriá-la não seria o termo juridico adequado – mas desafetá-la em favor dos “posseiros” é esbulhar a propriedade histórica da tribo.
Cautela e caldo de galinha, além de desconfiômetro ligado em grau máximo, não fazem mal a ninguém.
Anonymous
18 de maio de 2007 - 21:12Para quem não sabe, nessa área citada na materia do blog existem mais de 3 mil cabeças de gado e as familias ali instaladas receberam autorização do pr´´oprio Incra. Tirar agora dali familias que residsem há mais de 30 anos é uma injustiça em favor de 1540 indios.
João Antonio – Comerciante de São Féçlix do Xingu.
Anonymous
18 de maio de 2007 - 17:19Hum… o clima é mesmo tenso na área. Será que o Governo tão defensor das causas dos povos indígenas vai esperar pelo confronto entre aborígenes e brancos ou vai arregaçar as mangas e apontar saídas para o impasse??? Alôoooo..