A provável filiação ao PT do vereador Sebastião Ferreirinha está causando reações inflamadas na DS de Marabá. Comentário assinado por alguém auto-denominado Zé Quelé, mede a dimensão exata da temperatura interna da tendência petista, da qual faz parte a governadora Ana Júlia, uma das mais interessadas em transformar em correligionário, o presidente do Águia.
Diz o comentarista:
Em política, é assim: tem voto, sobrevive. Sem voto, pasta.
A DS de Marabá, cada ano vem definhando. Não consegue eleger sequer vereador. Na eleição de outubro passada, Dorimar, candidato ao legislativo apoiado maciçamente pela Democracia Socialista, obteve míseros 298 votos. Na relação dos candidatos votados, pelo Partido dos Trabalhadores, o representante da tendência ficou em décimo lugar. A candidata do PT mais votada foi Toinha, do PT Pra Vale, com 1.446.
Primeiro, ele é hoje uma pessoa muito próxima da governadora e foi o primeiro político, com mandato, em 2006, a sair percorrendo o sudeste do Pará defendendo a candidatura de Ana Júlia, dois dias após ela decidir disputar o governo do Estado.
Segundo, o vereador tem votos. E uma base consolidada nos quatro cantos do município de Marabá. Na eleição de vereador, em 2004, obteve sua terceira reeleição à Câmara de Marabá com 2.200 votos.
Agora em outubro, Ferreirinha foi candidato derrotado a vice-prefeito de Marabá na chapa de Bernadete ten Caten.
Antes de aceitar o convite do governo para se filiar ao PT, pela DS, o vereador fez uma exigência: assinar a ficha de filiação até esta sexta-feira, 21, data limite para ele ser um novo petista com as unhas afiadas para disputar o controle da legenda, em Marabá, no Processo de Eleição Direta -, daqui a um ano.
Quaradouro
21 de novembro de 2008 - 22:08Caro:
O caso do Dorimar é interessante. Integrante da DS e candidato à Câmara, ele achou que os “proceres” da tendência haveriam de apoiá-lo. Quebrou a cara! Decepcionado, confessou-me, durante a campanha, que sua “companheira” Evas Abreu, “uma das donas da DS”, disse-lhe na bucha, na lata, no pé do ouvido, que não contasse com ela nem com ninguém.
Aliás, segundo outro petista, Ronaldo Giusti, sua mulher Eva Abreu,e Demerval, “todos encabidados em cargos do governo Ana Júlia” – não moveram uma palha na campanha de Bernadete.
Seria interessante ouvir a versão da DS, que alguns já chamam de DC – “Deixa Comigo!”
Anonymous
21 de novembro de 2008 - 19:39O PT precisa provar que não é igual aos outros partidos. Logo, não pode aceitar que Ferreirinha o tome de assalto com seus mil filiados. É bom lembras que o estatuto do PT (Art. 10) proibe filiação em massa.
A Ds não pode ser o canal para o estupro do Partido.
Demais, o PT não é um partido eleitoreiro. É um partido de militãncia, de fortalecimento dos movimentos sociais.
A DS ainda é uma corrente pequena, mas teve três candidatos nas eleições passadas, não apenas Dorimar: professora Vilma e Raimundo do Sindicato. Ao todo alcançou mais de 900 votos.
Se Ferreirinha está em dúvida entre dois extremos (PT e PMDB) é porque não tem convicção quanto à sua opção política.
Ficaria melhor se ficasse no PSB, onde é e continuaria Cacique.
Anonymous
21 de novembro de 2008 - 04:01A DS é uma corrente marxista e trotkista. Vai filiar o “revolucionário” Ferreirinha, que assim que o PT perder o poder volta para os braços dos tucanos,peemedebistas ou outros inquilinos conservadores do poder. Eta petezinho esse. Eta governadorazinha ruim esssa.
Zé Dudu
20 de novembro de 2008 - 18:38E o Zé Kelé tá com medo de quê?
Se o PT/DS de Marabá é assim tão forte que os novos aliados devem demonstrar pra que veio e conquistar seu espaço, mesmo como soldado, filiem o homem e deixem que ele busaque o espaço necessário para galgar novas patentes.
Não foi a única exigência?
Deixe que ele “afie as unhas” como disse o blogger.