O poster tirou 15 dias de “férias” e ganhou o mundo, desligando-se de quase tudo.

Quase.

Não dava pra isolar-se completamente. Afinal, o blog e a coluna do Diário precisam  continuar vivos. O blog, aliás, teve atualização esporádica, sem muitas emoções.

No retorno a Marabá, bastou zanzar algumas horas na sexta-feira, 9, para captar o sentimento entre formadores de opinião.

As nomeações de dois secretários oriundos do Estado do Tocantins (Secretarias de Gestão Tributária e Captação de Recursos,  Omar Antonio Hennemann; e Planejamento, Glênio de Oliveira),  e a manutenção de auxiliares remanescentes da gestão do antecessor Sebastião Miranda (PTB), estão valendo pesadas críticas ao  prefeito de Marabá, Maurino Magalhães (PR). 

As rejeições partem, principalmente, de pessoas participantes ativas da campanha do novo administrador.

A seguir, usando expressão do gosto da Alcinéa,  gitinhas (pequenas notas) do que o blogger anotou,  conversando aqui e ali.

Clonagem

A insatisfação é generalizada nos arraiais maurinistas.  A cara do seu governo até agora é composta por dois secretários vindos de Palmas e vários que participavam da equipe do ex-prefeito Tião Miranda.

O retorno

A última “aquisição” é a entrada no governo de Pedro Correia, vice na chapa de João Salame (PPS) na disputa pela prefeitura, que vai assumir o comando do setor administrativo e financeiro da secretaria de Obras, onde continua o secretário Lucídio Colinetti.

Os homens de Tião

Maurino manteve nos cargos os secretários de Finanças (Pedro Freitas), Administração (José Nilton), Meio Ambiente (José Scherer), Ipasemar (Karam el Hajjar) e Fundação Casa da Cultura (Noé Von Atzingen). João Rodrigues, que era secretaria de Desenvolvimento Urbano, passou a ser adjunto na mesma secretaria. 

Choros e velas

Semana passada em Belém, reuniu-se um grupo de insatisfeitos com os rumos do governo Maurino. A deputada Suleima Pegado (PSDB) está à frente da articulação. Participaram do “muro das lamentações” o pecuarista Diogo Naves, o pastor Vladimir e sua esposa e o ex-vereador Raimundo Nonato. Na reunião críticas generalizadas à nomeação dos secretários de Palmas e à manutenção dos secretários ligados a Tião Miranda. 

Olha o Dilúvio aí, gente!

Além de exigir uma secretaria para Raimundo Nonato (Agricultura),  deputada Suleima Pegado, como uma profetiza do apocalipse, está prevendo uma enchente de proporções fenomenais em Marabá este ano. E propõe a nomeação imediata de seu filho, Daniel Pegado, que era vereador em Belém e sequer apresentou sua candidatura a reeleição, para assumir a chefia da Defesa Civil em Marabá. Na realidade, a deputada gostaria que seu filho tivesse sido nomeado para a secretaria de Planejamento. 

Grana

Quanto ao aproveitamento de Diogo Naves, ex-presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá,  e do pastor Vlad, comenta-se nos bastidores que a resistência do prefeito Maurino Magalhães a contemplar os dois tem a ver com arrecadação de campanha. Digamos que os dois foram bastante “operosos” na tarefa, mas o resultado final não agradou ao prefeito eleito. 

Temor

A continuar assim, o temor de alguns correligionários de Maurino é que o professor Nei Calandrini, eleito pelo voto direto dos educadores,  não dê certo na secretaria municipal de Educação e o novo gestor se veja tentado a convidar a professora Kátia Américo para voltar ao cargo, de onde saiu execrada pela comunidade acadêmica. 

Rusgas 

Aliás, é certo que Ney Calandrini tomou a iniciativa de nomear diretores na Semed sem consultar o prefeito, que tornou sem efeito a medida. Eleito pelo voto da comunidade escolar, até quando Calandrini vai recuar quando suas decisões não forem aceitas pelo gestor? Eleito pelo voto popular da maioria, até quando Maurino vai suportar decisões que lhe desagradem na área educacional?