Houve um tempo em que os jornalistas eram boêmios. Para eles, a dissipação era uma segunda natureza profissional. Nem bem a gente saia da Redação de onde se trabalhava, o primeiro bar apontava, de pronto.
Hoje, desvio de regra, somente os mais veteranos mantém hábitos notívagos.
Em Imperatriz, final dos anos 70, eu e Jurivê de Macedo – saudoso amigo recém falecido, então diretor de Redação do jornal O Progresso -, tínhamos nosso endereço preferido: o Canto Verde, barzinho localizado seis casas do jornal, que se destacava por uma lona verde estendida nem bem era aberto, para sombrear a calçada normalmente ocupada por mesas.
Bela noite, quatro e tantas da matina, depois de uma jornada etílica, no momento em que se baixavam as cortinas de lona do bar, sem perder a linha, Jurivê se virou para o “Japonês”, dono do pedaço:
– Japona, já que içaram as velas, gostaria de saber para onde estamos partindo…
Ananindeua Debates
11 de julho de 2010 - 17:25Caro Hiroshi, essas suas crônicas não deixa nada a dever a Antonio Maria o cronista do Rio, quero saber quando elas estarão em Livros.
Essa do Jurivê para o "Japonês' vai me fazer rir o domingo td.
abraços
Rui Baiano da equipe do blog.