Ao final da tarde de ontem, 18, o poster recebeu telefonema aguardado havia mais de 40 dias: confirmação do encontro com a mãe de criação de um dos filhos de Osvaldão.
Vitalina aceitou conversar desde que respeitadas algumas regras.
A senhora, pautada, digamos assim, é o objeto de consumo mais cobiçado do blogger.
Até hoje, ela jamais concedeu depoimento sobre a guerrilha, que viveu até o pescoço carregando o peso de criar um dos filhos do guerrilheiro. Vive em uma pequena cidade do Tocantins, envolta a um silencio obsequioso somente agora em vias de ser quebrado.
Ao confirmar ontem à tarde a mais desejada entrevista, o colaborador do blog contou as dificuldades enfrentadas para localizar Vitalina, sendo necessárias quatro viagens a três localidades, sempre aos finais de semana, com auxilio de amigos dele residentes em São Geraldo e Xambioá.
Localizada, a senhora quis chutar o pau-de-barraca quando recebeu proposta de conceder entrevista. “Quase fui expulso de sua casa, mas graças a Deus uma prima dela acalmou os ânimos e a convenceu da importância de falar um pouco sobre a guerrilha”, conta nosso herói.
Problema é saber se Vitalina topará gravar depoimento em vídeo.
Hiroshi Bogéa
20 de janeiro de 2008 - 21:57Ronaldo,
Já consegui gravar 11 horas de vídeo, entre imagens e depoimentos diversos. Todos de vítimas da guerrilha, com autorização de uso de imagem, etc.
Há um vasto material ainda a ser recuperado, ou, melhor dizendo, identificado -, pelo seu ineditismo. É um trabalho que exige paciência, mas pressa. Porque muita gente que participou da guerrilha, residindo ainda no Bico do Papagaio, com idade avançado, dá sinais de que pode desaparecer a qualquer hora.
Se tivesse realmente forte patrocínio, tinha avançado mais. Todas as viagens, sempre levando dois parceiros da produtora, são custeadas com recurso próprio: equipamentos, fitas, gratificação e diária dos colaboradores, transporte, gasolina, hospedagem, refeição, merenda, uma “ponta” aqui, outra ali, -sempre visando facilitar a localização de pessoas, passando a régua, pesa, parceiro.
Mas faço com tremenda satisfação.
“Babo” nas viagens. É como se eu tivesse começando minha vida de profissional, aos 18 anos.
Vamos ver que formatação daremos a isso.
Abs
Ronaldo Barata
20 de janeiro de 2008 - 12:45Caro Bogéa
Sensacional. O trabalho de pesquisa que estás realizando sobre a Guerrilha do Araguaia merece elogios e apoio, que com certeza absoluta não tens. O resgate da memória de tão importante evento histórico é de fundamental importância para a compreensão do papel executado pelo Exercito Brasileiro na região. Continua e conta com a nossa torcida.
abs. do Ronaldo