A Secretaria de Estado de Transportes (Setran) montou equipes de trabalho que estão executando serviços embaixo da ponte do Outeiro, nesta segunda-feira (24). O objetivo é estabilizar a estrutura e assim liberar o tráfego para veículos leves e pedestres. Durante a manhã foi iniciado novo esquema de navegação, concentrando os embarques e desembarques nas rampas de acesso à 7ª Rua, em Icoaraci.
Leila Martins, diretora técnica da Setran, explica que a primeira etapa de trabalho terá a o tensionamento de cabos, por meio de macacos hidráulicos. “É necessário primeiro dar estabilidade à ponte. No prazo máximo de 30 dias faremos um teste de carga e, se a ponte estiver segura, vamos liberar a passagem de motociclistas, ciclistas e pedestres”, pontua Martins. A estimativa de custos dessa etapa é de R$ 300 mil.
A estabilização, no entanto, é uma solução emergencial. A recuperação da ponte exige um prazo maior para liberação a veículos de quatro rodas.
O projeto prevê a construção do mastro central para colocação dos cabos-estais, restauração dos pilares remanescentes, guarda-corpo, pista de rolamento e instalação de defensas para evitar novos choques de embarcações.
Enquanto a ponte permanece interditada, órgãos estaduais e municipais trabalham em conjunto para garantir o tráfego das mais de 80 mil pessoas que residem na ilha de Outeiro. Nesta segunda iniciou o novo esquema de transportes fluviais gratuitos para a comunidade, centralizados nos flutuantes e rampas de acesso à 7ª Rua, em Icoaraci.
Abraão Benassuly, presidente da Companhia de Portos e Hidrovias do Estado do Pará (CPH), comentou as mudanças. “Com o objetivo de dar mais conforto aos passageiros que estavam se deslocando de Outeiro para Belém através do Porto da Sotave e agora é pelo trapiche de Outeiro. Para isto, colocamos mais um flutuante coberto com 80 metros de comprimento, para fazer os embarques simultâneos”, detalhou.
As lanchas rápidas são equipadas com ar-condicionado e transitam entre a rampa de acesso de Outeiro ao trapiche de Icoaraci, em cerca de cinco minutos. Já os navios trafegam entre o porto da Brasília, em Outeiro, e o Terminal Hidroviário de Belém, em viagens de aproximadamente 1h. Também estão disponíveis para a travessia dois catamarãs, um com capacidade para 155 lugares e outro para 133.