Declaração de executivo de uma grande empresa de Marabá:
– A decisão da Vale de suspender o fornecimento de minério a Usimar e Cosipar provocará o estancamento dos investimentos do setor siderúrgico. Isso representa muita coisa para a economia regional. A Sidepar vinha planejando investir U$ 19 milhões na sinterização. A aciaria em fase de construção pela Simara é da ordem de U$ 80 milhões, podendo a mesma agora não ser concluída no prazo previsto.
A ordem é suspender investimentos até que as incertezas geradas pelas decisão da CVRD sejam esclarecidas.
Batendo cabeças
O blog ouviu também de empresário siderúrgico que um dos entraves na atividade é a queda de braços entre o Ibama e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. As medidas arbitradas pelos dois órgãos em relação ao setor não teriam qualquer sintonia a ponto da própria Justiça julgar algumas inconstitucionais.
O mesmo interlocutor informa que a decisão administrativa da CVRD só se estenderá, em futuro próximo, às empresas condenadas em ação criminal. Nesse caso, atualmente, além de Cosipar e Usimar, as demais siderúrgicas não chegaram a esse estágio.
Opinião pública
Pesquisa qualitativa realizada no município de Marabá para avaliar o desempenho da atividade guseira no seio da comunidade, revelou detalhes interessantes.
* Grande parcela da população que veio de outros estados tinha um alvo específico: trabalho e renda. Cerca de 40% encontraram.
* Consultados apontam a siderurgia como principal geradora de emprego no município. Citada mais do que o poder público.
* Mais de 60% da população daria nota de 08 a 10 para o setor.
Com esses números em mãos, surpreendentes até para os donos de usinas, as empresas acham que a população transformou-se na principal aliada do Distrito Industrial, “e que responderá à altura, se convocada” (sic).
Um executivo, ao lado do empresário, aproveita o gancho para configurar a idéia de que o governo pauta suas ações baseado na opinião pública. “Se essa lógica é real, qualquer ação da Vale que venha representar uma ameaça a geração de emprego, pode conflitar a relação entre a população e a mineradora que tem um dos maiores investimentos previstos aqui na área que é o Salobo”, raciocina o rapaz.
Investindo no social
Empresários partirão agora para a expansão de programas sociais, ampliando também a oferta de mão de obra no plantio de eucaliptos em áreas localizadas em pelo menos 12 fazendas adquiridas recentemente.
Anonymous
26 de agosto de 2007 - 14:41A Cosipar recebeu em 1992 o equivalente a Us$ 50,000.00 (Cinquenta milhoes de dolares americanos) da corrupta SUDAM para fazer o forno III movido a coque e plantar 21.000 Ha de eucalipto que seria 3.000 Ha durante 7 (sete) anos alem da injecao de finos de carvao.
O que foi feito com o dinheiro?
Usar empregos como chantagem e o que hoje esta em moda,porem os empregos que poderiam ter sido gerados se o investimento tivesse sido corretamente aplicados nao.
Val-André Mutran
26 de agosto de 2007 - 13:02Hiroshi.
A questão é gravíssima. A saída racional foi apontada pelo governo Federal com a apresentação do Projeto do Distrito Florestal Sustentável do Carajás.
Estávamos presentes na audiência pública ai em Marabá.
Lembras do manifesta assinado pelos movimentos sociais.
Mesmo sem saber o que era o DFSC os bacanas não foram e ainda protestaram.
É essa a democracia que esses bacanas chamam de movimentos sociais?
Um dos pilares do DFSC é que 60% dos reflorestamentos serão com espécies nativas.
O projeto há de ser melhorado.
Estou acompanhando aqui em Brasília seus desdobramentos.
O Ibama está literalmente dividido quanto a proposta apresentada pelo setor produtivo e pelo Dr. Marcílio (Governo do Pará) para a ampliação do raio de abrangência do DFSC.
Se nos próximos quatro anos esse projeto não sair do papel, será a decretação da morte do sonho de verticalização mineral no Estado do Pará.
“Movimentos sociais”, sinônimo de intransigência. Vergona!
Anonymous
26 de agosto de 2007 - 02:28HIROSHI GOSTARIA DE TER A OPINIÃO DAQUELE JORNALISTA, O LÚCIO SOBRE A SUSPENSÃO DO MINÉRIO PELA VALE PARA PUNIR AS GUSEIRAS PREDADORAS.
ABÇOS
Anonymous
26 de agosto de 2007 - 02:27Acho que é preciso ser coerente. esses caras sempre contribuíram com a devastação da floresta comprando carvão de assentados. Agora que eles querem ter produção própria vcs são os primeiros a não aceitar??? o que é isso companheiro?
Vicente(engenheiro) marko – Belém
Anonymous
26 de agosto de 2007 - 02:24SOMOS RADICALMENTE CONTRA O PLANTIO DE EUCALIPTO PELAS SIDERÚRGICAS. PRIMEIRO, ISSO NÃO É DE NOSSA CULTURA. NESSAS DITAS 12 FAZENDAS ELES ESTÃO TRANSFORMANDO A PAISAGEM NUM DESERTO VERDE. ISSO NÃO RESOLVE . QUEREM PRODUZIR ENTÃO PLANTEM ÁRVORES NATIVAS DA REGIÃO.
MOVIMENTOS SOCIAIS
Anonymous
26 de agosto de 2007 - 02:22Puxa, finalmente o setor entendeu que é preciso plantar para produzir. Não deixa de ser um bom recomeço.
Hiroshi Bogéa
25 de agosto de 2007 - 20:18Acredito, sim. Esta semana mesmo o JB (Jornal do Brasil) manteve contato comigo pedindo informações a respeito. De minha parte, já registrei aqui, sustento não existir nenhuma pegada que nos leve a comprovar a participação de Fábio Inácio da Silva na compra de algum imóvel na região. Ele não tem nenhuma participação nos bens do Grupo Opportunity. Pelo menos em cartórios de registro de imóveis de municípios onde as Fazendas Santa Bárbara Ltda estão sendo montadas, os nomes que aparecem são de Daniel Dantas e seus sócios. Se a razão social fosse S.A poder-se-ia apelar para o anonimato das ações. Mas não é.
Quero deixar claro que não estou fazendo apologia a defesa de “Lulinha”. Só entendo haver necessidade de posturas racionais diante de rumores. O rapaz já comprouvou ser rápido demais em negócios nebulosos, mas daí a afirmação do “ouvi falar”, sem provas concretas, é ato de irreponsabilidade oceânica.
abs.
Val-André Mutran
25 de agosto de 2007 - 18:41Hiroshi. Parece piada! Mas, é sério. A “Grande Imprenssa”, me pergunta qual são as fazendas do Lulinha!!!??
Hhehheeee.
Se acredita nisso?