Foi tensa, muito tensa, a audiência pública de Parauapebas que debateu o Projeto Serra Leste, da CVRD, ocorrida ontem (9). O tensionamento ficou por conta de 300 garimpeiros de Serra Pelada exigindo uma série de benefícios sociais em favor dos moradores da vila. Liderados por Raimundo Benigno Moreira, presidente do Sindicato dos Garimpeiros de Serra Pelada e da associação dos moradores locais, manifestantes deixaram claro concordar com o empreendimento, desde que a empresa assuma responsabilidades na capacitação dirigida para que eles se candidatem aos empregos que serão gerados, e que não constam dos Estudos de Impactos Ambientais (EIA).
No leque de exigências, querem que as famílias sejam indenizadas pela mineradora para deixar o local, já que estão próximas da área de mineração e temem os impactos da operação, como ruídos e poluição dos corpos d’água, decorrente da drenagem do alto da serra.
Outra sugestão do grupo é pela criação de um núcleo urbano com toda infra-estrutura social, que possa manter sua integridade.
A voz do ditador
Na audiência pública de Curionópolis, ocorrida terça-feira, o prefeito Sebastião Curió (DEM) fez ameaças a diversos manifestantes contrários à aprovação de propostas. Denúncia foi feita esta manhã pelo procurador de Justiça Raimundo Moraes, durante abertura da audiência em Marabá. Por causa disso, o Ministério Pública pensa em pedir a anulação da reunião de Curionópolis.
Provocações
O blog não tem dúvidas em afirmar ter detectado uma queda de braços entre o Ministério Público do Pará e a Companhia Vale do Rio Doce. Foi de claro confronto as manifestações registradas esta manha. De um lado, os promotores Eliane Moreira e Laércio Guilhermino de Abreu, além dos procuradores Raimundo Moraes e Rogério Queiroz, da procuradoria do Estado -, exigindo transparência e o máximo de respeito às normas ambientais. De outro, executivos da Vale com apoio das classes produtoras de Marabá.
As três etapas de liberação das Licenças Prévia, Instalação e de Operação do projeto Mina de Ferro Serra Leste serão abarrotadas de empurra-empurra. É só prestar atenção.
Anonymous
11 de agosto de 2007 - 02:02O anonimo 07:09 tem razao. Aqui em Altamira nunca deixaram construir a barragem de Belo Monte.O Brasil pode parar por falta de energia, mas as ONGS acham que tem de ser assim. Pior é que o governo Lula nada fez, fica so batendo palmas.
Anonymous
10 de agosto de 2007 - 22:09A verdade é uma só: as ONGs estão atrasando o desenvolvimento do Brasil. Aqui na região Amazônica, por exemplo, onde vivemos carentes de tudo, tudo o que podem, aquelas organizações impedem o surgimento de grandes investimentos. Pior é que no meio delas existem pessoas pobres~, usadas ingenuamente, sem saberem que as suas próprias vidas estão sendo prejudicadas.
Anderson Lima Batata Santos
Altamira – Vendedor de Carros
www.ribamarribeirojunior.blogspot.com
10 de agosto de 2007 - 21:58È impressionante a capacidade de análise da Golder sobre o fluxo migratório, ou de fato não conhecem a realidade,ou mascaram de forma estupida os dados históricos dessa região,cujo processo migratório tem avançado a partir dos grandes projetos.
Só em ouvir falar que vai ser implantado um deterniando projeto, uma grande multidão (exército de reserva) se deslocam para as adjacências do futuro projeto. Foi assim que aconteceu em meados da decada de 90 com o anúncio do Projeto Salobo.
Portanto, essa reflexão da Golder não reflete a nossa realidade do sul e sudeste do pará, que vive numa dinâmica de crescimento populacional muito intenso.