O Movimento dos Atingidos por Barragem, é atingido em cheio pela nota da Central das Colônias dos Pescadores da Bacia Hidrográfica Araguaia, nviada ao blog:
A Central das Colônias dos Pescadores da Bacia Hidrográfica Araguaia – Tocantins (CECOAT), representante única e legítima das Colônias de Pescadores em torno do Lago de Tucuruí, nas quais estão incluídas as colônias Z-32 de Tucuruí, Novo Repartimento Z-78, Itupitanga Z-44, Nova Ipixuna Z-58, Goianésia Z-61, Breu Branco Z-53 e Jacundá Z-42, englobando 13 mil pescadores no entorno do Lago, vem por meio desta nota esclarecer e repudiar publicamente as ações de vandalismo, terrorismo e destruição causados pelo Movimento dos Atingidos pelas Barragens, que tem utilizado os pescadores como justificativa para seus atos e denegrindo, pois, a imagem dos pescadores. Todavia, os pescadores possuem seus representantes legítimos das negociações sobre as demandas existentes na área.
Os pescadores, de maneira pacífica, negociavam desde o início de 2007, através da Colônia de Pescadores de Tucuruí, junto a Eletronorte, os problemas da pesca nas proximidades da barragem, o que por lei só é permitido 200 metros distante daquele local. Essas negociações foram interrompidas pela ocupação liderada pelo MAB no setor de distribuição de energia da Eletronorte fazendo que o Governo Federal iniciasse uma nova negociação excluindo o representante legal dos pescadores, a Colônia Z-32, de Tucuruí. A verdadeira pauta dos pescadores foi apresentada ao Diretor de Meio Ambiente da Eletronorte, em Tucuruí, discutida pelos pescadores do paredão da barragem, que é o real foco da situação dos mesmos.
Os pescadores pedem que os Governos Federal, Estadual e Municipal retomem as negociações com a Colônia Z-32, pois o MAB não representa os pescadores e não tem legitimidade para fazer acordos pelos mesmos. A história dos pescadores não possui ações de vandalismo, destruição, desrespeito a democracia, ou qualquer tipo de atitude que não dignifique a luta dos mesmos em prol da melhoria da qualidade de vida dos pescadores, sempre preocupados em negociar pacificamente com os órgãos competentes.