Está na hora do poder central de Belém contribuir para acabar com um fenômeno que batizo de “resistência cultural” e que se formou na última década pela ausência de políticas públicas destinadas às artes e as suas manifestações diversas, geralmente vivenciadas em grande parte dos trinta e oito municípios da região . E esta “resistência cultural” não é um processo simples que se dá no confronto entre culturas imutáveis no tempo. É a visão que muitos dirigentes estaduais tentam perpetuar de que costumes e tradições trazidas de outros estados deformaram o paraensismo, quando, na verdade, fez foi fortalecê-lo, com novas cores e vozes. Um verdadeiro caldeirão de boas novas a consolidar nossa própria identidade porque a vida social não consiste em batalhas campais entre culturas, mas sim em enfrentamentos entre grupos, categorias e indivíduos, para quem a cultura orienta a ação política e é ao mesmo tempo uma arma usada para empreendê-la.
Nessas pequenas e grandes batalhas do dia a dia, a cultura vive através daqueles que a usam, e ao serem assim utilizadas, ela os transforma e se transforma.
É atrás desse amontoado de sítios criativos que o novo governo deve ir, sem se preocupar em medir o tamanho de seu custo.
Aqui estaremos solícitos, avidamente batendo tambores, viu Juvêncio! E dando boas vindas.
Germano
20 de maio de 2012 - 12:48Em um mundo onde a tecnologia e uma ferramenta de suma importância para a formação de um individuo, e cada vez mais introduzida na sociedade. Fica difícil não deixar que morra culturas do nosso país, pois a tecnologia não é uma cultura e sim uma imposição, cujo o sentido e nos transformar em seres mais evoluídos e futuristas, onde cultura se torna algo ultrapassado e fora de qualquer importância social. Cabe ao poder publico criar uma politica onde seu foco principal seja a cultura e como ela ajudar a socializar um individuo.
Anônimo
10 de agosto de 2011 - 15:11isso não tem nada a ver com resistência cultural
BANDO DE MALUCOS
Juvencio de Arruda
29 de dezembro de 2006 - 00:23Puxa vida, Bogéa, voce escreveu este post justo no dia em que saí para minhas curtas férias de dez dias no Marajó.
Com atraso registro meus agradecimento a carinhosa menção ao post, que resume o que penso sobre o assunto.
Faço minhas as suas palavras de elogio ao poeta e amigo João de Jesus, a quem tive a honra de ter sido seu secretário adjunto de estado da Cultura e superintendente adjunto no CENTUR, entre 1987 e 1989.
Um abraço e feliz 2007.