O Estado do Tocantins, apesar de perfil governamental dedicado ao agronegócio, registrou 0,9 km2 de áreas desmatadas, em junho, bem abaixo da devastação detectada no Pará – território campeão de crime ambiental.
Segundo explicação da Naturatins, órgão ambiental do vizinho Estado, o menor desmatamento no Tocantins deve-se ao monitoramento da cobertura vegetal por meio da análise de imagens de satélite, identificando os desmatamentos ilegais para subsidiar o trabalho dos fiscais do órgão. Em outra ação, os especialistas verificam se as solicitações para desmatamento em propriedades rurais são necessárias, considerando-se a existência de áreas já abertas e subutilizadas.
Os técnicos do órgão citam também a contratação de mais técnicos para agilizar os procedimentos de análise dos processos de Licenciamento da Propriedade Rural, aquisição de uma Base Cartográfica Digital Contínua para inserção das propriedades rurais licenciadas para que seja monitorada a integridade das Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente, e verificada a ocorrência de desmatamentos indevidos.
Em outra frente, a Naturatins firmou convênio com o INPE para o desenvolvimento de metodologias para monitorar e detectar a dinâmica de desmate do cerrado; e com o Ibama, no qual o Estado assumiu, desde 2005, a responsabilidade de emitir autorizações para desmatamentos e queimadas, e para o transporte e comercialização de produtos florestais.