De manhã, uma nota assinada pelo dirigente nacional do Psol, Fernando Carneiro, dando ultimato para Úrsula Vidal se desligar da legenda depois de aceitar convite para ocupar a Secretaria Estadual de Cultura, obrigou a ex-candidata ao Senado oficializar sua saída do partido.
A nota de carneiro, abaixo:
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Nosso partido surgiu como alternativa de poder no país. Ao longo dessa trajetória construímos uma bela história sempre ligada aos movimentos sociais e nos diferenciando dos partidos tradicionais, a maioria deles envolvidos em escândalos de corrupção e acostumados ao “toma lá, dá cá” que marca a política nacional.
No Pará o PSOL reafirmou essa posição no 2° turno ao não apoiar nem MDB nem PSDB, faces da mesma moeda.
Portanto é com profunda estranheza que recebo pelas redes sociais, a notícia de que Ursula Vidal tenha aceitado integrar, na qualidade de secretária de cultura, o governo de Hélder Barbalho. É estranho porque essa questão nunca passou por nenhuma instância partidária e expressa uma ruptura política com o PSOL.
Nunca nos apresentamos como donos da verdade, mas sempre primamos pela independência diante dos partidos e dos governos da burguesia brasileira. Ao mesmo tempo sempre afirmamos que há muito mais semelhanças que diferenças entre o programa dos tucanos e dos Barbalhos: um projeto neoliberal que entrega nossas riquezas e destrói sistematicamente nossos recursos naturais e condena nosso povo à miséria.
Nessas eleições nosso programa foi de mudanças para o Pará. Esse não era apenas um programa eleitoral, mas um projeto de futuro e de inversão de prioridades que colocasse o povo em primeiro lugar e que usasse nossas riquezas para combater as desigualdades sociais que marcam nosso estado. Já naquele momento desautorizamos qualquer liderança partidária a manifestar apoio a Helder ou a Márcio Miranda.
Ursula afirma em sua nota que pretende construir “um projeto democrático e participativo” no governo do MDB. Quer “atuar no espectro imediato de resgate de vidas, memórias e saberes de nossa gente” e que espera “um novo tempo, de transformações de vidas e sonhos”. Ela maneja, como sempre, as palavras com maestria, mas não há mágica possível que transforme o governo do MDB e de Hélder Barbalho em “democrático e participativo” e muito menos “em um novo tempo de transformações”.
Reconheço em Ursula a expressão de uma oxigenação da política paraense. Por isso mesmo a recebemos de braços abertos no PSOL. Mas essa decisão, de se aliar à velha política, joga por terra toda a expectativa de renovação que depositamos nela.
Repudiamos essa atitude e reafirmamos que não há a menor condição de que ela continue no partido se de fato assumir esse cargo no governo Helder. Espero que ela tenha ciência disso e reflita melhor, optando pelo PSOL e recusando a proposta feita por Hélder Barbalho.
Fernando Carneiro
Vereador/Belém
Dirigente Nacional do PSOL
O deputado federal Edmilson Rodrigues (Psol) se manifestou condenado a decisão de Ursula, em post publicado em sua rede social:
A nota de Edmilson:
Nota pública
O deputado federal Edmilson Rodrigues informa que, assim como o PSOL, é contrário que qualquer filiado ocupe cargo na nova gestão de Helder Barbalho, que assumirá em 1o de janeiro de 2019.
Assim como não apoiou formal e informalmente nenhum candidato no 2o turno, Edmilson anuncia que será oposição à gestão do MDB no Pará, mantendo a postura combativa e firme na defesa dos interesses do povo brasileiro, especialmente do Pará.
No meio da tarde, o Psol confirmou o pedido de desfiliação de Ursula que vem recebendo pesadas críticas.
Por seu turno, o governador diplomado Helder Barbalho confirmou em sua conta no Twitter o convite feito a Vidal, que será a futura Secretária de Cultura do Estado.
Augusto
29 de dezembro de 2018 - 21:52Úrsula Vidal como Secretaria de Cultura?!
Quem não tem telhado de vidro que atire a primeira pedra. A nova gestora poderia iniciar suas funções explicando aos seus fiéis seguidores o processo n. 34260-53.2015.4.01.3900 – Execução Fiscal – 22/02/2016 do TRF-1, que tramita contra sua empresa URSULA VIDAL DE MENDONCA ME. O autor ??? Ninguém mais ninguém menos que a Agencia Nacional de Cinema. Em outras palavras a futura gestora do MDB ou deixou de prestar contas ou teve prestação de contas negada em recursos que recebeu de lei de incentivo à Cultura Nacional. Vai ser do mesmo modo que irá gerir a tão maltratada lei Semear??? Que irá tratar os recursos públicos do Estado?
Mas vamos deixar claro, a futura gestora pode alegar não ser a proprietária da ME em seu nome … desculpa clássica dos nossos políticos…. Com seu alinhamento com o MDB podemos espera essa postura.
Ursula gritou aos 4 ventos que não estava na folha da RBA quando passou a apresentar programa no grupo. Em entrevista, da época, disse “Não. Eu não estou na folha da família Barbalho.” Será que agora pode dizer o mesmo???! Realizou um programa que constantemente atacava o governo. Cumpriu sua missão, cumpriu o papel determinado pelos Barbalhos e foi recompensada por isso.
Não, mas a futura secretaria nunca escolheu a via mais fácil, nunca foi oportunista política. Saiu do PPS pq era maior que o partido e tinha perdido uma eleição, foi para a REDE onde perdeu novamente uma eleição, saiu dizendo que era maior que o partido e saltou para o PSOL. No PSOL mais uma eleição perdida e agora sai com seus seguidores gritando que ela é maior que o PSOL… Calma ursoletes o caminho de seu símbolo de adoração é de certeza as cadeiras do MDB, lá de certeza ela não será maior que o partido.
Luis Sergio Anders Cavalcante
29 de dezembro de 2018 - 15:55Sr. Hiroshi, nada de novo no front. Ursula Vidal é sòmente mais u(m)(a) que era oposição e se bandeia para o outro lado. Demonstra assim, que ideologias políticas são, exclusivamente isso. Hoje, Ursula dá o dito pelo não dito. Em 29.12.18.