Os educadores da rede estadual que estavam paralisados desde 23 de janeiro optaram por interromper a greve. A escolha foi feita em uma assembleia geral que aconteceu nesta segunda-feira (10) no Sindicato dos Bancários, localizado no bairro do Reduto, em Belém.
A interrupção da greve foi estabelecida após os educadores concordarem com o acordo firmado pelo governador Helder Barbalho (MDB/PA), no qual ele se compromete a anular a Lei 10.820/2024, que modifica a operação do Sistema de Ensino Modular Indígena (Somei) – saiba mais a seguir.
Em comunicado ao g1, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Pará (Sintepp) relatou que a suspensão foi aceita por uma grande maioria. Embora a greve tenha sido suspensa, os professores optaram por continuar em estado de greve.
De acordo com a entidade, os educadores que optaram por paralisar suas atividades estarão de volta às aulas na terça-feira (11), engajando-se em uma mobilização contínua, que incluirá reuniões regulares e acompanhamento até que a legislação seja revogada e o acordo seja cumprido.
O Sintepp comunicou que os professores planejaram uma greve, assim como um evento público para o dia 18 de fevereiro, quando a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) deve deliberar sobre a revogação da legislação.
Agenda dos professores
Os educadores da rede pública de ensino do Pará, assim como os representantes indígenas, solicitam a anulação da lei nº 10.820. De acordo com os professores, essa legislação implica diversos prejuízos, incluindo alterações na carga horária, nas bonificações e na estrutura de progressão na carreira.
As duas partes se opõem à substituição das aulas presenciais por modalidades online e mencionam incertezas legais relacionadas à Lei nº 10.820. Segundo essas categorias, a legislação modifica o Sistema Modular de Ensino (Some), que assegura aulas em áreas remotas e de difícil acesso, como é o caso de comunidades indígenas que não têm fornecimento de energia elétrica.
Na imagem, reunião dos professores ocorrida nesta segunda-feira (10) no Sindicato dos Bancários, em Belém. — Foto: Info.Revolução/Douglas Diniz/RSF