Sindicatos de professores e servidores técnico-administrativos das universidades e institutos federais de educação de todo o pais estão negociando uma greve nacional para março.

No Pará, o movimento atingirá a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, além de demais estabelecimentos de ensino públicos.

A informação foi confirmada nesta quinta-feira, 29, por Jeovane Ferreira, técnico-administrativo da Unifesspa.

Ele conta que entidades nacionais estão em contato para firmar um ato grevista em todo o país, em março.

O movimento paredista será discutido em assembleia que os técnicos da Unifesspa realizarão no início de março.

“Após um extenso período de paralisações e negociações infrutíferas com o governo federal em relação à questão salarial e à atualização da nossa carreira, o Sindtifes, em consonância com o indicativo de greve aprovado pela Fasubra em congresso, convoca todos os técnicos da Unifesspa para uma assembleia deliberativa no dia 4 de março, às 10h, no hall do prédio administrativo da unidade 3”, anuncia Jeovane.

Durante a assembleia, a deflagração da grave para o dia 11 de março, será a pauta principal.

“Pretendemos lotar a nossa assembleia e mostrar a força dos TAEs da Unifesspa (Técnicos Administrativos da Educação). Nesta semana, realizaremos mobilizações em todas as unidades de Marabá e entraremos em contato com os nossos colegas fora de sede, objetivando fortalecer o movimento”, diz o técnico.

 

União nacional

Além da movimentação dentro da Unifesspa, também há reunião nacional de membros dos sindicatos de professores das universidades e institutos federais, visando deliberar sobre a chance de greve.

A Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil)  vem orientando a greve nacional, propondo um movimento maior que seria uma greve nacional da educação federal, pegando os docentes e técnicos-administrativos das universidades e institutos federais.

A ideia foi tratada em reunião entre as entidades em janeiro.

“No momento, as categorias estão aguardando esse entendimento e tentando sensibilizar os sindicatos de outras categorias para realização de um movimento nacional da educação federal”, afirmou Clodoaldo Gomes, da Fasubra, em contato pelo telefone com o blogueiro.

Para justificar o movimento, Clodoaldo Gomes argumentou que o Governo Lula tem deixado em segundo plano a apresentação de propostas para os servidores da educação. Além disso, ele contou que as universidades e institutos federais estão sofrendo cortes de recursos.

“Temos tido vários cortes na educação, as reivindicações de melhorias salariais e de plano de carreira da educação têm sido secundarizadas pelo governo. A educação do governo tem sido empurrada com a barriga e não temos nenhuma proposta concreta. Havia sinalização do governo de apresentar uma proposta e esperamos que seja uma proposta que venha atender a categoria. Caso não, já temos esse apontamento de no dia 11 de março entrar em greve”, finalizou Clodoaldo Gomes.