Depois da determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes para que sejam aprofundadas investigações de pessoas que estão incitando atos antidemocráticos em diversos lugares do país, os nomes do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá, Ricardo Guimarães, e de outros empresários regionais ligados ao comércio e agronegócio estão na pauta de monitoramento por parte do Ministério Público Estadual.

O primeiro a ser investigado é Ricardo Guimaraes (foto).

Vídeos gravados por ele instigando a comunidade a desafiar a ordem legal em protesto contra a vitória de Lula, inclusive organizando fechamento de rodovias e concentração de protesto às margens da BR-230, em frente ao quartel do 52 BIS (Batalhão de Infantaria de Selva), chegaram ao gabinete de promotores estaduais.

Na gravação que circula nas redes sociais, Ricardo incita as pessoas a protestarem  em  “nome da família e em nome dos que lutam pelo que é bom no país”.

Para a promotora de Justiça do Ministério Público do Pará, Jane Cleide Silva Souza, o comportamento do presidente do Sindirural atenta contra a ordem pública ao rejeitar o resultado final e concreto das eleições democráticas.

Em decorrência, a autoridade do Parquet determinou despacho administrativo para investigar  Guimarães.

Mas não é somente ele.

Outras lideranças ligadas ao comércio e ao agronegócio da região também serão investigadas.

Correm o risco de terem ações criminais em suas costas.

Nas próximas horas, autoridades da área de segurança deverão receber determinação para retirar os bolsonaristas acampados em frente aos três quarteis do Exército, na rodovia Transamazônica.