O prefeito eleito de Marabá, João Salame, tem chamado para si a responsabilidade para o enfrentamento de s problemas imediatos que afetam a população – embora não esteja ainda investido no cargo.
Assim foi quando pediu reunião com os empresários do setor guseiro, objetivando discutir a questão do desemprego na cidade.
Esta semana, Salame voltou suas atenções ao setor de segurança pública do município, pedindo reunião com seus representantes e lideranças do setor produtivo da cidade, para tentar encontrar solução a uma situação preocupante, a desativação real do Disque Denúncia.
O modelo de disque-denúncia com participação comunitária, implantado há mais de ano em Marabá, e que vem sendo responsável por auxiliar o setor de segurança na elucidação de diversos crimes – bem como na prevenção de outros, está ameaçado de ser desativado por falta de recursos para a cobertura de seus custos.
Ao tomar conhecimento da situação em que se encontra o serviço, João solicitou a presença em Marabá do filósofo Edson Kalil de Almeida, diretor do Instituto Brasileiro de Combate ao Crime (IBCC), e um dos idealizadores do projeto, para que ele explicasse à sociedade o grau de risco de sua desativação.
Reunião ocorreu no 4o. Batakhão de Polícia Militar, com a presença de dirigentes da PM, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, além de outras autoridades da área de segurança, bem como empresários.
Para que o Disque-Denúncia não seja paralisado em Marabá, exige-se a cobertura a mais de R$ 40 mil por mês, para que o valor total de R$ 110 mil seja completado.
Recursos da Vale, Sinobrás e outras empresas, totalizam R$ 70 mil mensais.
Pronunciamentos dos representantes do IBCC, comando do 4o BPM e da Superintendência de Polícia Civil ressaltaram a importância do serviço para a segurança pública não apenas de Marabá, mas da região.
João Salame pediu a participação dos empresários na coleta de recursos para o complemento dos R$ 40 mil restantes, conscientizando-os de que o disque-denúncia auxilia até na preservação dos interesses do próprio setor produtivo, ao servir como ferramenta de redução da violência na cidade.
Depois da exposição,a pedido de Salame, formou-se uma comissão formada por representantes da Associação Comercial e Industrial de Marabá e do Sindicato dos Produtores Rurais, que terá a missão de definir a arrecadação necessária para a preservação do disque-denúncia.
Na oportunidade, João deixou claro que a prefeitura não participará da montagem da engenharia financeira para o Disque-Denúncia, “já que o governo municipal terá que arcar, a partir de 2013, com os custos do sistema de Vídeo-Monitoramento da cidade, complexo tecnológico formado por 45 câmeras fixadas em pontos estratégicos das vias públicas, além de operacionalizar a estrutura da Secretaria Municipal de Segurança.
“Segurança pública, todos sabem, é uma obrigação do governo do Estado, mas todo prefeito que preza seu cargo e tem responsabilidade com a busca da paz nos lares do município, precisa fazer sacrifícios para dar sua cota de contribuição nessa área tão sensível, e que assusta a população com o aumento dos níveis da criminalidade. Por isso, mesmo recebendo o município totalmente quebrado, não fugirei desse desafio”, disse Salame.
MARCO
8 de dezembro de 2012 - 18:14Hiroshi, claro que nada é de graça hj em dia, mas o custo de R$ 110.000,00 mensais não é muito alto? o que justifica esse valor?