Se um plebiscito aprovar a criação do Estado de Carajás, Marabá ganhará dois títulos: o de capital do Estado e de capital mais violenta do Brasil. Hoje, o município é a quarta cidade onde mais se mata no País, segundo o “Mapa da Violência 2011”, do Ministério da Justiça.
Texto abre matéria publicada no IG, tratando os problemas de Marabá.
E antes que a turba apaixonada venha acusar o portal de estar fazendo campanha contra a divisão do Estado, é bom raciocinar do princípio de que o texto está baseado em dados oficiais do governo federal.
Como bem lembra o blogueiro Alan de Souza num generoso emeio enviado ao poster, a matéria do IG demonstra que “a grande imprensa nacional está enxergando o Pará, depois da questão do plebiscito ganhar a mídia. Nada, nada, já é positivo que se consiga chamar a atenção para os problemas da cidade.”.
O blog concorda com o professor, enquante reflete cuidadosamente o racional texto do repórter Wilson Lima, enviado a Marabá.
hugo
1 de junho de 2011 - 15:50Achei a matéria muito Tendenciosa, li domingo no portal ig.
Me lembrou os jornais da Capital. Infelizmente nós das regiões menos favorecidas não temos uma “Grande Mídia”
Henrique Capuzzo
1 de junho de 2011 - 15:31Mais um motivo para a divisão do Estado, os Municipios distantes de Belém, como por exemplo Marabá, não tem policiamento, nem Infra-Estrutura, nem Saude… e por ai vai. Se ela(Marabá) vier a se tornar a Capital do novo Estado, imagino que a segurança vai melhorar, e então só ficará com o titulo de Capital do Estado.
como disse o Prof.Alan : os carajaenses têm absoluta razão quando apontam o abandono da região pelo governo do Estado.
João Dias
31 de maio de 2011 - 12:52Papagaio come milho, periquito leva fama.
O aspecto secreto da soberania popular me obriga a não declinar o voto, seja a favor ou contra o desmembramento dos Estados do Pará e de Carajás. Contudo, não se pode calar diante da matéria que leio no Portal IG. Para quem não sabe, Marabá, como em tantas outras cidades do Brasil, o crime sempre ocupou o seu espaço, quer nas décadas de exploração da castanha, dos diamantes, da madeira, do agronegócio, estes, com acentuada migração de pessoas, políticos e empresários em busca de dias melhores ou de investimentos nas últimas décadas. Atribuir à Marabá o título de capital do crime é, no mínimo, desconhecer o fenômeno da globalização somado ao potencial econômico da região e, ainda, que todo o produto do crime da região e do seu entorno é levado para Marabá. Queiramos ou não, todo o poder emana do povo, que é soberano no ato de escolher seus representantes.
Prof. Alan
31 de maio de 2011 - 09:03Hiroshi, eu sou contra a divisão do Pará, por motivos que não cabe discutir aqui, o objeto desse post não é esse.
Mas eu vejo que a reportagem ilustra algo, de uma forma que nenhum outro discurso de político jamais fez: ela mostra que os carajaenses têm absoluta razão quando apontam o abandono da região pelo governo do Estado como a causa principal do movimento pela criação de Carajás.
E governo estadual nenhum, até agora, teve competência pra mostrar que um outro Pará é possível. Isso é a mais pura e cristalina verdade.
Marabá, Gleba Cidapar, Castelo dos Sonhos, Eldorado dos Carajás, Nova Ipixuna, Serra Pelada, Anapu. São retratos acabados de um Estado que acaba antes mesmo da gente chegar na periferia de Belém.