Todos têm seu encanto: os santos e os corruptos / Não há coisa na vida, inteiramente má. / Tu dizes que a verdade produz frutos… / Já viste as flores que a mentira dá? (Mário Quintana)
Você pergunta e meus olhos se apertam, minha boca se aperta. O coração também. O que dizer? Não sei. Se penso dizer algo, e digo, as palavras saem como recitadas de uma bula de remédio – com todas as suas indicações e contra-indicações, letrinha miúda fingindo, ao mesmo tempo, intimidade e mistério.É preciso recomeçar do ovo. Do zero. Não quero deixar de dizer que te amo.
Minto quando digo que não quero você. Minto quando digo que quero você.
Minto que não minto quando minto sobre o amor que sinto e não sinto. Esse o mistério insuportável que sustenta nossa liberdade aterradora: tudo é bom; sempre é amor. E isso é tudo que eu sei dizer. Então, me ofereça seu abraço e seu silêncio. Não se trata mais de palavras.
crisblog
30 de junho de 2007 - 17:54Menino….vc me surpreende…
vou roubá-lo agora mesmo e substituir pelo Saramago…caramba!
Amo esse seu lado poético…faz-me falta!
Beijos.
Bom final de semana!
Anonymous
30 de junho de 2007 - 14:41Você amanheceu hoje inspirado, hein Hiroshi?!
De vez em quando é bom colocar essas mensagens de paixão.
Gostei.
Silva e Silva Moreira
Anonymous
30 de junho de 2007 - 13:12Retificando: só QUEM ama sabe como isso funciona.
Ana Lucia (sem acento)
Anonymous
30 de junho de 2007 - 13:11Hiroshi, assim você mexe demais com os sentimentos. Ser e não ser amor, ao mesmo tempo em que se ama tudo, é mais misterioso ainda. Só que ama sabe como isso funciona. Lindo.
Ana Lucia