Com atraso, devido aos inúmeros compromissos no interior do Estado, o poster torna público alguns lances de bastidores ocorridos durante encontro do governo do Estado, Incra e representantes do MST, semana passada, em Marabá.
1-Maria Raimunda de Oliveira, uma das lideranças do MST, galhofou da Superintendente do INCRA do Sul do Pará, Maria Rosinete da Silva, com direito a colocar dedo na cara desta, e insinuar, diversas vezes, o despreparo da agente do governo no trato com os assentados.
Mesmo navegando em emaranhado de fatos conflitantes, Rosinete chamou a atenção no momento em que mandou funcionários do instituto providenciar a compra de sorvetes para distribuição entre os sem-terras.
Rose, como é chamada a superintendente do órgão, na avaliação de atento observador, revelou “incompetência, despreparo e postura infantil”.
– “Talvez por ser ex-assentada, ela não soube diferenciar suas origens com o tratamento a ser dado por uma dirigente de órgão governamental num processo de negociação”, resume.
Quem salvou o INCRA do vexame total, foi o experiente servidor João Raimundo, intermediando as indecisões e total perda de comando da superintendente.
2- Apesar da cansativa reunião que durou quase oito horas, o Chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Everaldo Martins, não titubeou em nenhum momento. Claríssimo em definir a posição do governo diante das ameaça de novas invasões, no “Triângulo das Bermudas”.
Deixou claro para Charles Trocate, coordenador regional do MS, e seus seguidores, de que é decisão da governadora Aba Júlia ser totalmente contra as invasões supostamete programas no perímetro de Eldorado a Curionópolis.
– Se invadir o governo tira, repetiu ele, garantindo a presença na região, até segunda ordem, de cem homens da Polícia Militar.
3-Há entre gestos e falas de lideranças do MST, “muita magoa escondida debaixo do tapete, no rastro das prisões de Charles e Raimunda”, suspeita o observador.
Apesar de Charles Trocate ter assegurado não haver nenhuma conotação política, “mas coincidência de fatos”, a mobilização de sem-terras às vésperas das eleições, tem gente do governo desacreditando das verdadeiras intenções.
Everaldo Martins, comedido e exageradamente paciente em todo o transcorrer da enfadonha reunião, procurou evitar tecer comentários do que realmente espera da nova reunião marcada para esta quarta-feira, 18, quando, novamente, governo estadual, Incra e MST voltarão à mesa de negociações, em Marabá.
4-O blog apurou que o MST já definiu incluir na lista de reivindicações, a distribuição de cestas básicas aos acampados em torno da fazenda Marambaia, material de construção, e licença para construção de banheiros.
Como a cessão de licença para construção é atribuição da prefeitura de Curionópolis, já que a fazenda ameaçada de invasão encontra-se em território deste município, é quase impossível haver concordância por parte do prefeito municipal em atender tal pleito.
5-Há também fortes suspeitas de que o que o MST quer mesmo é lutar pela desapropriação de todas as fazendas localizadas às margens da PA-275, dentro dos municípios de Eldorado dos Carajás e Curionópolis
6-Durante reunião com o governo e o Incra, a coordenação do movimentou comunicou que já estava mobilizando sem-terras de diversos municípios para se juntarem aos 1.200 acampados em frente a Marambaia, com intenção de colocar duas mil pessoas no exíguo espaço que separa a PA-275 da cerca da fazenda. Ou seja, em terra devoluta, já que essa faixa territorial pertence ao governo, sem afetar o Estado de Direito.
7-Em primeira mão: o laudo de vistoria do INCRA deverá classificar como produtiva a fazenda Marambaia. Esse zum zum zum corre à boca miúda dentro do instituto.
Anonymous
23 de agosto de 2010 - 18:02Acho despresível comentário que busca unica e exclusivamente denegrinir a imagem da companheira Rose. è claro que ela não tenha tamanha experiência na nova tarefa que assume no momento, mas daí querer humilhar é no mínimo irresponsabilidade de quem escreve. O joguinho do Charles e Rda. é velho conhecido, até porque eles eram contra a indicação da Rose para o Incra e apoiam outra candidatura que teve pouco sucesso a frente da instituição, até porque ficou vários anos e não buscou solução para o problema atual. Veja lácomo se postar nestas condições.
Anonymous
19 de agosto de 2010 - 19:41Ô das 13:59 hs. não estou dando razão aos fazendeiros ou MST. Tive educação – graças à Deus – e sempre tive presente a honestidade. Então, que se agilize sim, a documentação à nível de governo, que norteia o quê é de quem. Ou faz mais sentido termos outra chacina igual, ou de maiores proporções, que da Curva do S ? Em 19.08.10, Marabá-PA.
Anonymous
19 de agosto de 2010 - 16:59HIroshi…
seria muito bom publicar a lista dos 5 mil títulos de propriedade anulados na terça-feira pelo CNJ no estado do Pará. Só isso basta para ver quem tem razão: quem invade terras no Pará são os grilheiros, que se apropriam de terras públicas, fazem registros particulares em cartórios e saem dizendo que são donos. A Marambaia é só uma delas. Esperemos e veremos quem está certo.
Anonymous
18 de agosto de 2010 - 22:26Nós vamo invadir sua Praia.Dá licença…
Anonymous
17 de agosto de 2010 - 19:18Governadora fez vista grossa as invasões durante todo o seu governo, agora que precisa de votos para se reeleger diz que não vai admitir invasões.
Quem sabe da invasão da Lucinha que tem uma determinação da justiça para reintegrar a mais de 3 anos.
Compra-me um bode, e traz o trocos de cabritos…
Anonymous
17 de agosto de 2010 - 19:08Ô Hiroshi, essa historia de "cestas básicas e material de construção para os acampados", COM DINHEIRO DE QUEM ? Do contribuinte ? Acho errado. Enquanto contribuinte, me nego, a fazer parte disso. Ajuda é diferente de financiamento. Além do quê, facilataria muito mais as ações deles, senão vejamos, moradia, comida e agua; logísticamente falando, seria ideal. Em 17.08.10, Marabá-PA.
Anonymous
17 de agosto de 2010 - 16:51O Proprietário da Faz. Marambaia,em rede nacional,à mais de 15 dias,declarou que a sua fazenda cumpre todas suas obrigações socias e é plenamente produtiva,estando disponível à vistoria por orgão competente.O resto é só blá,blá,blá.