Ao se reportar aos posts Rumo dos Ventos e Trocando Pavilhão, meu querido amigo Juvencio Arruda, em seu Quinta, fez menção despropositada.
Primeiro, a forma como colocou “as ameaças embutidas no blog do Hiroshi”, imediatamente remete ao entendimento de que o meu blog é quem está plantando “as ameaças”. E o esforço deste poster é exclusivamente informar.
Segundo, ao optar por esse expediente de pedir polícia para sufocar o movimento, haja polícia, companheiro, porque os “desocupados” a serem presos, seguindo a infeliz sugestão dele, são empresários, profissionais liberais, jornalistas, médicos, donas de casa, estudantes, políticos, etc., e uma leva de DESOCUPADOS, também, por estarem desempregos nos 38 municípios inseridos no movimento.
O assunto requer uma discussão mais limpa e menos contenciosa. Não adianta radicalismo nem daí e nem daqui. O problema é simples: ou o governo joga muito dinheiro no Sul do Pará e no Tapajós, ou de nada adiantará eu, tu e eles ficarmos aqui com essa estúpida pretensão de achar sermos o dono da verdade. A verdade, nua e doída, é o abandono ao qual foram relegados mais de 1,3 milhões de pessoas -, sem estradas, sem educação de qualidade, sem saúde, sem habitação, mesmo residindo na região que mais gera riquezas no território paraense, para ajudar a manter a elite e os “mais evoluídos” da capital – como dizem os interioranos de nossas plagas.
Os arrufos de alguns numa empreitada de intensa disputa passional como é a polêmica pretensão divisionista não pode ter como resposta a lógica do “olho por olho, dente por dente”. Com habilidade, vamos cuidando dos ‘pinéis’ daqui, sem chamar a polícia. Até porque esse gesto sintetiza, à perfeição, a máxima de que os “engravatados” de Belém tratam a turma do interior como marginais esfomeados. E sabemos que não é bem assim, nem todos da capital pensam desse plano.
Tenho carinho e respeito pela comprovada competência profissional do Juva, a quem peço só uma coisitita. Faz assim, ó: demonstras também ter um pouquinho disso, só um pouquinho, com os daqui. É pedir tão pouco!
Paulo Bandeira
15 de julho de 2007 - 11:01Radicalização não leva a lugar algum!
Há que se fortalecer o movimento separatista com estratégias e planejamentos que estejam dentro da Lei. Essa postura xiita – de ambos lados – ao contrário do que muita gente pensa – não constroi nada e fragiliza tudo.
Anonymous
14 de julho de 2007 - 13:58Solidariedade sim, Hiroshi.Onde tiver um computador ligado no Oeste e Sul do Estado, e porque nao na regiao nordeste. Vamos entupir o Blog do Hiroshi em sua democrática e intransigente defesa.Esse troglodita ameaçador de meia tigela e moleque de recados da ditadura precisa de uma liçao de civilidade.Os movimentos de criaçao dos Estados de Carajás e Tapajós sao pacíficos e democráticos e a ameaça de intervençao da Polícia Mititar e a radicalizaçao sao estratégias de provocadores interessados na intimidaçao e no caos.
hiroshi
14 de julho de 2007 - 13:33Caro anônimo 09:19, há uma acusação contundente sua com relação ao passado da pessoa citada – “como ter sido agente do SNI e torturador do Doi-Codi”. Evitemos esse tipo de manifestação sem provas. Ao agradecer sua convocação para que “todos os Blogs que defendem a criação de Carajás e Tapajós saiam na intransigente defesa de minha pessoa”, além de agradecido, digo não ser preciso essa arregimentação. O poster aqui compra suas brigas e se vira pessoalmente para manter pontos de vista defendidos. Entretanto, quem tem convicção de que os Estados do Carajás e Tapajós são o caminho para o desenvolvimento humano de quem vive nessas paragens -sempre prometido pelos governos estaduais nas campanhas eleitorais e negado no exercício do poder -, que se uma em favor da causa.
Em outro trecho de seu comentário, está escrito:
“A elite que se mostra contra a divisão territorial é a mesma que vaiou o presidente Lula ontem no Maracanã. Na verdade os prevaricadores e agentes dos bicheiros estão é furiosos com a ação eficaz da Polícia Federal. Apoiado mil vezes Oton! A resposta vamos dar nas urnas do plebiscito. Espera-se uma manifestação de apoio dos centenas de parlamentares e prefeitos que estiveram em Brasília contra a tentativa de intimidação ao Povo do Oeste e Sul do Estado”.
Obrigado pela sua presença aqui.
Abraços
Anonymous
13 de julho de 2007 - 21:49O Carajás já tem obstáculos suficientes… Isto sabemos, mas nos denominar de LUNÁTICOS?
Dizer que precisamos ser chamados na XINXA ?
É uma falta de respeito daqueles que nunca souberam o que é respeitar a terra que vive.
Aqui nunca teve estado, nunca sentimos, vimos ou usufruimos da contra-partida que o Estado deveria nos dá pelos tributos que pagamos.
Os ditos Governadores sempre nos viram como plantação de títulos, cuja colheita se dá de 4 em 4 anos.
O nefasto e decepcionante posicionamento da Governadora Ana Júlia é lamentável, demonstra a falta de compromisso e impessoalidade para coma a res pública.
Mas venceremos.
Quanto a atitude de astear a Bandeira do Carajás, isso é atitude louvável e sempre praticada em lutas desta natureza. Na história das nações européias e asiáticas foi assim.
Isso se chama AMOR E COMPROMISSO para com a terra em que se vive, e não devaneio.
Atenciosamente,
OTTON MOREIRA E SILVA
Juvencio de Arruda
13 de julho de 2007 - 19:22Hora também da imprensa responsável chamar os lunáticos na xinxa, como voce já alerta no post, Hiro.
É pedir muito que vc leia isso novamente, que postei no início da manhã em seu blog, no post Rumos dos Ventos?
De resto, se as ameaças não estão embutidas em seu blog, onde estariam?
Não foi vc quem INFORMOU, e disse de onde provém as torpes ameças? Não é dos organizadores do movimento, destinatário explícito de meu post, e reiterado quando reproduzi meu post no comentário de seu blog.
(Veja lá. De: Juvencio de Arruda, Para: organizadores do movimento).
Em algum momento eu lhe faltei com o respeito profissional ou lhe responsabilizei direta ou indiretamente pelas intenções criminosas dos organizadores do movimento?
Estou certo que vc não se inclue entre os que desejam levar este movimento desta forma. Isto tá embutido na epígrafe, lá em cima.
Uma coisa é o desejo, legítimo – e sempre afirmei e reconheci isso – mas outra, bem diferente, é querer levar a questão na marra, ameaçando como prometem os aloprados.
O que é que aconteceu, Hiroshi, nos últimos dias, para acontecer esse transbordamento maluco?
O movimento vinha tão bem…encomendando estudos, realizando seminários, trazendo até a Vale à ribalta…batendo bola com o pessoal do Oeste…os projetos avançando nas comissões…voces tem a maioria dos eleitores nessas regiões…voces tem a maioria parlamentar paraense nas tres casas…de repente a maluquice?
O que aconteceu?
Foi a notícia da entrada em cena da ACP? Da governadora? Dos 200 deputados da frente contra a divisão que o Seventy informou na edição de hoje?
Vc poderia nos informar o que se passou?
E o que vai acontecer a partir de agora? A Vale vai apoiar este tipo de estratégia? O deputado Giovani subiria à tribuna do Congresso e defenderia tais procedimentos, e ao descer começaria a responder um processo por quebra de decoro?
Ou não seria o caso prá quem incita a população à esse tipo de sublevação despropositada e agressiva?
Mas que escândalo, Hiroshi!
Será que a galera aí tem noção do que quis aprontar?
E não duvide, se esse climinha prosperar, que a tropa fique estcionada aí sim, ou vc acha que desordens desse quilate são enfrentadas como?
Este gesto, Hiroshi, não sinaliza sinais de engravatados – coisas, situações, interesses e pessoas com quem não compartilho absolutamente nada,e vc sabe muito bem – e que, portanto não poderia reproduzir.
Os pinéis, com efeito, estão aí.
Duvido que apareça um culhudo sequer para assinar essa recomendação de violência, e assumir as consequencias cíveis e criminais de seus atos.
Duvido!
Hiroshi,quero compartilhar com voce e todos os seus leitores a minha perplexidade com as informações.
De resto, meu caro, fique tranquilo quanto a recepção, a amizade e o respeito que terás em meu blog, que acredito não foram quebrados, como exposto.
Anonymous
13 de julho de 2007 - 19:10Começou a apelaçao. Isso mostra o desespero que tomou conta dos defensores do “status quo”.Outra Cabanagem nao! Pelo amor de Deus.Se tivessem tantos policiais, tomavam conta pelo menos de Belém, cujos moradores vivem todos assustados atrás das grades do medo.Por via das dúvidas, melhor mesmo é manter o anonimato.Os fantasmas da ditadura sairam todos dos túmulos e reencarnaram todos juntos num único paranóico.A regiao do Araguaia já tem fama de cemitérios dos insurgentes e dos massacrados de Eldorado.Só faltava agora virar um novo Canudos dos Carasjazentes.