A Polícia Civil do Pará incinerou as 3,2 toneladas de drogas apreendidas durante a Operação “Guardião do Norte”, realizada no último sábado (13), no município de Abaetetuba, na Região de Integração Tocantins. A carga de entorpecente foi destruída nesta terça-feira (16), em Moju, município da mesma região, em estabelecimento adequado.
A incineração de drogas é um procedimento legal, que ocorre com a autorização do Poder Judiciário. Coordenada pela Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil, é supervisionada por agentes da Corregedoria, membros do Ministério Público Estadual e da Vigilância Sanitária.
Antes da incineração, amostras das drogas apreendidas foram coletadas pelos peritos criminais do Laboratório de Toxicologia Forense, da Polícia Científica do Pará (PCEPA), para os exames periciais de praxe, a fim de determinar as características do entorpecente e outras informações de interesse da Justiça.
A incineração organizada pela Denarc contou com o apoio de agentes do Núcleo de Inteligência (NIP), Superintendência Regional e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).
Início das investigações
As investigações começaram em decorrência de denúncias feitas às autoridades de segurança. Após a coleta das informações, a Operação “Guardião do Norte” foi organizada de maneira colaborativa com as Diretorias Especializadas da PC e Polícia Militar. Os quatro suspeitos envolvidos foram presos e encaminhados ao Sistema Penitenciário. As investigações continuam para identificar e localizar os demais envolvidos.
De acordo com o delegado-geral de Polícia Civil, Walter Resende, as drogas apreendidas vinham do Estado do Amazonas com destino à Região Metropolitana de Belém, para serem distribuídas na região e em outros Estados. “Realizamos vários investimentos para aparelhar nossos policiais civis, para de forma colaborativa com outros órgãos de Segurança Pública do Estado combater o tráfico de drogas e a criminalidade. Essa ação representa um golpe significativo contra o tráfico, pois não só retira uma grande quantidade de entorpecentes de circulação, mas também gera grandes prejuízos financeiros às associações criminosas envolvidas”, frisou Walter Resende.
Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) apontam que, de janeiro a dezembro de 2022, foram apreendidas mais de 3,4 toneladas de entorpecentes (cocaína e maconha. Só de maconha foram mais de 1,9 tonelada. Em 2023, as apreensões totalizaram 8,7 toneladas de drogas (cocaína e maconha), também uma quantidade maior de maconha – mais de 5,8 toneladas. Em 2024, de janeiro até agora, as apreensões já ultrapassaram 4 toneladas.
A Segup reforça que os investimentos em equipamentos tecnológicos, implantação da Base Fluvial Integrada Antônio Lemos e aquisição de lanchas, inclusive blindadas, que atuam em áreas estratégicas, além do fortalecimento das atividades das agências de inteligência e ações integradas, têm resultado em constantes apreensões de drogas, prisão de envolvidos em tráfico e na desarticulação de organizações criminosas. Todo o material apreendido é incinerado após procedimento judicial.