O teor contundente de uma Carta Aberta responsabilizando o governo pelos problemas agravados no setor rural, divulgada pelo Sindicato Rural de Redenção, é a prova de que o cenário está mesmo para a guerra. Não se tem conhecimento na história política recente do Pará de algo parecido, assinado por uma entidade patronal contra uma administração estadual.
Para quem entende de cifras sinalizadas da área, não tem duvidas: é um recado.
O que diz a nota.
Lamentavelmente, o governo estadual é o principal responsável pelo problema, uma vez que tem deixado de cumprir as reintegrações de posse expedidas e permitido a formação de um estado paralelo, no qual homens armados e encapuzados transitam livremente pela região, fazendo valer a força das armas.
Nesse cenário de verdadeiro horror, ao qual estão submetidos os proprietários de terra – sejam elas pequenas, médias ou grandes – e as famílias de seus funcionários, as fazendas contabilizam inúmeros prejuízos, o acesso é proibido e os animais não recebem o manejo adequado.
Segundo levantamentos preliminares, aproximadamente 100 mil animais deixarão de ser vacinados este ano, colocando em risco todo o programa de combate a doença e especialmente, a recente conquista do Estado de zona livre de aftosa com vacinação.
Mais uma vez é penalizado o produtor rural, e, no Pará, ao contrário de outros Estados que gastam bilhões de reais para fazer funcionar os seus programas de combate a doença, nossos governantes assistem a tudo de braços cruzados, sem intervir.
Enquanto somos ameaçados, expulsos de nossas casas, impedidos de produzir, gerar emprego e renda ao nosso Estado.
Senhores, mais uma vez clamamos por providências urgentes, porem, nos ditames da lei. Se não é prioridade deste Estado respeitar os direitos constitucionais como já foi visto inúmeras vezes, que pelo menos seja não amargar mais esse prejuízo aos cofres públicos.
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Nota: o grifo é do blog.
Anonymous
6 de novembro de 2007 - 11:29O Sul do Pará votou na mulher iludido pela mudança. Taí a a mudança. E ainda vem mais. É só aguardar mais um pouco.
Anonymous
6 de novembro de 2007 - 00:54Mais uma vez ANA JÚLIA fez o Pará ser matéria na mídia Nacional.
Depois do adesivinho oPTei, das ONG’s, das matérias referentes ao IBAMA, dos passeios particulares com o avião do Estado, da contratação da cabeleireira e da manicure, das diárias para salinas… agora foi a matéria publicada na Veja desta semana.
Como vcs do Pará elegem pessoas assim?
Anonymous
5 de novembro de 2007 - 23:36papo furado, esse aí de cima: desde quando marcílio monteiro é proletariado? Conta outra. Para mim a pior coisa é o ressentimento que esse povo exala, mas basta chegar ao poder para fazer pior em termos de ganância e cara-de-pau; tudo moeda do mesmo saco. O pessoal dos sem – terra é a prova viva de que eles querem saber é de propriedade e não de revolução, como querem uns gato pingados que pensam que Mao vale alguma coisa.
E a Governadora ao fazer aquele discurso na curva do S, pedindo desculpas foi a senha para a bandidagem!
Coitado do Pará, será se aguenta?
Anonymous
5 de novembro de 2007 - 16:26Concordo com vcs, mas infelizmente, sabemos que tudo isso é produzido e calculado pelos Senhores Feudais, que estão inhjuriados, tendo que ser governado pelos proletariados, então vem vcs com essas istoriazinha, de que não sabe de nada, mas passam o tempo todo maquinando o que fazer para derrubar o Governo que pensa realmente na classe mais humilde, bando de sugadores, vcs são os unicos que não querem ver o nosso Estado da certo, Senhores Feudais, de meia tigela.
Hiroshi Bogéa
5 de novembro de 2007 - 16:2110:42 AM, a preocupação maior agora passa a ser com a futura oferta de gado no mercado. Os investimentos no setor foram suspensos com fortes possibilidades de redução do rebanho sul-paraense.
Anonymous
5 de novembro de 2007 - 13:42A nota do Sindicato Rural de Redenção representa o efeito mais desastroso do plano de integração da Amazônia, moldado em mosaicos, descontinuidade, urgências e pouco estudo de cenários futuros.
Hoje, basta se intitular agricultor familiar que tudo se resolve e tudo se alivia, incluindo a justiça. Uma agricultura familiar que é mais rótulo do que produção, distribuição de riqueza, geração de renda e emprego.
Foi-se o tempo em que eram de fato agricultores familiares a serem assentados. Hoje, basta ser excluído social para aumentar a crista de uma onda cheia de ex-alguma coisa, do pedreiro ao doutor, para se improvisar de agricultor familiar.
O resultado está aí, um estado apático, paralisado e desmoralizado, diante das ondas de invasão de terra, acampamentos de lona preta, pneus queimando, estradas bloqueadas, produções saqueadas, gado não vacinado.
O assistencialismo, em programas de governo descontinuados. Como disse Al Gore Jr. “políticos são um recurso renovável”. Só não se renova mesmo é a esperança de ter um Brasil mais justo, mas honesto, mais civilizado. Retorna-se hoje aos regimes feudais, onde as benesses da corte não eram divididas ao povo.
Uma pena.