No Pará, para ocupar um cargo público em secretarias do governo, não basta ser competente.

Nem basta comprovada vontade de trabalhar a favor do interesse público.

Há necessidade, como valor “curricular”, de fazer parte de “panelinhas” encrostadas nos gabinetes governamentais detentores de uma espécie de monopólio de mercado.

E se o candidato ao cargo de confiança for pinçado do interior, aí  a batata esquenta mais ainda.

Basta observar com acuidade exemplos de secretários ou dirigentes de autarquias originários de cidades do interior paraense que foram contemplados com nomeações governamentais: suas gestões foram “patrulhadas” até serem demitidos, por pressão de grupos interessados na manutenção do status quo.

A vítima do momento é o jovem Thiago Miranda, presidente da Fundação Cultural do Pará (FCP),”acusado”, segundo nota publicada no portal  RomaNews, de negligenciar o pagamento de grupos folclóricos por participação no Arraial de Todos os Santos.

A nota recebe um destaque de tal projeção que fica a impressão do rapaz dirigente da FCP estar cometendo algum crime de improbidade administrativa.

Na certa, por debaixo da safadeza da campanha, já existe  a “cama” forrada para a fritura do Thiago, um jovem cheio de idealismo e que carrega do berço a formação disciplinada do pai, Sebastião Miranda,  prefeito de Marabá em seu quarto mandato- e que se consagra como o melhor administrador de todos os tempos do município.

Em tempo: a Fundação Cultural divulgou nota afirmando que os contratos de quem participou do arraial foram quitados.