Parauapebas é uma cidade arrasada pelo desnivelamento de sua classe política.
Quem expõe essa realidade são os fatos de uma cidadela sitiada.
Porque é exatamente isso: estado de sítio institucionalizado a partir das ações tribais de parte da Câmara de Vereadores e do próprio Executivo, que não tem o controle político-administrativo do município.
Os dois poderes, transformados numa confraria de interesses, onde prevalece, nos guetos selecionados, a ganância individual.
Todos ávidos em colocar as mãos na chave de um cofre cada dia mais dilapidado.
Os fatos registrados esta semana na cidade – com um grupo de oito vereadores destituindo uma mesa diretora da Câmara Municipal, se autoelegendo, então, representantes “genuínos” da nata fedida, para a tentativa final de “derrubada da bastilha”, no caso, o afastamento do prefeito municipal – vão contra todos os princípios do estado de direito e da plenitude democrática.
Sem entender absolutamente nada o que praticam seus representantes, a população a tudo assiste, sem mover uma palha para acabar com a patifaria.
Cazuza, vivo, não pensaria duas vezes em dizer que a classe político transformou Parauapebas inteiro num grande puteiro.
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Atualização às 12:33
Para melhor compreensão dos leitores do blog da situação política de Parauapebas, transcrevemos matéria do blog Pebinha:

O município de Parauapebas vive um momento histórico na política local. Na manhã desta quinta-feira (5), os vereadores Bruno Soares (PP), Irmã Luzinete (PV), João do Feijão (SDD), Josineto Feitosa (SDD), José Arenes (PT), Charles Borges (SDD), Pavão (SDD) e Eliene Soares (PT), realizaram na recepção da Câmara Municipal de Parauapebas, uma cerimônia de posse, que segundo eles, serviu para colocar a vice-prefeita Ângela Maria (PTB), no cargo de chefe do executivo, sendo que segundo os oito vereadores, o prefeito Valmir Mariano, teria sido afastado pelo prazo de 180 dias por estar envolvido supostamente em denúncias de improbidade administrativa.
A cerimônia de posse estava agendada para ser realizada no Plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Parauapebas na manhã desta quinta-feira (5), por volta das 11h00min, porém, através de ofício enviado pela Presidência da Câmara ao Comando da Polícia Militar de Parauapebas, policiais impediram que os oito vereadores e várias pessoas entrassem no plenário, alegando que a ordem pública poderia ser afetada.
Os parlamentares decidiram realizar o ato de posse de Ângela na recepção da Câmara de Vereadores, e de lá, após o ato, partiram em direção à Prefeitura Municipal de Parauapebas, onde caminharam com cerca de duzentas pessoas, porém, ao chegarem no Centro Administrativo, foram impedidos de entrarem.
Os vereadores e a “prefeita empossada” ainda justificaram ao Comandante da Polícia da possível posse, porém, os policiais informaram que a entrada deles na Prefeitura dependia de ordem judicial, dando conhecimento da validação da posse de Ângela como prefeita.
Em declarações prestadas à imprensa, o advogado Wellington Valente afirmou que: “Não foram obedecidas pelos oito vereadores durante a reunião que votou o afastamento do Prefeito Valmir Mariano, as regras definidas no artigo 74 da Lei Orgânica Municipal e artigos 77 a 95 do Regimento Interno da Câmara”. De acordo com o advogado, ainda não existe uma lei municipal que defina os procedimentos a serem observados nesse tipo de caso.
“Antes mesmo do processo de apuração de uma denúncia, a Câmara deve se reunir e definir o rito observado para avaliar a situação apresentada para, inclusive, garantir o contraditório e a ampla defesa”, informa Valente, alegando que o afastamento do prefeito não tem validade.
Por sua vez, o Presidente da Câmara de Vereadores de Parauapebas, afirmou: “Nós obedecemos o regimento interno da Câmara rigorosamente. Toda ordem do dia foi cumprida e a matéria não entrou na pauta. A procuradoria recebeu e indeferiu o pedido, porque não tinha legalidade”, afirmou o presidente da Câmara, Ivanaldo Braz (SDD). Segundo o parlamentar, a documentação nem sequer foi recebida oficialmente pela Câmara Municipal e, portanto, não poderia ser objeto de apreciação pelo plenário e muito menos afastamento do prefeito. “Ou seja, essa posse da vice-prefeita Ângela como prefeita, não tem nenhuma legalidade”, destacou.
Já os oito vereadores que formam o grupo de oposição, estão com advogados no caso e tentam afastar o prefeito Valmir Mariano do cargo, porém, até o fechamento desta matéria, nenhum documento ou decisão que comprove o afastamento de Valmir e posse de Ângela como prefeita, foram apresentados à imprensa.

Diante de toda a confusão, Valmir Queiroz Mariano continua trabalhando normalmente na Prefeitura Municipal de Parauapebas e exercendo o seu mandato.
agenor garcia
9 de março de 2015 - 16:46Caro Hiroshi,
A situação política em Parauapebas merece a observação de grandes cientistas políticos. É atípica. ruidosa, mercurial. Quem é contra afia o cutelo e sai degolando, como no Oriente Médio. Quem é a favor, fica na espera, na certeza de que, ao final de tudo restara apenas uma boa administração, com muitas obras em benefício do povo, para garantir bons resultados.
Abraços,
Agenor Garcia,
jornalista.
Rafael Milhomem
9 de março de 2015 - 10:03Sr. Hiroshi,
Não há como esconder a agenda inconfessável dos vereadores amotinados contra o prefeito. Por várias, razões, ferem o regimento, interpretam à sorrelfa o estatuto da soberania do plenário para decidir matéria de relevância. No caso dessa, ignoraram, por conveniência, o fulcro principal do que determina a lei e o sentido da matéria que, por ser de relevância e estar subordinada às determinações legais, deve, primeiro, passar pelas comissões temáticas da casa. Atropelaram o rito. Ora, se por conta disso, não respeitaram o determina as circunstância desse rito, fez bem o presidente em encerrar a seção. Que foi reaberta, de maneira indevida e afastaram o prefeito como se fosse, pela “soberania” de uma plenária adrede e caluniosamente preparada para atender os interesses inconfessáveis dos nobres vereadores. Quanto ao enquadramento feito pelo bloguer do legislativo parauapebense, comparado a um “puteiro”, insurgiu-se Luiz Vieira, conhecido “pena alugada” da bancada petista que deseja ver o prefeito pelas costas.
Com atenção,
Raphael Milhomem
Luiz Vieira
6 de março de 2015 - 17:10Hiroshi, você foi extremamente infeliz ao usar essa expressão grosseira contra o nosso município. Acho que está totalmente por fora da nossa realidade política bem como demonstrou total desconhecimento da lei que rege o nosso parlamento. Em qualquer lugar do Brasil, o Plenário é soberano e a maioria tem legitimidade para decidir. No caso aqui em Parauapebas, a maioria (08) decidiu pelo afastamento do Prefeito.
Rodolfo Ramos
6 de março de 2015 - 14:39Os políticos e a política são bem diferentes aí em Marabá né Hiroshi? Se aqui é um puteiro eu fico procurando uma “qualificação” para a nobre Marabá.
Paulo Roberto
6 de março de 2015 - 14:38Hiroshibogea Você pode falar o que quiser… a cidade ficou assim porque os vereadores são corruptos querem ser executivo nao legislativo. Tudo aqui é na base da Lei do São Francisco. dando que se recebe. A politica podre.. prefeito quer trabalhar e o legislativo nao ajuda. so se for na base da propina. Parte da imprensa tambem é assim.
Marcos valente
6 de março de 2015 - 14:10Pobre rica Parauapebas, pegar um prefeito desse, junto com seus vereadores. Não tem município que suporte. Será praga? Ou maldição do dinheiro fácil?
E quem pena é o povo, menos o prefeito e seus asseclas.
Wanderley Mota
6 de março de 2015 - 12:58Aguarde informações concretas para dar sua opinião.
Minha opinião é essa, Vanderley. É assim que considero a situação política do município. Se não te agradou, problema não é meu.Parauapebas, coitada, transformado num verdadeiro puteiro, por sua classe política tribal.