Nada há de mais pernicioso e estranho ao mundo acadêmico que a ausência de liberdade de expressão, a negação do pluralismo ideológico, o impedimento do exercício da única força, aí, legitimamente admitida e insubstituível: a do argumento. Valores que, sob os regimes de exceção, são permanentemente desdenhados, censurados e combatidos.
Triste e temerário é presenciar, na atual conjuntura brasileira, depois de uma longa e histórica luta contra a ditadura militar, novamente a emergência de práticas políticas a ameaçar tais valores, e, o que é pior, agora movidas não por parte do Estado, mas por facções e grupos que, inconformados com as derrotas em espaços democráticos, tumultuam a normalidade da vida das instituições, investindo em sua desmoralização pública.
É isso o que está ocorrendo em muitas universidades públicas.
Trecho do oportuno e primoroso artigo de Alex Fiúza de Mello, Reitor da Universidade Federal do Pará, publicado à página A9-Cidades, neste domingo no Diário do Pará – não disponibilizado on line -, abordando a movimentação de grupos fascistas no dia a dia das universidades públicas.
Um chute nos bagos das gangs a infestar a UFPA com atos de terrorismo e atentados aos direitos sublimes da vida acadêmica.
Cada dia que lê entrevista ou artigo de Fiúza, este poster o tem como referência. Rara inteligência a serviço do conhecimento de nosso Estado.
Hiroshi Bogéa
17 de novembro de 2007 - 23:25Jacqueline, com todo respeito a seu inteligente e articulado comentário, e usando sua própria expressão de que “é preciso botar o miolo pra funcionar”, não custa nada a turma do CONTRA usar o CONVENCIMENTO, apenas isto: CONVENCIMENTO.
Também expresso em seu oportuno comentário.
Partir pra baderna, é fundamentalismo puro, querida.
Um abraço e quero ver você mais vezes aqui, tá?
Bom domingo.
Hiroshi Bogéa
17 de novembro de 2007 - 23:24Jacqueline, com todo respeito a seu inteligente e articulado comentário, e usando sua própria expressão de que “é preciso botar o miolo pra funcionar”, não custa nada a turma do CONTRA usar o CONVENCIMENTO, apenas isto: CONVENCIMENTO.
Também expresso em seu oportuno comentário.
Partir pra baderna, é fundamentalismo puro, querida.
Um abraço e quero ver você mais vezes aqui, tá?
Bom domingo.
Jacqueline Gonçalves
17 de novembro de 2007 - 21:59Superficialmente são muito boas as palavras e o proposito. Apesar de que a Sabemos que, às vezes, é preciso que a força se faça presente em prol dos interesses coletivos, sob pena deles não se efetivarem, como o que acontece com as revoluções, que não são realizadas sem dor. Mas, no caso em tela, dentro de um contexto mais civilizado, ou poderíamos dizer mais articulosamente oprimido, não vejo necessidade desse tipo de ferramenta. Eu sei como é difícil lutar com “pé de igualdade” quando os interesses são opostos, mas é preciso botar o miolo pra funcionar. Eu faço parte de um grupo que quer ajudar a fomentar o mercado de trabalho na nossa região norte e sei muito bem o que ocorre nos comandos das instituições públicas ou mistas que têm obrigação de amparar as garantias sociais coletivas, como a educação. Nós estamos imersos em uma sociedade em crise de valores, daquele tipo que se lambuza com o que nunca teve. Em uma avaliação mais superficial, eu diria que a sociedade do homem se encontra nesse estágio, com o que diz respeito à liberdade e o respeito. Um professor meu de Direitos Humanos, que é juiz, falou em sala de aula, que o Brasil é recordista em não fazer acordos consensuais, justamente porque falta ainda essa sensibilidade e habilidade social nos indivíduos, que não têm a mínima consciência do significado da sua realidade social. Como atualmente a habilidade que é mais comumente utilizada é a da manipulação e convencimento racional, dizemos que isso é democracia. Democracia realmente seria uma ferramenta que prioriza, acima de tudo, a liberdade e o respeito. Porém, sabemos que dependendo do local e do momento onde ela é aplicada, transforma as verdades e a manipula democraticamente em prol de interesses pessoais, que vão além da finalidade dos papéis a serem observados, neste caso da Educação e se converte em uma “ditadura silenciosa”. Entram em jogo (e sempre entrarão, porque é impossível haver isenção absoluta por parte de qualquer um ou de qualquer grupo), o que vemos sempre nos cargos de poder no Brasil e no mundo em geral: os interesses pessoais ou grupais, acima das obrigações a que são pertinentes. Como luta contra isso, temos somente que convencer. E se não temos recursos ou habilidade o bastante… O Direito, sob minha ótica e de uma forma difusa porque a lei é para todos, afirma que devemos esperar e ver os resultados e as consequencias de quem está no comando ou de quem ganha a lide, para cobrar depois, sob argumentação de novos fatos, expondo prejuízos. Se isso é justo e inteligente na nossa sociedade, não sei lhe afirmar, mas é a ferramenta que possuímos no momento.
Anonymous
14 de novembro de 2007 - 00:02Vai ver esse 8:43 PM deve ser um dois xiitas do Psol e do PT que lutam para atrapalhar a gestão do Reitor na UFPa.
Anonymous
13 de novembro de 2007 - 23:43Pode até ser preparado, mas é autoritário.
Val-André Mutran
12 de novembro de 2007 - 01:20Apoiado. É preparadíssimo.