Deputado João Salame (PPS) envia comentário explicando seu voto de solidariedade ao colega Luís Cunha (PDT):
Não costumo fugir das polêmicas. Para o bem e para o mal.A prática de assinar documentos com data retroativa é comum em todas as plagas. É próprio de uma gente acostumada a perder prazos. Nos sindicatos, nos meios acadêmicos, no meio político, no meio empresarial, etc.
Não foi essa a motivação da ação do vereador denunciante no imbróglio envolvendo o deputado Luiz Cunha. A motivação era a irritação por não conseguirem cassar o prefeito de Viseu.
Tanto é verdade que no processo de cassação do vereador Nilson não existe nenhuma defesa do mesmo usando a questão dos prazos de desfiliação. Ele construiu sua defesa na tese da Justa Causa. Tanto que o TRE o absolveu.
O deputado Adamor explicou isso de maneira cristalina da tribuna da Assembléia. Registre-se, Adamor não tem nenhuma relação de amizade com o Luiz Cunha e foram adversários na mesma região. Por esse motivo fui solidário com ele.
Fui solidário com o deputado Luiz Cunha, que foi vítima de uma armação calhorda do vereador que era seu amigo, frequentava sua casa, e utilizou do expediente de uma gravação clandestina, sem autorização judicial, induzindo-o, para implicá-lo.Em nome da defesa da ética não podemos transigir na questão dos métodos. Senão passamos a admitir que, em nome da lei, é válido qualquer método para a obtenção de provas.
O caminho correto é o da denúncia ao Ministério Público,a solicitação de autorização judicial para gravações, etc.
Se os deputados tiverem culpa que sejam acusados, julgados e condenados num processo legal.
Mas, da forma como foi feita a armação, reafirmo minha solidariedade ao Luiz Cunha, que tem uma história de vida coerente e de seriedade.
——–
O certo é que existe uma gravação. Nela, a voz do deputado Luís Cunha admitindo ter colocado o chamegão no documento, com data retroativa, chegando, inclusive, a reconhecer arrependimento por ter praticado algo de errado.
Essa a grande questão.
——–
Ou, como prefere Juvencio Arruda, a questão maior são os ilhéus.
João Salame
6 de março de 2008 - 04:18Meu caro anônimo. Não sei onde você estava quando combatíamos uma oligarquia que mandava em Marabá. Eu lutava pelos menos abastados.Não sei onde você estava na época da ditadura. Eu combatia pela democracia. Não sei onde você estava nas lutas pelo Salobo e pela siderúrgica. Eu estava contra a Vale, ao lado do povo.
Quanto aos nomes, não os tenho. Sei apenas que é uma prática corriqueira na burocracia que toma conta do país.
Atenciosamente
João Salame
Anonymous
6 de março de 2008 - 01:41Se é tão corajoso diga os nomes dos que já asinaram com data retroativa deputado
Anonymous
5 de março de 2008 - 23:16Quanto empenho do deputado. Será que ele também se empenha pelos menos abastados?
João Salame
5 de março de 2008 - 22:47Anônimo
Eu não admito. Eu afirmo que ela existe. Muito que hoje criticam já assinaram algo com data retroativa. Não concordo com esse procedimento, mas esses são os fatos. Também não preciso mostrar ao povo de Marabá quem eu sou, porque ele já me conhece. Um cara que não tem medo de assumir o que pensa. De assumir suas posições publicamente, sejam elas politicamente corretas ou não, assinando em baixo e não sob o manto covarde do anonimato.
Respeitosamente
João Salame
Anonymous
5 de março de 2008 - 19:38Muito bem Salame,mostre ao povo de Marabá quem voce é.
Anonymous
5 de março de 2008 - 18:24Quando o deputado João Salame diz que “A prática de assinar documentos com data retroativa é comum em todas as plagas”, ele admite piblicamente a corrupção.
Parauapebas (PA)