Dois comentários de posições antagônicas enriquecem o blog, na manhã desta quinta-feira.
O primeiro, assinado por alguém autodenominado Indignado, condena a interdição da ponte:
Brincadeira esse protesto interditando uma rodovia federal nos dois sentidos. Só em Marabá mesmo, ainda mais com incentivo de politicos como Bernadete que não fizeram em prol de nossa região. Os processos na Justiça Federal e na Justiça Eleitoral que o digam.
Uma vergonha, afinal esse movimentos mandam e desmandam. Agora vai um pai de familia protestar e interditar uma rodovia para ver o que acontece.
É uma irresponsabilidade sem tamanho interditar uma rodovia nos dois sentidos, pois existem casos e casos que precisam utilizar a ponte a rodovia.
Deus queira que ninguém precise de uma ambulância do SAMU nos bairros São feliz, Morada Nova e etc…
Aproveita e pede para quem está posando nas fotos a garantirem o pão de cada dia de quem precisa se deslocadar atraés da ponte interditada.
Um absurdo!!!!!!!
Indignado
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O outro comentário, assinado por Edivaldo Viana, de bate pronto recusa as críticas de Indignado, responsabilizando-o, também, pelo esforço dos setores elitizados do país em criminalizar os movimentos sociais:
Ao Indignado:
Vossa Senhoria realmente não sabe o que é a dor da impunidade, talvez nem saiba o que é o sentimento de perder um membro de sua família pelo crime organizado neste País, aliás, vossa senhoria deve estar descontextualizado e desconectado do mundo real, pois, protesto como este ocorrem no mundo inteiro.
Vossa senhoria deve ser daquelas pessoas que a insensibilidade é latente, e a irresponsabilidade de querer mais uma vez, pois, muitos outros já o fizeram de uma forma, mais reacionária e mais sectária que vossa senhoria, criminalizar os movimentos sociais por protestar por um motivo justo, que é o direito de descobrir e responsabilizar os bandos gananciosos e irresponsáveis que tiram a vida de pessoas que lutam pela manutenção da vida no planeta.
Nos movimentos sociais organizados, há sim meu senhor a compreensão de que o direito de ir e vir deve ser respeitado, que a rotina de uma grande cidade deve continuar, mas há de se garantir o direito da população de saber o que diariamente os grupos e bandos que se reúnem na calada da noite, movidos a whisky 12 anos e outros mecanismos entorpecedores, pensam a respeito de gente simples e comum que labutam todos os dias em busca da sobrevivência com dignidade e respeito aos seus semelhantes.
Edivaldo Viana
Edivaldo Viana
28 de maio de 2011 - 00:20Professor Alan só uma pergunta,sem ofensas e simples de responder. Vossa senhoria leciona em Escola Pública ?
Prof. Alan
27 de maio de 2011 - 18:52Edivaldo, não reconheço nada de ditadura nem qualquer estado de caos no País. As eleições são livres, o povo elege quem quer. A situação do Pará sim está caótica, e aí temos que atribuir boa parcela de culpa do povo, que insiste em fazer ciranda com os mesmos governantes, sempre.
Não aceito alegação de que o povo é mantido na ignorância pelos poderosos: hoje tem blogueiro e tuiteiro expondo as mazelas dos políticos em tudo que é lugar, até no meio do mato. Em qualquer canto tem lan-house a R$ 1,00 a hora. Como a maioria dos eleitores está nas cidades, onde esse acesso a internet é ainda mais fácil, só fica desinformado e vota em safado quem quer.
Pergunte pro povo se eles acompanham os atos dos políticos em quem votaram. A esmagadora maioria não acompanha, mas o último capítulo da novela todo mundo viu, assim como todo mundo sabe quem são os participantes do último Big Brother…
Lamento pela sua perda, mas reafirmo: acho a mais perigosa das ideias a de que se pode descumprir a lei em nome de um suposto bem maior. E, efetivamente, era assim que pensavam os carrascos de 1964. Se os movimentos sociais acham que podem desrespeitar a lei em nome de um suposto bem maior, então estarão se igualando a esses carrascos.
Justamente por você ter sido vítima de uma injustiça é que não pode se dar ao luxo de cometer outra, prejulgando o comentarista Indignado.
Bico fechado
27 de maio de 2011 - 16:20Caro Hiroshi, venho a publico declara que, quem foi contra a manifestacao, do bloqueio da ponte e do bando facinoras ou nada faz para mudar a atual situacao de impunidade e descasos que vive a sociedade de bem em massa. Essas pessoas que nada fazem para mudar a historia de impunidades e politicos corruptos de nosso pais, sao os mesmos que no passado bem proximo nada fizeram para mudar a ditadura para a democracia e ainda contribui para que essa democracia nao desenvolva o efeito programado pelo companheiros que deram suas proprias vidas para conquistar essa liberdade que insiste em nao acontecer, e essa gente nada fazem que se somado aos que lutam tudo seria difente, ate um politico corrupto antes de desviar dinheiro publico, pensaria muito antes de agir, a exemplo desse prefeito Maurino que desde o inicio de sua administracao incompetente, e nenhuma mobilizacao pela sociedade, apenas ficam falando dos bastidores olha o ministro Palocci ningue faz nada senao uma pequena minuria da oposicao, Gente vamos mudar isso! Pois todos unidos conquistamos o que sonhamos que viver em paz, dignos sem desigualdade social lembra do ex presidente FERNANDO C. Mello foi o povo nas ruas pedindo o impitchman e conseguimos nao existe sociedade sem culpa, todos tem o dever de protestar nao vai quem e covarde e usufrui das conquistas em companheiros conquistam com suas proprias vidas.
Bico fechado
27 de maio de 2011 - 15:18Gente quem contribui pra isso tudo acontecer, e o proprio IBAMA fiscais vao a tailandia, pa so receber propina quer provas? Manda alguem serio visitar as serrarias existentes de cara irao dizer que estao operando com autorizacao do meio ambiente, dai investiguem os madereiros que exploram a mata da regiao. Tem uma area com mais de 4.000m3 de toras pronto pra transportar para as serrarias, estamos em um pais de chacais sorte de quem sobrevive. Mais a propria sociedade tem culpa disso pois ate uma mobilizacao que e deflagrada pra chamar a atencao dos politico e condenado por parte da sociedade, sao criticados quando poderiam aderir a causa. Demonstrando a angustia e o desprezo por este bando que matam por motivos absurdos
Edivaldo Viana
27 de maio de 2011 - 12:54Prof.Alan:
Com todo respeito a vossa senhoria que deve conhecer a História política deste País melhor que eu, pois, estudou-a e agora com certeza deve ensiná-la. Peço permissão para fazer-lhe uma única Pergunta. Vossa senhoria tem consciência que O estado ditatorial ainda permanece no nosso País, mesmo com a dita abertura Política e com o estado de direito conquistado nas ruas e ‘concedido pelas Oligarquias deste País’? Que a democracia bradada pelos políticos profissionais e Pelos governos eleitos é apenas de fachada e serve de pano de fundo para este cenário caótico instalado em nossa nação?
Meu comentário meu querido Professor Alan. Partiu primeiramente da dor de já ter Um ante querido retirado de nossa convivência por estes Grupos e bandos. De ver todos os dias muitos outros seres humanos tombados pelo abandono e do descaso em que estão relegados milhões de pessoas em nosso País. Não quero desdobrar o fato de meu comentário ter causado repúdio em vossa senhoria, se assim o foi, peço sinceras desculpas a todos que se sentirem ofendidos pelo mesmo, mais daí a comparar um comentário de indignação aos carrascos nojentos de 64 isso sim é ultrajante.
Edivaldo Viana
George Hamilton Maranhão Alves
27 de maio de 2011 - 11:57Hélio Gueiros morreu esquecido na política paraense, não lhe deixando grande legado! Talvez, não tenha aproveitado a história.
marcos
27 de maio de 2011 - 09:13Tudo bem!
marcos
27 de maio de 2011 - 08:03EU GOSTARIA MUITO DE FAZER UM COMENTARIO, POREM SEI QUE NAO HAVERIA PUPLICAÇAO, POREM ME MANIFESTO DIZENDO QUE TODO CRIME DEVE SER INVESTIGADO E OS CULPADOS PUNIDOS, POREM SE TODOS RESOLVEREM PROTESTAR, DESTA MANEIRA, AQUELES QUE FICAM A MERCÊ DE TRABALHAR, CUIDAR DA SAUDE, FICARIAM PRESOS, SEM O DIREIO DE IR E VIR. NO PARÁ HA MUITO CRIME, QUE NINGUEM SABE, NINGUEM VIU E A IMPUNIDADE ALARGA AS ESTASTISTICAS!
Marcos, liberei este comentário, mas da próxima vez não apareça escrevendo o texto todo em letras maiúsculas. Isto é feio e contraria regras de publicação do blog. Abs
Prof. Alan
26 de maio de 2011 - 14:59Hiroshi, ninguém tira a razão dos movimentos sociais, de protestar pelas mortes ocorridas.Mas o cidadão comum, que está ali enfrentando a labuta diária, não tem poder decisório sobre esse tipo de situação, nem tem como pressionar os governantes a mudar o rumo das coisas – não mais do que os movimentos sociais, não mais do que qualquer eleitor.
Não é justo, portanto, que o governador e o secretário de segurança fiquem no conforto de seus gabinetes em Belém, pouco se lixando pra ponte interditada, e o cidadão, o trabalhador sem poder de mudança, fique atrapalhado pelo bloqueio da ponte.
Se vamos falar de todos se conscientizarem, pra mudar seus votos e melhorar a situação, aí eu já digo que isso não se consegue com bloqueio de ponte, irritando e prejudicado o trabalhador anônimo, o cidadão comum. Isso se consegue com a atuação conscientizadora dos movimentos sociais, e não com protestos que não conscientizam ninguém.
Também achei péssimo o Edivaldo Viana partir pra desqualificação do Indignado. Essa tática (desqualificação) é justamente a que as elites reacionárias “regadas a uísque 12 anos” fazem quando criminalizam os movimentos sociais. Por isso mesmo o Edivaldo devia ser o primeiro a repudiá-la.
Se alguém comete um crime é um,crime, não interessa se ese alguém é de um movimento social ou não. Acho a mais perigosa das ideias essa de que podemos desrespeitar as leis em nome de um suposto bem maior. Os ditadores de 1964 pensavam exatamente assim…
Marabaense
26 de maio de 2011 - 13:23Ah! Quantas saudades do Governador Hélio Gueiros, para mandar desobstruir mais uma vez essa rodovia com a eficiencia das baionetas….. È lamentável essa ausencia do ilustre Dr. Hélio da Mota Gueiros
Marabaense saudoso
Luis Sergio Anders Cavalcante
26 de maio de 2011 - 13:04Caro Hiro, ” Indignado” e Edivaldo Viana. Acho que ” nem barro nem tijolo”. Mortes, sejam de qualquer forma, geram num primeiro momento, tristeza. Nesse caso, o covarde assassinato de provavel “encomenda”. Num segundo momento, o sentimento, de forma geral´, é de revolta, por motivos óbvios. Não hostilizo movimentos sociais, até os acho necessarios. Exemplo: O MST . Não entendo a desmedida ambição por vastas extensões de terra pelo homem. Se num ultimo momento, faremos uso dela, numa ínfima porção(sepultura). O MST há algumas décadas não tinha infra-estrutura para grandes mobilizações, hoje tem. Cometem excessos ? Sim. Lembro claramente, que poucos minutos antes do fatídico acontecimento da “Curva do S ” estive tentando passar pela barreira e não conseguí. Na oportunidade, ví, na linha de frente do movimento, muitos adultos, porém com muitas crianças tambem. Prefiro não fazer juizo de como seriam utilizados os jovens. A versão oficial e a oficiosa não citam crianças mortas, e tomara que assim tenha sido. Trabalhador como eles. Foi assim que me identifiquei. Mesmo assim fui impedido de transpor a barreira. A mim foi negado e imposto, por um igual, o que é previsto pela Constituição do País : O legítimo e inquestionavel direito “de ir e vir”. Pelo exposto acima, concordo, em parte, com o “indignado”. Mesmo porquê, acho que o grande, cansativo e perigoso esforço da feitura e manutenção da interdição, deveria ser melhor direcionado. Nós, que aquí residimos/trabalhamos (autoridades ou civís comuns) não temos o poder decisorio de imediatamente prender mandantes e executores do crime. Lamento o ocorrido. Mas “excessos” nunca fizeram bem a ninguem. Em 26.05.11, Marabá-PA.
Anônimo
26 de maio de 2011 - 11:58Imagine negar a importância de uma manifestação que têm cunho de protesto. Para este cidadão que discursa em prol de seu próprio umbigo, não haveria os protestos necessários em nenhum lugar do mundo. Como negar a importância de tais atos: no Egito por exemplo ??? Essas manifestações precisam acontecer para que o ESTADO assuma com seriedade às necessidades das populações. Marabá é palco e precisa mostrar que deve barrar esta maldidata Impunidade.
George Hamilton Maranhão Alves
26 de maio de 2011 - 11:26Comentário equilibrado de Edivaldo Viana. O cidadão, por mais que passe algumas horas de transtorno no trânsito, deve compreender a necessidade de mobilização social. Acredito que a grande maioria das pessoas não concordou com o assassinato do casal.