Ano de 1957, bairro Cabelo Seco.
A sensibilidade do fotógrafo Bastos, único repórter da época a registrar imagens preservadas em arquivos da Casa da Cultura de Marabá, flagra comunitários buscando alturas para livrar-se do peso da água. Sobre balsas-casebres improvisadas ou na cumieira de telhados, a vida busca pé.
É assim o vai e vem de águas tocantinas.
Um balé ao ritmo de Strauss; ou, raivosamente, metaleiro dos brabos -, assustando a calmaria dos barranqueiros.
Desconfortável, em alguns casos; divertido para a maioria, viver cheias de rios é beleza rara na vida de quem sabe flutuar sobre águas.