O Partido Republicano da Ordem Social (PROS) pode sofrer profundas alterações, no Pará, véspera de vencimento de prazos de filiações e desincompatibilizações.
Tudo em consequência de decisão da Justiça do Distrito Federal que destituiu o atual presidente nacional da legenda.
Eurípedes Júnior, então presidente, perdeu na Justiça, em segunda instância, a disputa pelo comando do partido.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal deu uma decisão favorável para o ex-filiado Marcus Holanda, que tenta validar convenções nas quais diz ter sido eleito para comandar o partido.
NO PARÁ
O que pode acontecer no Estado do Pará, com nova direção no Pros?
Como é provável haver destituição de todas as redes de comando estadual da legenda, o Pros deverá, também, sofrer intervenções municipais pontuais.
O Pará deverá ter uma das vítimas da mudança.
Como o Partido Republicano da Ordem Social tem em Parauabas a sua estrutura mais arrojada, sob a gestão do empresário Branco da White, nos bastidores da política de Belém, durante a manhã desta quarta-feira, 9, o assunto girava em torno da intervenção.
Os políticos mais experientes entendem que sob o comando nacional de Marcus Holanda é provável o registro de profundas mudanças nas executivas municipais.
“Como as sequelas da briga entre o Eurípedes Júnior e o Marcus Holanda são de feridas incuráveis, o novo presidente dificilmente deixará aliados de seu adversário em comando da legenda”, diz um deputado federal em conversa com o blog.
A BRIGA
A briga pelo comando do PROS acontece há pelo menos dois anos, com troca de acusações de ambos os lados.
O grupo dissidente, comandado por Holanda, afirma ter documentos oficiais que provariam o direito de comandar o partido. Já Eurípedes, alega que os supostos papéis são falsos.
Expulso do partido em meio à disputa, Holanda perdeu em primeira instância e, dias antes do novo julgamento, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Planaltina (GO) acusando Eurípedes de vender máquinas, carros e outros equipamentos do Pros.
“Marcus Holanda é filiado ao PROS desde setembro de 2016, sendo absolutamente ilegal sua desfiliação, juntamente com outros 56 membros, ato praticado dois meses após ter sido eleito Presidente nacional do PROS, um método ardiloso engendrado por Eurípedes Júnior”, afirma Holanda.
Em nota, o PROS rebateu Holanda e afirmou que ele não possui qualquer legitimidade para registrar ocorrência ou exigir qualquer informação “posto que sequer é filiado ao partido”. Segundo a legenda, “se o partido foi saqueado, o foi após a invasão de sua sede, por Marcus Holanda, que foi condenado em ação de reintegração de posse (…) onde foi certificado por oficial de justiça o desaparecimento de diversos bens, de televisores a talheres”.