A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) alerta os proprietários de rebanhos bubalinos e bovinos do arquipélago do Marajó para o encerramento do prazo de vacinação contra a febre aftosa no próximo dia 15 de outubro. Nesta etapa da campanha, estão sendo vacinados animais de todas as idades.

Segundo a Adepará, não ocorrerá prorrogação da data porque a região possui um dos mais extensos calendários de vacinação do estado, com 60 dias para imunizar todos os rebanhos, que incluem mais de 600 mil animais. O cronograma é definido considerando as questões geográficas e climáticas peculiares da ilha, que dificultam o acesso às propriedades.

De acordo com o Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, o serviço veterinário oficial doou a vacina e disponibilizou a “Agulha Oficial”, que é a vacinação feita pela Agência nas propriedades que possuem até 20 animais. Nos municípios de Soure e Salvaterra, a Adepará já vacinou quase na totalidade o rebanho e também os animais de tração, principalmente búfalos.

“A cidade de Soure utiliza búfalos como animais de tração para execução de serviços públicos, como a coleta de lixo, por exemplo, e foram doadas vacinas para aplicação nesses animais. Pelos nossos dados, todos os animais de tração do município já foram vacinados com vacina doada pela Adepará”, informou George Santos, gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa.

No sítio Passagem Grande, em Salvaterra, os três búfalos da propriedade que são usados como animais de tração foram imunizados pelos técnicos do órgão estadual com apoio de agentes vacinadores. “É muito importante a vacina para proteger os animais contra essa doença”, disse Haroldo da Silva Matos, proprietário dos animais.

 

Zona livre da febre aftosa sem vacinação

A Adepará já solicitou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a suspensão da vacinação contra a Febre Aftosa em todo o território paraense, e vem cumprindo as metas do Plano Estratégico, para que a imunização deixe de ser obrigatória a partir de 2024, acompanhando outros estados que já não têm mais a obrigatoriedade de imunizar o rebanho, alcançando assim o status de zona livre da febre aftosa sem vacinação.