A operação federal “Ponto Final – Mapuá” fechou 38 serrarias ilegais ao longo dos rios Mapuá e Aramã em Breves, na ilha do Marajó.
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a ação também lavrou 33 autos de infração, 28 termos de apreensão e 23 de demolição, gerando mais de R$ 597.334,72 em multas.
Os materiais apreendidos somaram R$ 288.931,00.
A ação teve parceria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Federal.
As investigações apontam que as serrarias funcionavam dentro e no entorno da Reserva Extrativista Mapuá (RESEX Mapuá).
Os autos de infração aplicados foram realizados devido à existência de depósito de madeira sem origem legal, além das instalações e funcionamento de estabelecimento de recursos ambientais sem licença.
Os agentes também constataram queima de resíduos sólidos a céu aberto em instalações não licenciadas.
Reserva Extrativista Mapuá é uma unidade de conservação federal de uso sustentável, criada por meio de Decreto Presidencial em 20 de maio de 2005.
O ICMBio informou que trata-se de área criada para proteger a forma de vida tradicional e cultura da população extrativista, assegurando a sustentabilidade de recursos naturais explorados tradicionalmente, como: pescado, roça, açaí e madeira.
Desde 2020, a área já conta com plano de manejo florestal sustentável comunitário, realizado pelos próprios moradores da unidade de conservação. A medida é alternativa à exploração ilegal de madeira realizada pelas serrarias que foram fechadas.
Nas fotos, Operação “Ponto Final – Mapuá” fecha serrarias clandestinas em área de reserva extrativista no Marajó. (Foto: Reprodução / ICMBio Breves)