Um primeiro estudo, revelado em maio, realizado por pesquisadores da Universidade de Lethbridge, no Canadá, revela a hipótese de que princípios ativos da maconha podem ter o efeito contrário à nicotina, o que pode elevar a proteção das células contra a covid-19.

Os resultados fazem parte de uma pesquisa sobre tratamentos para a artrite, a doença de Crohn, e o câncer.

No site pireprints.org, a equipe de cientistas sugeriu que uma “variedade especialmente desenvolvida da canabis” poderia reduzir a capacidade do vírus de chegar nas células pulmonares, área mais comprometida pela doença.

O estudo ainda é preliminar, ou seja, não passou pelo processo de revisão de pares (quando outros cientistas independentes fazem a avaliação).

Agora surge outra novidade sobre os possíveis benefícios da cannabis (nome científico da maconha) no organismo abalado pela Covid-19.

Nos Estados Unidos, saiu resultado  do estudo que minucia evidências de como as propriedades anti-inflamatórias da cannabis podem ajudar no combate ao novo coronavírus.

Como os casos de covid-19 continuam a aumentar, os pesquisadores começaram a procurar soluções em um local improvável, a planta de cannabis.

Os compostos ativos da maconha têm várias propriedades que a tornam atraente como um potencial tratamento adjuvante para infecções do novo coronavírus e recentemente os cientistas começaram a analisar seu potencial para reduzir a suscetibilidade à doença e até discutiram se poderiam ser usados como um medicamento antiviral.

Este mês, pesquisadores da Universidade de Nebraska e do Texas Biomedical Research Institute estão recomendando mais pesquisas sobre como o CBD derivado da cannabis pode ajudar a tratar a perigosa inflamação pulmonar causada pelo novo coronavírus.

Os autores detalharam as evidências de como os poderes anti-inflamatórios da maconha  podem ajudar em um artigo revisado por pares na edição deste mês de Brain, Behavior, and Immunity.

No artigo, os pesquisadores explicam que “relatórios recentes sugeriram que a infecção aguda está associada a uma tempestade de citocinas, o que contribui para os sintomas de febre, tosse e dor muscular”.

Esses casos extremos de inflamação podem levar a pneumonia grave que obstrui os pulmões, dificultando ou impossibilitando a respiração.

Portanto, uma das estratégias importantes que os cientistas estão estudando na luta contra a covid-19 é reduzir a inflamação.