O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegará a Belém, no Pará, nesta quinta-feira (13/2) para divulgar a liberação de R$ 250 milhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos serão destinados ao financiamento de iniciativas de macrodrenagem e urbanização na cidade. Este valor é considerado o maior investimento já feito pelo banco em projetos de urbanização integrada de comunidades e áreas periféricas.

Os investimentos visam aprimorar a infraestrutura nas cidades e aumentar o acesso a serviços e equipamentos públicos em regiões com vulnerabilidade socioeconômica, além de ajudar a cidade a se adaptar às alterações climáticas. Essas ações são parte do legado da COP 30 para Belém, com o intuito de reduzir os problemas frequentes de inundações e alagamentos que afetam a população.

Com essa nova liberação, que foi disponibilizada na quarta-feira (12), o montante total liberado pelo BNDES para as obras desde 2024 alcança R$ 505 milhões, de um total de financiamento de R$ 847 milhões destinados ao conjunto de iniciativas.

Este representa o investimento mais significativo que o BNDES realizou na urbanização conjunta de favelas e áreas periféricas. É um legado tangível da COP30 para Belém, que irá aprimorar a infraestrutura da cidade, elevar a qualidade de vida dos cidadãos e tornar a metrópole mais robusta, sustentável e inclusiva”, afirmou o presidente do banco, Aloizio Mercadante.

 

Bairros e canais

Os recursos financeiros serão destinados à macrodrenagem de nove canais situados nas bacias do Tucunduba e Murutucu, que incluem os canais Vileta, União, Leal Martins, Timbó, Gentil Bittencourt, Cipriano Santos, Caraparu, Mártir e Murutucu. Ademais, as intervenções urbanísticas abrangerão o bairro do Mangueirão, envolvendo o Canal do Benguí, o Canal Marambaia e a Rua das Rosas.

As ações propostas para os canais incluem a urbanização da área circundante, uma melhor organização da ocupação nas margens e a melhoria do acesso da comunidade a serviços essenciais, como drenagem, pavimentação em asfalto, paisagismo, ciclovias e passarelas. Além disso, serão designadas zonas para uso comunitário, com a instalação de equipamentos sociais, tais como praças, áreas verdes, quadras para esportes e academias ao ar livre. Essas iniciativas ajudarão a restaurar a paisagem natural e a aumentar a resiliência da bacia hidrográfica, minimizando os riscos de inundações.

Na área do Mangueirão, as iniciativas visam resolver os constantes alagamentos, assim como a carência de uma infraestrutura apropriada para o escoamento da água da chuva e os obstáculos à circulação nas proximidades do Estádio do Mangueirão. Assim, novas vias serão implementadas para otimizar a mobilidade urbana na localidade.