Deputado João Salame (PPS), presidente da Frente Pró Estado de Carajás, concedeu entrevista ao blog, minutos antes do início do programa eleitoral gratuito sobre o plebiscito.
A campanha de TV/Rádio inicia na próxima sexta-feira, dia 11. Você já assistiu algum piloto dos programas que serão veiculados no Horário Gratuito? Se já, qual avaliação?
Já assisti e estou entusiasmado. O Duda Mendonça sabe como poucos interpretar o que vai no coração dos brasileiros, sobretudo os mais humildes, que são a maioria da população. Acho que nosso programa vai comunicar bem com essas pessoas e convencê-las que a criação dos novos estados é boa para todos.
Qual sua expectativa em relação à campanha no horário gratuito ?
Nas reuniões que estamos realizando nos municípios do Novo Pará notamos que a adesão de lideranças é grande após expormos as nossas idéias. Mas o alcance dessas reuniões é limitado. Com o horário eleitoral gratuito teremos a oportunidade de expor nossos argumentos para milhões de pessoas. Como tenho segurança da justeza de nossa causa acredito firmemente que convenceremos a maioria a votar no sim.
O marketing do Sim está entregue ao Duda Mendonça. A campanha do Não está sob responsabilidade do Orly Bezerra, um dos mais consagrados marqueteiros do Pará. Apesar da fama internacional do Duda, você não se preocupa com a possibilidade da equipe de Orly causar surpresa na campanha plebiscitária, por conhecer bem mais o cenário estadual?
O Orly é meu amigo pessoal. Talentoso e competente. Infelizmente estamos em campos opostos nesse plebiscito. Claro que o programa do NÃO, sob o comando do Orly, terá muita qualidade. Mas além do Duda também ser muito competente, ele está cercado por bons profissionais paraenses e por lideranças que conhecem a fundo o Pará. Além do que, insisto, nossa causa é muita justa e generosa. É difícil se contrapor a ela.
Quais os argumentos que você usará na campanha para convencer o paraense a dividir o Estado em três territórios?
Sou paraense, minha esposa e meus filhos também. Meu pai nasceu em Belém e minha mãe em Igarapé Açu. Por isso defendo a divisão, porque ela é boa para o nosso estado. O Pará tem quatro problemas que juntos são insolúveis. É uma área muito grande, com grandes problemas, com uma população que cresce muito todo ano e com poucos recursos financeiros. Com a criação dos novos estados teremos 3 governos para administrar áreas menores, com menos problemas e uma população menor. E com mais dinheiro. Não é difícil para uma pessoa de bom senso entender isso. Temos também as experiências dos estados que se dividiram nos últimos 70 anos. Todos tem hoje o Índice de Desenvolvimento Humano melhor do que o Pará, até mesmo o Amapá e o Tocantins. Votar NÃO é votar para que as coisas continuem como estão. Não é culpa do governo, mas da baixa capacidade de investimento de um estado que não tem condições sequer de dar um aumento de salário para os professores de sessenta reais para que se atinja o piso nacional de salários, senão estoura o gasto com folha de pessoal. Um estado que não dá conta de recuperar as estradas, de melhorar a educação e a segurança na intensidade que o povo necessita.
Que o governo ficará mais próximo com 3 estados isso é claro, mas como terão mais dinheiro do que hoje para investir?
Só no Fundo de Participação dos Estados nossa receita aumentará em cerca de 3 bilhões de reais. É simples entender isso. O FPE é um Fundo do qual participam todos os estados da Federação. O Pará tem uma cota no Fundo de 27 estados. Passaremos a ter 3 cotas num Fundo com 29 estados. O aumento de arrecadação é automático. Recebemos 2,9 bi em 2010 e deveremos receber 5,9 bi nos três estados, para a mesma área, para a mesma população. O Novo Pará deverá ter um FPE de 2,6 bi, ou seja, 300 milhões a menos que recebe atualmente. Só que vai administrar uma área muito menor, uma população menor e apenas 78 municípios. Já é um ganho enorme. Mas vai deixar de gastar cerca de 1,5 bi que gasta atualmente com as duas regiões. Ou seja, economiza 1,2 bi e ainda vai ter menos problemas para governar. Isso é muito dinheiro, pois a capacidade de investimento próprio do governo do Pará hoje não passa de 200 milhões. Já os novos estados vão receber juntos cerca de 3,3 bilhões, ou seja, mais do que o dobro de tudo o que o Governo do Pará investe hoje nas duas regiões. Por isso é ridículo o discurso dos que dizem que os novos estados são inviáveis, que o custo da máquina vai ser muito alto. Se hoje com o pagamento de pessoal, do custo da máquina e com investimentos o Pará gasta menos do que a metade que vamos receber só de FPE como esses novos estados não se sustentam? E é bom que se lembre que gastos com pessoal e custeio são limitados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Sem falar que ainda teremos de receita o ICMs, IPVA, SUS, Fundeb e vários outros tributos, que crescerão ainda mais com o desenvolvimento econômico que vai tomar conta dos três estados. Ou seja, todos vão ganhar.
Em relação ao badalado e polêmico tema dos 5 milhões… Explique melhor essa conversa do desaparecimento de cinco milhões arrecadados através de leilões de gado no Sul do Estado.
Isso não existe. Lançaram um factóide sem prova alguma. Não conseguimos arrecadar dinheiro nem pra colocar carros de som, adesivos, cartazes e santinhos na rua em número suficiente. A Frente está lidando com grandes dificuldades pra arrecadar o dinheiro necessário pra pagar nossos custos básicos. E antes da Frente, no período que o Instituto Pró Carajás (Ipec) esteve à frente, não houve nenhum leilão de gado e era um coletivo de pessoas sérias que arrecadaram recursos para pagar advogados que defendiam os interesses dos novos estados no Supremo Tribunal Federal, mas com valores muito distantes do que essa boataria disseminou.
Passada a campanha plebiscitária, e numa hipótese de derrota do SIM, você não teme ser “amaldiçoado” eleitoralmente, correndo o risco de perder, em eleições futuras, milhares de votos conquistados na ultima eleição em Belém e demais municípios da região metropolitana e de outras cidades fora da geografia dos propostos estados do Tapajós e Carajás?
Primeiro estou convencido que vamos ganhar esse plebiscito. Por outro lado, nossa liderança está crescendo em Belém e em municípios do Novo Pará. As midías sociais são um bom exemplo. Todos os dias recebo solicitações de novas amizades de pessoas de Belém e dos municípios daquela região. No Facebook pulei de 580 amigos antes do início desse debate para mais de 4 mil hoje. Nunca é ruim defender o que você pensa. As pessoas valorizam isso, mesmo que não concordem com as suas idéias. Já nadei muitas vezes contra a correnteza. Lutei contra a ditadura, defendi a candidatura do Lula a presidente quando muitos a temiam, apoiei o Almir Gabriel quando todos diziam que ele não ganhava aquela primeira eleição pra governador, em suma, faço o que minha mente e o meu coração determinam. E tenho certeza que muita gente tem reconhecido e haverá de reconhecer cada vez mais esse esforço sincero de minha parte.
Deputado, o tema é evitado pelos coordenadores da campanha do SIM, mas não podemos deixar de provocá-lo. Na hipotética criação do Estado de Carajás, surgirá outra briga que será pela definição da futura capital do Estado. Quem acompanha os bastidores da campanha sabe que empresários e políticos residentes mais ao Sul do Estado defendem Redenção como futura capital, em detrimento de Marabá. Nos últimos meses, tem-se falado muito na compra de imensas áreas, nos arredores do município de Eldorado, por parte de um poderoso fazendeiro e de alguns empresários, no ponto onde se pretende construir uma cidade planejada, nos parâmetros de Palmas, como futura capital de Carajás. A compra dessas áreas é uma realidade, sabemos quem são seus compradores. Você é favorável também a construção de uma capital planejada?
Essa questão é secundária. O mais importante é criar o novo estado. Particularmente acho que não devemos gastar tanto dinheiro com a construção de uma nova capital. Temos várias cidades que podem abrigar a sede do poder político do novo estado. Que o povo depois decida isso em plebiscito.
Quanto já foi gasto até agora na campanha do SIM?
Estamos finalizando nessa sexta-feira o balanço do que foi arrecadado e gasto até agora. Esse balanço será enviado ao Tribunal Regional Eleitoral e semana que vem deve estar disponível para toda a população.
Você não acha que esse movimento divisionista está muito restrito aos interesses de cúpulas? Não se viu, em nenhum momento, até agora, pelo menos na região sudeste do Estado, a movimentação apaixonada do povão.
As pesquisas mostram que o nível de adesão na região do Carajás e do Tapajós é da ordem de 90%. Como em toda campanha as coisas só esquentam após o horário eleitoral gratuito. Mas já tivemos várias carreatas, reuniões e mobilizações que envolveram muita gente. É uma campanha atípica, que não tem um candidato. Mas tenha certeza que o povo responderá nas urnas. Esse é um sentimento popular, basta você conversar nos bares, nas ruas, que vai perceber a ampla aceitação da tese da criação dos novos estados na nossa região. Naturalmente que ainda existem pessoas com pouca informação e dúvidas, mas isso é natural e durante a campanha conseguiremos esclarecê-las.
Pelo menos cinco territórios indígenas estão inseridos na geografia do Estado de Carajás. A questão indígena deveria merecer, nessa discussão, maior atenção, mas até agora não se tem conhecimento do envolvimento dessa etnia nos debates, nem se fala do papel das aldeias e nem a configuração social que cada uma delas terá no hipotético novo estado.
Realmente esse debate não entrou em pauta como deveria, mas será abordado na campanha. Já temos várias reuniões marcadas com lideranças indígenas e muitos já nos apóiam.
Mudando de assunto, falemos agora da política marabaense: se realmente o TRE considerar procedente a cassação de Maurino Magalhães, você assumirá a prefeitura, independente do julgamento do mérito pelo TSE?
Só assumo se houver segurança jurídica de que não vou ter que renunciar o mandato de deputado e correr o risco do prefeito retornar ao cargo em poucos dias.
Caso decida permanecer na AL, você aceitaria disputar a prefeitura, ano que vem, como representante da chamada Terceira Via, ou apoiará a candidatura de Tião Miranda, para atender apelo do governo do Estado?
Durante muitas eleições fui aliado do deputado Tião Miranda. Inclusive fui apoiado por ele para disputar a prefeitura em 2008. Não sou de cuspir no prato que comi, por isso levo isso fortemente em consideração. Nas eleições do ano passado ele decidiu disputar o mesmo cargo que eu e isso criou alguns atritos e desconfianças entre nós, por isso teremos que conversar muito para que possamos caminhar juntos novamente. Nada que seja insuperável.
Nas pesquisas que estão sendo realizadas com vistas à disputa da prefeitura o ano que vem tenho aparecido com freqüência bem posicionado e com baixíssima rejeição. Não posso desconhecer esse fato. Mas daí a definir desde agora que sou candidato existe uma distância muito grande. Até porque nunca enxerguei a política a partir de projetos pessoais, mas sim como conseqüência de um projeto coletivo.
Minha prioridade agora é o plebiscito. Ano que vem tratarei da eleição municipal. Dialogar com o ex-prefeito Tião Miranda não é problema para mim. Dialogar com outras forças políticas também não. Acho que Marabá vive um momento de desgoverno muito forte, que está prejudicando duramente a população. Candidato ou não vou me pautar por participar de uma composição política que tenha compromissos com a cidade, com uma gestão competente, transparente e participativa. Marabá não merece continuar do jeito que está.
João Mágico
15 de novembro de 2011 - 19:22Cuidadosamente li a entrevista do Salame. É típica de um autêntico político profissional, de carreira, é um mágico. Na mesma linha de raciocínio do prof° Alan, imagino que o nobre deputado vai criar um muro, capaz de impedir que os excluídos do mercado de trabalho e, de outras necessidades, transponham o referido muro em busca do ELDORADO. Não é por acaso que Marabá, por enquanto, cresce a cada dia, em média de 200 a 300 novos sonhadores de toda natureza e origens.
Por tudo isso, resta evidente que as despesas sem origem de receitas atentam contra todos os contribuintes e à sociedade em geral, na forma elucidativa demonstrada pelo prof° Alan:
“5) “Passaremos a ter 3 cotas num Fundo com 29 estados. O aumento de arrecadação é automático.”
– Automático como, sem aumentar a renda da população e sem incrementar/diversificar a atividade econômica? Ele esquece, não sabe (ou oculta) que o FPE é formado por parcela da arrecadação de IR e do IPI, e sem aumento da renda (arrecadação do IR) ou da produção (arrecadação do IPI) o FPE não aumenta! O FPE vai simplesmente ser dividido a mais, vão entrar duas bocas a mais na mesa…”
Anônimo
13 de novembro de 2011 - 13:28Professor Alan, não vi discurso de ódio no comentário da Ana (fora a bola fora da parte da ditadura). Mas concordo com ela que investir em novos delegados, procuradores, professores, etc… não é custo, é investimento. Por que se preocupam tanto com dinheiro e esquecem a qualidade de vida das pessoas? tá sobrando dinheiro pra trem bala, copa do mundo e olimpíadas… vamos nos dar esse direito de tentar. Talvez com o novo estado de Carajás não percamos tantas empresas para o Maranhão, gerando assim mais impostos, etc, etc…
Pedro Rrodrigues
13 de novembro de 2011 - 12:15Prof. Alan.
A sociedade pergunta ao Sr.? O Sr. já teve a oportunidade de conhecer os irmãos que mora na vila cruzeiro do sul,(distrito de itupiranga) vila capstano de abreu ( distrito de marabá), vila mandir( distrito de santana do araguiaia),vila castelo dos sonhos ( distrito de altamira), pois bem, apartir do momento que o sr. conhecer as dificuldades desse povo, não tenho dúvida que v.sa. irá pensar de outra formula! votar no não, é não conhecer ou não querer conhecer a realidade desse povo tão sofrido com a ausência do poder publico, nos mais longicos cantos deste estado, ainda tem tempo para o sr. refletir.
Prof. Alan
12 de novembro de 2011 - 18:39Ok, Ana, continue assim. Nem me conhece e me acusa de ser saudoso da Ditadura (engraçado, nem vivi essa época!)… Se você acha que ofensas gratuitas e discurso de ódio ganham voto, vá em frente! Só lembre que vocês precisam dos votos dos que estão ofendendo pra ganhar. Tá com a memória fraca? Então tente lembrar quantas vitórias o discurso de ódio do Índio da Costa gerou pro José Serra…
Ana
12 de novembro de 2011 - 02:25É professor de Direito, mas tem dificuldade pra interpretar textos o professor Alan. O deputado não disse que o problema é de tamanho do Estado. Disse que o problema é que o estado é grande e não tem dinheiro. Além do mais a população cresce muito e o Pará tem muitos problemas. Fácil de entender, pra quem quer.
O cálculo do FPE também é simples, independente das regras de distribuição. Temos uma cota em 27 estados. Passaremos a ter 3 cotas em 29. Matemática elementar, que um professor de Direito talvez tenha dificuldade em absorver.
E deve ser um dos arautos do neoliberalismo que quebrou a Grécia e está levando à falência muitos países. Para ele investir em hospitais, escolas, professores, médicos, promotores, defensores, delegados, policiais, juízes, desembargadores, etc, é custo. Não é professor Alan, é investimento. A sociedade precisa dessas estruturas e desses profissionais ara diminuir a violência, a mortalidade infantil, o analfabetismo, em suma, pra melhorar sua qualidade de vida.
Quanto aos políticos ainda não inventaram Estado sem governador e deputados. Talvez o professor seja saudosista da ditadura. Se ele tá tão preocupado assim com os políticos pilantras, deveria se candidatar. Gostaria de ver os votos que ele teria com essas idéias conservadoras
Anônimo
11 de novembro de 2011 - 23:33Professor Alan, com todo respeito, de onde você é?
Não vejo problema nenhum em aumentar a divisão da arrecadação dos estados. O que não pode acontecer é permanecermos no descaso, tanto do governo estadual quanto do federal.
E da onde você tira essas comparações esdruxulas, comparar Pará com Nova York, Paris ou até mesmo São Paulo? Você simplesmente ta falando de centenas de anos de diferença, sem contar a diferença de realidade de cada lugar.
Anônimo
11 de novembro de 2011 - 23:25Professor Alan, entendo suas preocupações, são realmente validas.
Mas, sinceramente, não vejo o menor sentido comparar cidades como Nova York, Paris ou até mesmo São Paulo à um estado da região norte do Brasil. São outras realidades, outras culturas e principalmente outros problemas. Um exemplo disso é a idade de cada região, são centenas de anos de diferença.
O estado de Tocantins, é um grande exemplo de que a separação é sim um boa opção. Uma região que era dada como o “quintal de Góias”, agora é uma região em pleno desenvolvimento, sem contar na expansão da sua população, o que reflete diretamente na arrecadação de impostos.
E sobre a parte econômica, a região Sudeste do Pará é sem dúvida umas das partes mais ricas da região, o que acontece é que a parte que é produzida em nossa terras não volta pra nossa região, concentrando o poder na região metropolitana e cada vez mais aumentando o descaso com o ‘resto’ do estado.
E sobre a divisão do Fundo de arrecadação dos estados, tem que dividir mesmo com todo o país, não adianta querer concentrar tudo nos estados do sudeste. Nosso país tem uma arrecadação imensa, o que falta é seriedade pra saber administrar.
Posso não ser professor de Direito Administrativo e procurador …, mas sou um cidadão, como você e todos aqui.
Anônimo
11 de novembro de 2011 - 23:10Tião e João Salame foram os politicos mais importantes que ajudaram a resurgir o inimigo Nº1 De nossa luta pela almejada independência.Salame se desidiu e vestiu a camisa de nossa luta o outro não precisa da gente e nem vai ajudar em nada só na sua campanha como já comentou e ameaçou empresários que não acompanharão na sua tragetória politica.o mesmo não trará nada para Marabá e será o pior dep. eleito de nossa região.espere pra vê.
Prof. Alan
11 de novembro de 2011 - 22:22Professores, Não sou professor de aritmética mesmo, sou professor de Direito Administrativo, procurador federal concursado há 15 anos e gestor público.
Como você não é professor de Direito Administrativo, não sabe que o FPE (Fundo de Participação dos Estados e DF) é distribuído conforme um critério fixo, estabelecido pela Lei Complementar nº 62/89. Não existe equação matemática que o faça aumentar com a divisão do Estado. E nem me diga que “muda-se a Lei”, pois isso implicaria em reduzir a parcela de FPE dos outros estados – e você acha que eles vão concordar tranquilamente? Olhe a briga de foice pelos royalties do Pré-Sal e vai entender melhor…
Por fim, admiro sua fibra em dizer que vocês são desbravadores, coisa do que não duvido. Mas palavras, boa-vontade e coragem também não fazem brotar dinheiro do nada. Se vocês sempre se viraram sem o Governo do Pará, estão esperando o quê pra começar a produzir riqueza já?
PROFESSORES
11 de novembro de 2011 - 21:23O Prof. Alan não deve ser professor de aritmetica pois de fosse saberia que o valor da expressão X:27*1 e menor que a expressão X:29*3.
Fazendo o calculo verifica-se que sera aplicado aqui na região bem mais do que e aplicado hoje.
Quanto a criação de infra estrutura sera necessario pois concentrando 92 % dos funcionarios publicos em Belem e regiao simplesmente o restante da população esta relegados a cidadão de segunda classe.
Quanto a fazer aparecer dinheiro para manter o Estado ele aparecera pois nossa região e feita de desbravadores que por sua fibra fizeram esta região desenvolver sem a menor ajuda do governo do Para.
Prof. Alan
11 de novembro de 2011 - 20:52E isso pra não falar do aumento de despesas, com a estruturação dos novos estados, tendo que instalar Judiciário, Executivo, Legislativo e Ministério Público, o que implicará em contratação de servidores, construção de prédios, realização de concursos, aquisição de equipamentos caros para áreas como saúde e segurança pública…
Pensem nos novos deputados estaduais, procuradores de justiça, desembargadores e juízes, secretários estaduais e governador, cada um com uma penca de assessores. Ter que comprar viaturas pra polícia e corpo de bombeiros, fora armamento, equipamentos de comunicação, equipar quarteis, providenciar treinamento de polícias e bombeiros (que são treinamentos longos e caros), enfim, uma despesa descomunal, caindo nas contas dos novos estados. Disso não vejo ninguém falando nada…
Prof. Alan
11 de novembro de 2011 - 16:361) “É uma área muito grande”
– Se pouca área significasse algo, Alagoas não seria o estado com o pior IDH do país.
2) “com grandes problemas”
– São Paulo tem grandes problemas, Nova York e Paris também. Administrar problemas é uma das tarefas do governante, mas ninguém jamais conseguiu evitá-los.
3) “com uma população que cresce muito todo ano”
– O ritmo de crescimento da população na Europa e EUA é bem menor que no Brasil. E a crise econômica começou por lá. População crescendo não é problema por si só. E por acaso, como ele pretende fazer que só em Carajás a população cresça menos?
4) “com poucos recursos financeiros”
– Ainda não explicaram com clareza como dividir o Estado vai fazer surgir dinheiro do nada. Dinheiro não brota em linha de divisa de Estado, é fruto de produção/arrecadação, que por sua vez requer investimento, ou seja… dinheiro!
5) “Passaremos a ter 3 cotas num Fundo com 29 estados. O aumento de arrecadação é automático.”
– Automático como, sem aumentar a renda da população e sem incrementar/diversificar a atividade econômica? Ele esquece, não sabe (ou oculta) que o FPE é formado por parcela da arrecadação de IR e do IPI, e sem aumento da renda (arrecadação do IR) ou da produção (arrecadação do IPI) o FPE não aumenta! O FPE vai simplesmente ser dividido a mais, vão entrar duas bocas a mais na mesa…
6) “Sem falar que ainda teremos de receita o ICMs, IPVA, SUS, Fundeb e vários outros tributos, que crescerão ainda mais com o desenvolvimento econômico que vai tomar conta dos três estados”
– Essa é a maior falácia, está vendendo terreno na Lua pra entregar em Marte. É puro chute, exercício de futurologia. Sem aumento da renda da população, da industrialização e da diversificação da economia, ele quer que saia dinheiro de onde? Só da arrecadação? E arrecadação, de onde vêm? Cai do céu?
Joao Camilo
11 de novembro de 2011 - 14:08Concordo com todos os pontos , apenas discordo em sua posicao sobre a capital.Um estado com tanta potencialidade deve ter Capital Planejada custe o preco que custar. Que venha a Capital Santa Fe dos Carajas.
Anonimo
11 de novembro de 2011 - 12:39Tenho certeza que iremos ganhar, pois a campanha do Sim e feita com verdade, nada absolutamente nada é mentira. Estamos movidos pelo sentimento de que dividir é nossa grande chance de mudar uma situação que vem se arrastando por décadas de abandono e desrespeito. Chega de ser colônia do nosso próprio Estado, chega de ficar com as sobras vamos todos dar “O grito de Independência”.
Anônimo
11 de novembro de 2011 - 11:55A cada dia que passa o Deputado João Salame se mostra mais experiente, equilibrado e conhecedor dos problemas do nosso Estado.
Marabá perdeu ao escolher Maurino como prefeito. A realidade está aí pra mostrar.
O Salame está dando uma grande contribuição para o debate do Plebiscito.
O momento é de Votar Sim 77…
Parabéns pela entrevista Hiroshi.
E gostei do que o deputado falou…
Claudio Pinheiro Filho
11 de novembro de 2011 - 11:47João Salame tem feito um trabalho excepcional a frente da comissão Pró-Carajás. Primoroso e irretocável. Talvez, seja a maior liderança nesse processo de desmembramento.
Conhece como poucos a realidade paraense, não apenas como cidadão, mas, da realidade de gerenciamento desse estado, pois é Deputado Estadual reeleito.
O poder de convencimento perpassa pelo poder da argumentação. E João tem demonstrado ter sincronismo perfeito entre informação e persuasão.
Primorosa entrevista. Parabéns, Hiroshi!
Glenn Quagmire
11 de novembro de 2011 - 11:44“Muita Justa” é? hahaha
João do SIM
11 de novembro de 2011 - 11:36Marabá tem um expoente político. Bem articulado, tem oratória de conteúdo, é capaz de abrir o diálogo até mesmo com as correntes que desconfiam dele por motivos inconfessáveis. João do SIM, nosso Galeguinho, é para todos os que postulam cargos públicos em nossa região, via disputa nas urnas, um adversário político considerável. As respostas que deu a Hiroshi, inclusive a que trata do local onde poderia ser a futura capital, nos remete a um futuro plebiscito, caso sejamos felizes nestas eleições. Mais pragmatismo, impossível. A respeito da Terceira Via, foi como se perguntasse a Tancredo. Disse, não disse e desdisse aquilo que o repórter, arguto, queria arrancar dele.
Penso que João deveria focar mais e melhor, nas questões que tratam das oportunidades que este recorte federativo pode proporcionar. Empregos, por exemplo. O grande fantasma dos jovens da região de Belém, dos seus pais, dos seus parentes e aderentes. Nosso, também, aqui do Carajás. Nada convence mais do que sabermos das oportunidades que virão e nada é tão verossímel do que entendermos que o atual governo não pode contratar o que deveria.
A respeito de quanto dinheiro virá para os tres estados, João poderia dizer com mais enfase que o Novo Pará economiza 1,2 bilhão; que os tres receberão mais do que o Pará investe atualmente, que teremos mais receita, tudo isso no lead da resposta. Não no corpo, nem ao final da resposta. Mas logo no início da resposta, com convicção, com texto bem resumido, bem claro, objetivo o mais que puder.
Parabéns a João Salame por representar tão bem a nossa região nesta campanha do SIM.
Agenor Garcia
Jortnalista.