Paulo Bemerguy, autor do blog Espaço Aberto, um dos jornalistas mais bem informados do Estado, é quem conta o chega pra lá de Jader em Asdrubal. E vice-versa.

Como o assunto envolve diretamente um deputado federal eleito pela região Sul e Sudeste do Estado, o poster faz questão de reproduzir o post de Paulo em sua integridade, sem deixar de linkar os leitores com o Espaço Aberto.

 

 

“Tu me respeita”: é Jader e Asdrúbal discutindo

É dos piores possíveis, é dos mais desgastantes, dos mais pesados o clima entre Jader Barbalho e Asdrubal Bentes, dois históricos peemedebistas.

O primeiro, vocês sabem, é cacique do PMDB do Pará há trocentos anos.

O segundo, também vocês sabem, é deputado federal licenciado e atualmente ocupa o cargo de secretário de Pesca e Aquicultura do governo Jatene.

Asdrubal, envolvido até o último fio de cabelo no movimento em favor da criação do Estado de Carajás, resolveu entregar o cargo.

Mas não combinou com os russos.

Ou melhor, não combinou com o russo Jader Barbalho, que no PMDB dá a primeira, segunda, terceira, a milésima… até a última palavra.

Jader soube da decisão de Asdrúbal pelos outros, digamos assim.

Ficou furioso.

Tão furioso que chamou Asdrubal às falas.

Chamado, Asdrubal atendeu.

Mas também estava furioso.

E foi uma pega pra capar daqueles.

A discussão subiu de tom ao ponto de ambos chegarem àquele tradicional “tu me respeita” pra cá e “tu também me respeita” pra lá.

Por que o agastamento de Jader?

Porque a saída de Asdrubal da secretaria tucana desmonta toda uma engenharia política que permite, entre outras coisas, manter o suplente Luiz Otávio Campos, o Pepeca, no exercício do mandato em Brasília.

Se Asdrubal voltar à Câmara, Pepeca terá de rasgar de lá.

E aí, como é que ficou?

Está tudo em banho-maria.

Jader e Asdrubal estão trombudos um com o outro.

E oficialmente o secretário ainda está no governo Jatene.

Mas não pensa em outra coisa senão sair.

E já.

E logo.

Queira ou não Jader Barbalho.