Saboreando ainda os efeitos prazerosos de uma vitória eleitoral, Orly Bezerra esbanja também humildade, na entrevista concedida a Rita Soares, rejeitando a rotulação de que o trabalho de marketing dele foi fundamental para o retorno de Simão Jatene (PSDB) ao governo do Estado:
(…) Quando falo ganhamos, quero dizer que quem ganhou essas eleições foram os candidatos. Acho que há uma supervalorização do marketing ao se atribuir a vitória ou derrota especificamente a ele. O marketing faz parte, como outras ferramentas, que também são utilizadas durante uma campanha. Aí envolve o cenário político, o momento, o candidato e a comunicação. Em alguns momentos, o marketing pode ser prejudicial e até ser responspavel por uma derrota, mas a vitória tem que ser atribuída essencialmente ao candidato. Em especial, nesta eleição de 2010, o grande responsável pela vitória chama-se Simão Jatene. Tem se atribuído muito o resultado às falhas do governo Ana Júlia, mas a performance do Jatene em todos os aspectos foi exemplar.
Entrevista completa na ediçãod e domingo do Diário do Pará.
Hiroshi Bogéa
25 de novembro de 2010 - 11:54Grande Orly, realmente, Giusti e o Plínio estão de vez em quando por aqui, ajudando a fazer este blog, pautando comentários e artigos sob a luz do bom senso e da observação racional dos fatos. O que eles registraram sobre você endossa juizo de valor que a maioria tem de sua pessoa. Um abraço.
Anonymous
25 de novembro de 2010 - 02:27Meu caro Hiroshi,
Ainda saboreando o final das férias pós-campanha, embora sempre atento aos noticiários, principalmente nos blogs, só agora me deparei com esse seu registro da minha entrevista dada para a jornalista Rita Soares e publicada no Diário do Pará.
Não poderia me ausentar diante de dois comentários de pessoas tão caras e que registraram momentos tão marcantes da minha vida.
O Ronaldo Giuste me faz lembrar de um início no jornalismo, em O Liberal, em meados dos anos 70, quando muito jovens nos conhecemos buscando e lutando pelos mesmos sonhos. Perdemos um execelente jornalista, mas a advocacia ganhou um profissional competente, preocupado com as pessoas, um defensor das igualdades sociais.
Quanto ao Plínio Pinheiro velho de guerra, vem a lembrança da nossa primeira experiência em marketing político, quando já estávamos com a Griffo em plena ação. Pois foi aí em Marabá, na campanha de Haroldo Bezerra, em 1988, atendendo a um desafio proposto pela nossa amiga Rosyan Brito, que entreiamos em campanha política. E a partir daí, e já se passam mais de 20 anos, temos renovado essa experiência a cada dois anos. Uma cachaça que traz muitas alegrias, mas também algumas frustações.
Mas o melhor de tudo é relembrar esses momentos diferentes e muito marcantes. E felizes por trazer de volta um passado tão gostoso e decisivo pra gente.
Um forte abraço,
Orly Bezerra
Hiroshi Bogéa
17 de novembro de 2010 - 14:01Levam meu endosso as considerações de Giusti e do Plíno sobre o Orly. Até antes da campanha eleitoral deste ano, sempre frequentei o Doca Spetus, de sua propriedade, eu e minha família, com quem ficavamos batendo papo sobre assuntos gerais. O bar dele é testemunha também de gostosas conversas entre eu, ele e o Juvencio de Arruda (sempre vivo!). O Orly é um gentleman, mas também vai pro pau quando o momento exige. Não leva malcriação pra casa. Ele merece sorver a vitória ao seu gosto. Abs aos dois ilustres comentaristas.
Plínio Pinheiro Neto
17 de novembro de 2010 - 01:27Caro amigo Hiroshy.
Admiro e muito a capacidade laboral do Orly e sua equipe de publicidade, provados que foram em inúmeras campanhas vitoriosas. Realmente, como fala o Giusti, apesar do renome alcançado jamais se deixou levar pela vaidade que tem posto tantos a perder. No entanto, lembro-me de certa campanha municipal em que ele era o responsável pela campanha de um dos candidatos à Prefeitura de Marabá e tu, eu e o Japonês, fazíamos a campanha do outro. Na nossa pouca idade, àquela altura, sem as preocupações que o avançar dos anos nos trouxe, fizemos um trabalho que atingiu em cheio o eleitorado e impulsionou o nosso candidato a uma retumbante vitória. Deixamos o Orly e sua equipe completamente baratinados com as nossas invenções. Lembras do camaleão, do macaco e outras peças que pregamos? Nesta última campanha municipal encontrei com o Orly e equipe no vôo Belém/Marabá e ele fez questão de apresentar-me aos demais companheiros dizendo: "este é o Plínio de quem já falei a vocês sobre uma campanha para a Prefeitura de Marabá" e divertiu-se relembrando as ocorrências.Este é o Orly.Simples, competente, alegre, feliz, profissionalmente realizado e sobretudo, humilde.
Um grande abraço do
Plínio Pinheiro Neto
Anonymous
16 de novembro de 2010 - 20:09Final da década de setenta. Eu tentava engatinhar na profissão de repórter. A convite de Aldo Almeida, passei a estagiar em O Liberal. Lá estava Orly Bezerra, reporter, sempre atencioso e humilde com os novatos. Trilhamos caminhos diferentes. Não me tornei jornalista, porque a vocação pelo Direito falou mais alto. Ele continuou no jornalismo e na publicidade. É a prova de que pode-se vencer com humildade.
Ronaldo Giusti