Em alusão ao Dia Mundial da Voz – 16 de Abril, o Hospital Ophir Loyola (HOL) anunciou nesta segunda-feira (17) mais um avanço importante para a qualidade de vida de seus pacientes.

É o primeiro hospital que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na região Norte, a oferecer a laringe eletrônica a pacientes que tiveram câncer e passaram pela cirurgia de laringectomia total.

A oferta tem a parceria da empresa Atos Medical, desenvolvedora e fabricante de dispositivos médicos de alta qualidade para essa especialidade médica.

A laringe eletrônica permite a emissão de uma onda sonora contínua, transmitida por uma voz robótica, que forma palavras por meio dos órgãos articuladores (lábios, língua e dentes).

O dispositivo é movido por uma bateria recarregável, posicionada externamente próximo à garganta do paciente.

Os primeiros pacientes foram contemplados oficialmente durante a programação realizada hoje (17) no auditório da Radioterapia, com a participação de pacientes, profissionais de saúde e diretoria do HOL. A instituição receberá lotes mensais com cinco aparelhos para entregar a pessoas submetidas à cirurgia de retirada total da laringe. De 2022 até março deste ano, foram realizadas 14 cirurgias de laringectomia total no “Ophir Loyola”. Atualmente, 90 pacientes recebem atendimento ambulatorial devido ao câncer de laringe.

A diretora-geral do HOL, Ivete Vaz, destacou a importância da reabilitação vocal para a qualidade de vida dessas pessoas.

“É do conhecimento de todos que a perda da voz traz limitações importantes para a interação social. A aquisição desse dispositivo é uma importante conquista para a saúde pública paraense, e demonstra a nossa preocupação em amenizar as dificuldades comunicativas, emocionais e sociais vivenciadas por nossos usuários que passaram pelo procedimento cirúrgico”, acrescentou.

Chefe da Divisão de Fonoaudiologia do HOL, Cláudia Martins explicou que os usuários passarão pela reabilitação com a fonoaudiologia para se adaptarem ao dispositivo. “A nossa equipe foi treinada pela empresa parceira para que possamos contribuir com a adaptação do paciente. Esse, certamente, é mais um marco na história do hospital. Infelizmente, alguns pacientes precisam retirar a laringe devido ao câncer em estágio avançado, mas teremos como devolver a voz e a comunicação para eles”, afirmou Cláudia Martins.