A edição desta terça-feira (15) do Correio do Tocantins circula com matéria a merecer premiação, dada a coragem da denúncia formulada por uma servidora pública e sensibilidade do jornal em focar com a intensidade que fez a questão de abuso e exploração sexual de menores, uma semana do Dia (18) Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual.
Gigliola dos Santos, psicóloga de um projeto de assistência social da prefeitura de Marabá , abre a boca: 90% dos casos de abusos a menores são praticados por evangélicos, inclusive com citação de um pastor. A excelente reportagem leva assinatura de Joselio Lima. Leia aqui.
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atualizada às 14:42
Único senão: só faltou o Mascarenhas e o Patrick colocarem a matéria como manchete da edição. Como vem merecendo tratamento especial do jornal, o tema do Distrito Florestal Sustentável usado na chamada principal poderia ter ficado em segundo plano. Afinal, não é toda hora que aparece servidor público disposto a colocar a casa em ordem, principalmente ao se propor desmistificar tema de tamanha profundidade. Em todo caso, o CT matou a pau. Parabéns.
Anonymous
17 de maio de 2007 - 11:03Fina sensibilidade jornalística, Hiróshi? Hahahahahahah…
Leia o jornal Opinião de hoje, quinta-feira, e veja o que dizem o secretário Ronaldo Yara, titular da Seasp, e Alzilene Gonçalves, coordenadora do Projeto Colibri. Faltou o Opinião ouvir a pscóloga Gigliola dos Santos e o repórter do Correio do Tocantins, Josélio Lima, para que esses possam explicar a palhaçada que fizeram na matéria de terça-feira no CT. Matéria digna de premiação, Hiróshi??? Hahahahahaha…
Prêmio “Mico do Ano” para Gigliola dos Santos, Josélio Lima e Hiróshi Bogéa, nas categorias “Servidora pública irresponsável”, “Repórter incompetente” e “Blogueiro enganado”, respectivamente. Com muito respeito, é claro!!! Boa viagem a Brasília, Hiróshi!
hiroshi
16 de maio de 2007 - 02:28São 23:19 de terça-feira (15), acabo de chegar de viagem a uma cidade do sudeste. Li a matéria do CT, que reafirmo de fina sensibilidade jornalística, no final desta manhã e postei, com o título criteriosamente dado por mim aqui no blog. Fui feliz, porque despertei reação até de evangélicos normalmente retraídos e omissos diante de questões que envolvem a sociedade e suas organizações. Neste momento, não entrarei nos méritos, mas valeu a pena o post. Amanhã (quarta) prometo aprofundar o tema, ouvindo a editoria do CT e respondendo aos comentaristas. Valeu, gente. Abraços
Val-André Mutran
16 de maio de 2007 - 01:47Creio que há, sim distorção dos números apresentados pela fonte, porém, é inominável e absolutamente execrável a prática. Quer ela seja praticada por evangélicos, católicos, batistas, budistas…ou o que for.
Afinal é inadmissível a violência contra crianças inocentes que devem, a todo custo, ser protegidas pela sociedade, pois delas dependeo nosso futuro enquanto civilização.
Quaradouro
16 de maio de 2007 - 01:35A matéria mexeu num vespeiro e compartilho, em parte, com o que disseram o Delman Santos, evangélico, e o anônimo das 9:19. Acho, igualmente, que faltou ouvir a comunidade evangélica, até porque a generalização atenta contra a honorabilidade de todos.
Foi feita uma estatística, a partir do atendimento dos casos? Em que período?
Para mim, o assunto é muito mais grave e lhes dou um exemplo. Há uns quatro anos fui cobrir a Feixa Agropecuária de Xinguara (FAX) e fiquei uns cinco dias naquela cidade goiana perdida em território paraense. Empanturrei-me de arroz com piqui, fiquei surdo de ouvir música caipira e encantei-me com a cidade de chapéu e botas. Principalmente com o abismo que separa o grande latifundiário, o fazendeiro moderno, daqueles miseráveis que ví morando no lixão à entrada da cidade, na beira da rodovia.
Retornei num domingo e a van que me trouxe só veio até Eldorado dos Carajás. Tive que aguardar horas por outra que viria de parauapebas para poder chegar aqui. Pois foi bem aí que vi, ouvi, convivi com o fato que até hoje me apavora.
mal desembarquei da van, duas crianças – uma negra e outra branca – com no máximo 10 anos me abordcaram: “Moço, paga uma comida pra gente?”
As duas vestiam-se com pedaços desiguais de panos arranjados na presunção de saiazinhas e blusinhas, estavam descalças e encardidas como se dormissem no chão.
O anotador da parada das vans me disse que ali perto tinha uma pensão (palavra que, aqui, tem vários sentidos, de um restaurante vagabundo a uma casa de tolerância) e eu fui até lá com as crianças e pedi que a mulher lhe servisse o almoço enquanto eu me resolvia com a compra de passagem para ir embora.
De volta ao apontador, ele me olhou e disse: “Olha, é domingo, a van do Peba vai demorar, se você quiser ir coisar com as duas, tem uns quartinhos bem ali, ó”.
Sinceramente demorei um tanto para entender do que ele falava. Quando caiu a ficha, azuei.Sem jeito o rapaz desconversou: “Desculpe, moço, me desculpe, mas essas meninas aí se dão por um prato de comida e por esta região, quando uma menina pega 40 quilos é logo abatida”.
Outro parceiro veio em socorro dele e acabou de me arrazar: “Essas meninas vem aí dos assentamentos, onde são estupradas e os pais, em nome da honra, joga elas fora de casa. então elas vem pras paradas de vans e postos de gasolina se prostituir com camionzeiros”.
Como resolver isso, se é que se pode resolver isso?
Anonymous
16 de maio de 2007 - 00:19A exaltação do blog a matéria produzida pelo correio é pertinente já que se trata de violação contra os direitos da criança. Pena que o destaque maior esteja focado em cima de uma questão religiosa, o que caracteriza o preconceito do colunista contra esse segmento. Não é preciso lembrar que há pouco tempo um padre foi assassinato quando fazia sexo com um garoto de programa dentro da Igreja. No entanto, o episódio não mereceu tanto destaque da grande mídia e nem tão pouco dos blog`s que, em nome da liberdade sexual passam a considerar tudo tão natural.
Há que se duvidar desses números apresentados pela psicóloga já que muitos profissionais usam siupostos dados para atrair a mídia e marcar posição. se olharmos o resultado prático dos trabalhos realizados , inclusive pela instituição apresentou os dados perguntaremos: que esforços essa equipe vem tendo no sentido de promover ações que possam mudar esses números além da audiência na Câmara que ocorre uma vez por ano? O que se vê na prática é um crescente número de jovens e crianças nas ruas, cheirando cola , roubando sem o município através desses grupos apresentem qualquer projeto de inserção sociaL.
Ely Silva
15 de maio de 2007 - 22:34Discordo plenamente, esse número está muito além de qualquer pesquisa, de acordo com Juvencio, os evangélicos, alguns, são danadinhos e reprimidos, mas nenhuma pesquisa séria chegaria a esse índice.
Sou evangélico mais de 15 anos, conheço muito bem o comportamento de diversos grupos dentro da igreja como jovens, adolescentes e os solteirões de plantão, mas dificilmente acontece esse tipo de desrespeito ao pudor e a moral humana.
Sugiro que as declarações da psicóloga deveriam ser mais responsaveis, afinal de contas somos mais de 28 milhões de evangélicos no Brasil, ja imaginou o que representaria esse número?
Delman Santos
15 de maio de 2007 - 19:37Esses números são questionáveis, numa família, nem todos são evangélicos e os dados e a declaração da pscóloga deveria ser mais responsável. Na maioria dos casos o abuso é cometido pelo pai, tio, cunhado etc., que não é evangélico,mas convive no meio da família. (isso deveria ter sido citado na matéria). Pessoas que cometem tal abuso podem está se escondendo na religião. Nós evangélicos repudiamos qualquer tipo de violência física ou psicológica contra crianças. Pelo contrário, sempre ensinamos o valor da família e a importância dos ensinamentos de Jesus no que diz respeito a criação dos filhos. É lamentável.
Juvencio de Arruda
15 de maio de 2007 - 18:09Olha HB, tem alguma coisa errada aí. 90% dos casos concentrados num grupo só?
Claro, eles são danados e reprimidos, taradinhos pois.
Se confirmados esses números é matéria nacional!