O governador Helder Barbalho participou, na noite desta segunda-feira (04), do CNN Talks: Expectativas para a Cúpula do Clima, voltado à COP 29, que acontece em Baku, no Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro. O evento foi realizado em São Paulo. Na oportunidade, Helder Barbalho voltou a defender o mercado de carbono como ferramenta para atrair financiamentos para combater crimes ambientais e ações de recuperação do bioma amazônico.
O mediador foi o jornalista Willian Waac e ao lado de Helder Barbalho, também participaram o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, o governador do Amapá, Clécio Luís, e o Vice-presidente de Sustentabilidade da Ambipar, multinacional brasileira líder global em soluções ambientais Rafael Tello.
“O Estado do Pará, há um mês atrás, fez a maior comercialização de carbono jurisdicional da história do Brasil, com a monetização de R$ 1 bilhão, a partir de crédito que foi atestado por certificadoras internacionais. Esse é um case de sucesso de uma nova visão de recurso”, ponderou Helder Barbalho Barbalho.
“O Pará está no caminho certo. Temos feito um esforço descomunal para reduzir desmatamento”, completou o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho.
O chefe do poder executivo Estadual paraense voltou afirmar que o Pará vai aplicar os recursos dos créditos em carbono de forma criteriosa voltado ao povo da floresta.
“Nunca mais um indígena do Pará precisará ir a porta da Funai pedir recurso para conseguir uma cesta de alimento”, exemplificou Helder Barbalho. “A proposta que estamos fazendo é de repartição dos referidos com os povos indígenas, com os quilombolas, com a agricultura familiar e a parte que cabe ao Estado é obrigatória, por lei, ser utilizada para fomentar a continuidade da política de redução de emissões do Estado”, detalhou Helder Barbalho.
Ainda de acordo com o governador paraense, isso projeta que o Estado continuará viabilizando a redução das emissões já que o Pará ainda tem o desafio enorme pela frente.
A destituição dos recursos oriundos da monetização da floresta também foi aprovada pelo governador do Amapá, Clécio Luís.
“Estou concordando com Helder Barbalho! Sempre há de se repetir que, é fundamental ter remuneração para os povos tradicionais, indígenas, quilombolas, população urbana, mas pelo serviço prestado por manter a floresta em pé”, argumentou o chefe do Poder Executivo Estadual amapaense, Clécio Luís.