A assinatura da Ordem de Serviço para construção do Hospital Materno-Infantil em Marabá fez parte da agenda de trabalho do governador Helder Barbalho e da vice-governadora Hana Ghassan, nesta quarta-feira (4), na região Sudeste, seguida por inspeção às obras de construção da Policlínica na sede municipal.
Previsto para ser concluído em 2026 na Folha 29, Núcleo Nova Marabá, o Hospital Materno-Infantil deve gerar cerca de 200 empregos no pico das obras. A área construída terá 10.318 metros quadrados.
Helder Barbalho ressaltou que o hospital representará um salto na qualidade do atendimento oferecido à população, sobretudo às futuras mães. “Com isso, Marabá será uma referência no atendimento materno-infantil em toda a região. Essa iniciativa faz parte também das políticas de saúde que estamos implementando, em favor do avanço da cobertura dos direitos das mulheres em todo o Estado”, frisou o governador.
Proteção à mulher – Ele lembrou que, até 2019, o Pará era o Estado com maior índice de mortalidade materna no País. Ao final do primeiro mandato, em 2022, devido ao empenho da gestão, avançou para a 13ª unidade da Federação nesse ranking. “Temos que trabalhar, cada vez mais, para avançar nessa cobertura e melhorar esses índices para proteger as mulheres, e esse novo hospital será fundamental para isso”, enfatizou.
O hospital terá quatro pavimentos, com espaços de emergência e clínicas pediátricas, ginecológicas e obstétricas; consultórios médicos e odontológicos; unidades de tratamento intensivo neonatal, infantil e adulto; espaço para realização de exames (raio-x, ultrassom e tomografia); laboratório de análises clínicas; estrutura de banco de leite; centros cirúrgico, obstétrico e de parto, e blocos de enfermaria e apoio.
Estão projetados 90 leitos de internação pediátrica (41) e obstétrica (49), e outros 45 de internação intensiva (UTI), sendo 10 de UTI adulto, 10 de UTI pediátrica, 10 de UTI Neonatal, 10 de UCI Neonatal e cinco para o método Mãe Canguru, e mais 10 leitos de observação.
De acordo com Sipriano Ferraz, secretário adjunto de Políticas de Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o hospital representa um avanço no plano de recuperação da rede materno-infantil no Estado, sobretudo no aperfeiçoamento da média e alta complexidade na região Sudeste, a fim de encurtar as distâncias para quem precisa de atendimento pediátrico e obstétrico.
A expectativa do prefeito de Marabá, Sebastião Miranda (Tião), é que o novo hospital amplie a assistência materna e infantil em toda a região. “Só com o hospital que temos no município temos que dar conta de atender 20 bebês que nascem todo dia, em média. Às vezes, vem paciente do Maranhão até nós porque já nos disseram que o Pará atende melhor”, disse o gestor.
Rede descentralizada – A equipe do governador também visitou as obras da Policlínica de Marabá, que fortalecerá a rede estadual dessas unidades, formada pelas Polis de Belém, Tucuruí e Capanema – em funcionamento -, e as que estão em construção nos municípios de Altamira e Santarém, na região Oeste, e Breves, no Marajó.
As policlínicas são unidades que descentralizam o atendimento de saúde e diminuem a necessidade de grandes deslocamentos, além de contribuir para a redução da fila de espera de exames e consultas. A obra em Marabá tem o investimento total de aproximadamente R$ 28 milhões.
“A nossa intenção de ampliar o número de policlínicas está se concretizando, e assim seguimos garantindo que as especialidades médicas estejam descentralizadas no Estado, para que nós possamos encurtar o caminho das pessoas para esses serviços”, disse a vice-governadora Hana Ghassan.
A Policlínica de Marabá terá 2.380 metros quadrados (m²) de área construída, com dois pavimentos, e contará com 53 salas de atendimento, 12 consultórios, espaço para realização de exames, incluindo radiografia, tomografia, ressonância, densitometria, ultrassonografia, Mapa, holter, eletroencefalograma, ecocardiograma e teste ergométrico.
A Policlínica de Marabá oferecerá atendimento em 35 especialidades médicas, além de um polo de diagnóstico, área cardiológica, pré-operatório rápido e triagem pós-Covid.
A unidade também contará com um Núcleo de Atenção ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), permitindo ao Estado avançar com as políticas públicas direcionadas às pessoas com TEA.
O engenheiro responsável pelas obras na Policlínica, Luís Carlos Ribeiro, informou que as obras de infraestrutura já atingiram 82% de conclusão, e agora começa a fase de acabamento, com previsão de conclusão em fevereiro de 2024. “Ao todo, 43 trabalhadores estão atuando na obra e mais 15 estão entrando indiretamente”, acrescentou. (Colaboração de Edilson Teixeira).