O Governo Federal declarou que irá empregar produtos da agricultura familiar na preparação de refeições durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém.
O acontecimento mundial está agendado para novembro deste ano e, além do cardápio internacional que já se tornou uma tradição, a agenda incluirá uma seleção de restaurantes e quiosques que proporcionarão alternativas veganas, vegetarianas, sem glúten e sem lactose.
Os visitantes poderão desfrutar de alimentos que atendem às normas da legislação islâmica (halal) e judaica (kosher). A administração brasileira está empenhada em garantir que os ingredientes utilizados nesses pratos sejam provenientes da agricultura familiar.
A meta é proporcionar “alimentação saudável, a um preço acessível e que respeite o meio ambiente”, ressaltou Nilza de Oliveira, responsável pelas operações da Secretaria Extraordinária para a COP30 na Casa Civil do Governo Brasileiro (Secop/CC).
Público estrangeiro
O evento que será realizado na capital do Pará não poderia deixar de apresentar as iguarias típicas da área, como tacacá, maniçoba e peixe frito acompanhado de açaí. O objetivo é unir o público estrangeiro à cultura e aos produtores da região.
A deliberação está em sintonia com a esperança de que a agenda da COP no Brasil esteja conectada aos compromissos de combate às alterações climáticas.
“Na COP, os alimentos costumam ser percebidos apenas como uma forma de saciar a fome e fornecer energia. No entanto, eles estão intimamente relacionados ao clima, à agricultura e às implicações sociais desse vínculo,” declarou Vitor Arroyo, gerente de projeto da Secop/CC.
No ano de 2023, em Dubai, foi apresentada uma carta contendo propostas que ilustram a perspectiva de um futuro sustentável através da alimentação oferecida em seus eventos. Essa abordagem prioriza alimentos acessíveis, ricos em nutrientes, majoritariamente vegetais e culturalmente diversos, destacando a necessidade urgente de medidas para combater a crise climática.
