Todos garotos. Aliás, guris – como gostam de ser denominados os jovens gaúchos.
Possivelmente, quem sabe, muitos deles guardavam livros em suas cartolas mágicas de sonhadores inveterados – como todo guri.
Entretanto, quanto mais rápido o tempo passa a nos engolir, mais certeza eu tenho, agora, de que, infelizmente, “os bons morrem jovens.”
Tantos jovens consumidos em labaredas, ao mesmo tempo em que ao país é imposto a obrigatoriedade de ter de conviver, diariamente, com a podridão de péssimos político septuagenários.
Uma inversão de valores que compromete a qualidade do futuro de nossos filhos e netos.
Ao morreram antes, os bons deixam saudades em corações de pais, irmãos, namoradas, amigos, vizinhos e a estranha sensação de que Deus, em momentos de cochilo, não leva a sério a sua bela e culta obra de construção da vida.
Um irreparável cochilo a merecer discussões intimas, do próprio Senhor, diante de maldade imensurável.
Como diz Renato Russo, “é tão estranho, os bons morrem jovens”, sem que haja justificava divina para a imensidão da dor.
A dor, de tão velha, mesmo assim, ainda dói.
Mergulhando no cenário de dor pontuada na casa noturna de Santa Maria, fico a imaginar como estão vendo a toda essa tragédia -, expoentes lindos da cultura gaúcha, entre muitos, o inesquecível Érico Veríssimo, pai de Luis Fernando Veríssimo; e, Moacyr Scliar, embora ausente há um bom tempo de nossas vidas, sentindo o desfalque que farão na vida de muitos -, os meninos mortos na boate Kiss, levados ao local para se deliciar com um show denominado de “Gurizada”.
Com o objetivo de atenuar pecados e realizar ao menos uma boa ação nesta existência, a quem propor oferecer a própria vida em sacrifício para que os meninos de Santa Maria retornem aos seus lares?
Fábio Lima
30 de janeiro de 2013 - 17:32Olá meu caro Hiroshi!
É lamentável o que aconteceu na boate Kiss, no entanto, caro Hiroshi, entendo que nesse momento não cabe responsabilizar Deus ou qualquer outra entidade acima do mundo dos homens. Tratemos essa tragédia com a objetividade necessária para confortar as centenas de famílias atingidas e buscar apurar as responsabilidades de todos que cometeram seus erros, seja por omissão, negligência ou pela imperícia de quem ateou a fagulha que iniciou o torpe episódio.
Me indigna achar que o Deus escolhido por muitos, seja capaz de permitir a morte de tantos. Não falo somente do acontecido na boate Kiss, mas também dos milhares que morrem diariamente por falta de alimentos ou mesmo abrigo. Não brinquemos com a crendice popular, pois se há muitos o episódio é uma ação divina, no meu entender só reforça o entendimento que o destino das pessoas, são traçados por consequência dos atos falhos dos próprios homens.
Grande abraço de seu leitor.
ismael lima ribeiro
30 de janeiro de 2013 - 11:57Deus nao dorme e nem muito menos cochila,o q aconteçeu foi uma fatalidade q nao foi a primeira e nem vai ser a ultima. tinha como evitar mais a ganançia pelo lucro falou mais alto do q as vidas presente ali.
Luis Sergio Anders Cavalcante
29 de janeiro de 2013 - 09:30Concordo com o das 16:55 hs. 28/01,” foi uma sucessão de erros”. Diria eu, uma sequencia “de omissões” : De quem deveria verificar “in loco” se o local atendia à todas normas de segurança, fiscalizar a validade do Alvará etc e etc… Isso não é privilegio – se assim se deva denominar – dos gauchos. Infelizmente, o que mais se vê no país como um todo, são negocios montados e funcionando normalmente, sem a devida permissão ( Alvarás de Funcionamento) seguida da fiscalização. Aí amigos, quando acontece uma tragedia desse porte, divulgado em toda a mídia, escrita, falada e televisada, entremeda da devida cobrança, as autoridades imediatamente vêm a público, se mobilizam, dão apoio, se consternam com o ocorrido, para quê ? Amigos, para “remediar”, quando seria tão mais fácil e barato, “prevenir”. É essa a nossa realidade. Em 29/01/12, Marabá-PA.
Plinio Pinheiro Neto
28 de janeiro de 2013 - 21:10Caro Hiroshy.
Sei que a sua intenção não foi a de dizer que DEUS descuida-se de vez em quando de Seus cuidados para conosco e o fato de ter usado esta frase foi uma força de expressão e mesmo, não foi a primeira vez que ela foi usada, pois em 1963 por ocasião do assassinato do Presidente John Kennedy, a imprensa disse que a sua morte tinha sido um cochilo de DEUS.Na verdade, como muitos comentaristas já disseram, DEUS não monitora nossas atitudes e nos é dado o livre arbitrio na escolha de nossos caminhos.O Salmo 121 nos diz que “O Protetor do povo de Israel, nunca dorme nem cochila”.Pode ter certeza de que é em DEUS que os corações feridos dos pais estão buscando alivio e forças para suportar a dor imensa.
Jorge Antony F. Siqueira
28 de janeiro de 2013 - 17:30Amigos comentaristas, sou solidario à dor dos parentes desses jovens que tinham toda uma vida pela frente. Mas, pior ainda, será verificar que, após passarem os primeiros dias da tragedia, a coisa cairá no esquecimento e ninguem, repito, ninguem, será punido devidamente pelo infausto. Em 28.01.13, Mba.-PA.
anonimo
28 de janeiro de 2013 - 16:55Uma sucessão de erros,uma fatalidade,inoperancia dos orgãos fiscalizadores,e por fim a insensibilidade de alguns,pois se liberassem imediatamente a única saída, talvez a tragédia pudesse ser evitada,ou quiçá,minimizada. O que é fato, é que essa ocorrencia foi demais,uma coisa terrível, só DEUS, para confortar os sofridos familiares da vítimas.
Uriel de Jesus
28 de janeiro de 2013 - 14:38Será que foi culpa de Deus quando aquele avião caiu no Rio de Janeiro e matou muitas pessoas recentemente? Todo nós, inclusive você, Hiroshi Bogéa, temos livre arbítrio, escolhemos o que queremos fazer. É bom que as pessoas entendam qual seja boa, agradável e perfeita vontade do Senhor. Nós queremos trilhar por caminhos que Deus não quer, mas insistimos, então permiti que você, mas não é vontade perfeita de Deus. Entenda isto senhor Hirshi Bogéa.
Roberto Sousa
28 de janeiro de 2013 - 14:07Caro Hiroshi, gosto de ler seus artigos e avalio, ora de forma positiva, ora negativa, suas colocações. Entretanto dessa vez, você que sempre usa bem as palavras, não as escolheu de modo adquado ao se referir a Deus. Dizer que Deus “cochilou” é no minimo colocar a culpa das tragédias sobre Ele que, aliás, levou sobre si todas as nossas dores.
É lamentável o que aconteceu, mas acredito que álcool, drogas e outras coisas deram sua contribuição para tão grande tragédia isso sem falar na “doença do sono” que tem atacado nossos governantes e representante.
Glaucia
28 de janeiro de 2013 - 11:31Cochilo? não nunca.
Deus não dorme não falha Ele é onipotente oniciente.
Tudo isso devemos nos vigiar em todas as areas de nossas vidas, seja onde pisarmos, estamos sujeito a esse tipo de trajedia.Mas pedimos a Deus conforto para esses familiares e para os demais q passaram por situações parecidas.
Mitiko Tunai
28 de janeiro de 2013 - 10:19Hiroshi querido,
É muito difícil para nós entendermos o porquê de acontecimentos como esse.
É claro que a gente se pergunta: Se Deus é tão poderoso, porque deixar acontecer uma tragédia dessas??? Se Ele tudo pode, porque não protegeu os jovens que saíram pra se divertir e não mais retornaram aos seus lares, deixando os seus pais órfãos???
Não sou adepta a nenhuma religião, mas creio imensamente em Deus!!! Não sei explicar esses acontecimentos ruins, mas penso que se o bem existe, o mal também está entre nós…e que Ele nos livre do mau e dos males.
Beijos!!!
Diogo Margonar
28 de janeiro de 2013 - 10:14Foi cochilo dos homens. Dos homens da Prefeitura, que não fiscalizaram previamente se a empresa poderia funcionar, já que estava com o Alvará de Funcionamento atrasado. Dos bombeiros, que não fiscalizaram os extintores (que não funcionaram no momento da tragédia) e condições de lotação e acomodação dos usuário. Da empresa, que não treinou melhor seus funcionários para prevenir ou tentar mitigar situações extremas como esta. Da Câmara de Vereadores e Congresso Nacional que nunca editaram nenhuma lei obrigando dispositivos de segurança (acendimento automático em caso de incêndio) ou proibindo produtos pirotécnicos em ambientes fechados como boates, a exemplo do que já existe em outros países, como EUA e Argentina, onde tragédias similares no passado criaram inovações legislativas a respeito. A responsabilidade é dos humanos, que, agindo dentro da liberdade dada por Deus, foram omissos e irresponsáveis. Que Deus conforte as famílias vítimas da tragédia. Vamos orar por eles.
Mary
28 de janeiro de 2013 - 09:29É lamentável o que aconteceu com todos aqueles jovens. Gente que tinha um futuro brilhante. Às famílias minhas condolências. Agora, dizer que foi cochilo de Deus é, no mínimo, uma conclusão de mau gosto. As pessoas excluem Deus de suas vidas, dos seus planos e do seu cotidiano e depois culpam a Deus por todas as suas mazelas. Todos temos livre arbítrio, livre escolha, mas não culpemos a Deus pela atitude sem juízo de um vocalista irresponsável e tb da irresponsabilidade dos donos da boate que não ofereceram um mínimo de segurança.
Adir Castro
28 de janeiro de 2013 - 09:16Deus nunca cochila.