Embora o governo federal mantenha nomes de investigados sob sigilo, o blogueiro obteve informações de que pelo menos duas dezenas de empresários, fazendeiros e comerciantes  marabaenses estão na lupa da polícia e do Ministério Público Federal,  apontados como financiadores e instigadores de tentativa de golpe de Estado, dia 8 de janeiro, em Brasília.

Além de terem seus nomes enviados ao canal de denúncia criado pelo Ministério da Justiça, outros investigados criaram provas contundentes contra si mesmos, publicando vídeos de suas participações no quebra-quebra na capital federal.

Um dos líderes no Sul do Pará na organização de atos golpistas é o ex-prefeito de Pau D´Arco, Luciano Guedes, que além de fazendeiro,  arranjou tempo para receber um DAS na assessoria  do gabinete do senador Zequinha Marinho, outro bolsonarista inveterado e que, certamente, não se opôs aos  movimentos contra a posse do presidente Lula.

O presidente do Sindicato Rural de Marabá, Ricardo Guimarães, ex vice-prefeito do município de Itupiranga, está na lista de investigados pelo Ministério Púbico Federal – conforme o blog divulgou dias atrás.

Guimarães é tido como um dos principais financiadores dos movimentos golpistas ocorridos em Marabá, em frente ao quartel do 52 BIS, contra a posse do presidente Lula.

Grande parte da distribuição de carne para os fartos churrascos ali realizados (foto acima, Ricardo organiza peças de boi para corte), foi realizada pelo pecuarista, que se gaba, em uma de suas convocações para a população se dirigir até a porta do quartel, dizendo que desrespeitara uma ordem judicial para o desbloqueio da via em frente a caserna.

“Já recebemos ordem judicial e não respeitamos ela” , disse ele, numa afronta ao poder judiciário e, comprovando, na prática, que o movimento golpista era de verdade, nem que fosse preciso passar por cima de uma decisão de uma juiz.

O vídeo abaixo é a prova.

 

 

Dois ex-candidatos a cargos eletivos na região, também produziram provas contra si.

Avelino da Fraga Neto, mais conhecido como Lino, candidato a prefeito em São João do Araguaia,  pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, é tido como um golpista de primeira linha contra a posse de Lula.

Ao lado de outro ex- candidato a vereador em Marabá, o  comerciante Gilson Ferreira da Silva, Lino se desespera em gritos incentivando a invasão dos prédios dos três poderes da República, em Brasília, em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), minutos antes da invasão.

Seu colega de tentativa de golpe de Estado, Gilson da Silva, chega a fazer ameaça ao ministro Alexandre de Moraes.

Ele diz:    – “Estamos aqui em frente ao Tribunal Superior de Justiça (STF) , o Alexandre de Moraes vai ver” (veja vídeo abaixo).

Como o governo federal e as diversas esferas policiais do país tocam as investigações com muito cuidado para que as punições contra os golpistas sejam realizadas com sucesso, outros nomes de investigados estão na mira.

A ordem dos poderes Executivo e Judiciário é não deixar pedra sobre pedra.

“Quem participou do golpe, instigando, financiando e destruindo o patrimônio público, vai para a cadeia. O Brasil precisa acabar de vez com essas seguidas tentativas de desintegração de nossa Democracia. Doa a quem doer, iremos investigar até o fim, nem que dure dois a três anos”, disse uma autoridade federal em contato com o blogueiro.

Na foto de capa, fazendeiro Luciano Guedes marcou presença constante em Brasília,  no acampamento em frente ao QG do Exército.

————————-

Nota do blog:  após a publicação do post,  ouvindo em filtragem de áudio a fala do comerciante Gilson Ferreira da Silva, ao contrário do que foi postado acima, a fala correto é a seguinte:

–   “Estamos aqui em frente ao Tribunal Superior de Justiça (STF) , o Alexandre de Moraes está aí dentro”.