Estudantes das escolas das águas, campo e florestas de Belém tiveram uma manhã de encantamento e magia, nesta sexta-feira (07/06) no Teatro da Paz. Eles assistiram o ensaio geral da orquestra que vai encerrar o XXXVI Festival Internacional de Música do Pará (Fimupa).
A ação, coordenada pelo Núcleo de Arte, Cultura e Educação (NACE)), vinculado à Semec, contou com a presença de 220 estudantes das escolas do território insular de Belém, que se deslocaram de barcos e de ônibus escolar para chegar ao imponente prédio do Teatro da Paz, construído em 1878, na praça da República em Belém.
O evento faz parte de uma atividade de formação que vem se desenvolvendo desde 2021, em parceria com a Fundação Carlos Gomes e o Teatro da Paz e que visa proporcionar aos estudantes de escola pública uma imersão no ambiente da música erudita, por meio de um concerto didático.
“Esse tipo de ação é de uma imensa grandeza na vida dessas crianças. Essa fruição mexe com a vida deles, que vão carregar essa experiência por muito tempo, porque a música mexe com a emoção de qualquer pessoa, especialmente as crianças”, avalia Marta Ferreira, coordenadora do NACE.
Antes de começar o espetáculo a Maestra Alba Bomfim, professora de Regência e Práticas Interpretativas do curso de Música da Universidade Federal do Piauí (UFPI) apresentou aos cada instrumento aos estudantes, para que tivessem noção da sonoridade e do papel de cada músico na orquestra. Eles executaram fragmentos de clássicos da música erudita e popular, levando a plateia ao delírio.
A sinfonia executada foi “Floresta do Amazonas”, do maestro carioca Heitor Villa-Lobos (1887-1959) compota em 1958 e que resultou de sua vivência, durante a juventude, na Amazônia. Um dos destaques da orquestra, composta por 120 músicos é a soprano argentina Rosana Schiavi.
Para a professora Berenice Farias, da escola Milton Monte, da ilha do Combu, “o espetáculo foi uma experiência fantástica para nós e, sobretudo, para as crianças, que acordaram cedo e estavam ansiosas por este momento lindo”. “Valeu todo o esforço, completou ela, para chegar aqui”, completou a educadora .
A estudante Rayssa Vitória Cecim Trindade, de nove anos, achou o concerto “um espetáculo muito legal” e ficou encantada com o som da flauta. A professora Helen Cardoso, da escola Madalena Travassos, da ilha do Mosqueiro, traduziu o recital como uma grande oportunidade para as crianças. Na opinião dela, o que as crianças assistiram “contribuiu imensamente para abrir ainda mais as suas mentes”.
Mário Eduardo, do Anexo Santo Antonio, na ilha do Combu, ficou embevecido pelo som do trombone. Mesmo instrumentos que fascinou o Paulo Trindade, da Milton Monte, que fica na mesma ilha. (Agência Belém)