Observador da operação de fiscalização em pátios de serraria em Tailândia conta que não foi bem digerida pelos fiscais do Ibama a operação integrada com seus colegas da Sema. Experientes, os fiscais do órgão federal, que possuem quase duas dezenas de anos de experiência em operações nas costas, fizeram tudo para dificultar e colocar para escanteio a atuação dos fiscais da Sema.
Diziam que iam para um rumo e seguiam para outro, fizeram inclusive defesa veemente de empresas que não deveriam ser fiscalizadas, sob a alegação de que elas estariam regulares, mesmo sem terem checado a papelada. Não faltaram comentários maldosos na cidade, incluindo a cobrança de dividendos para fazerem vista grossa. Conta a rádio cipó, que a oferta ficou na casa dos R$ 30 mil. Jura, porém, que a empresa teria recusado a provocação.
Saída pela esquerda
É fato que na hora em que se negociou uma saída de emergência dos fiscais (do Ibama e da Sema), que ficaram impedidos de ir e vir dentro de uma serraria, os do Ibama, milagrosamente (ou seria espertamente?) conseguiram escapar rumo à Belém. Já os da Sema se perderam no labirinto dos ramais e demoraram horas para chegarem em um destino em que se sentiam minimamente seguros. Porém o rumo era outro: Sudeste do Estado. Deixaram para trás todos os seus pertences. Saíram de Tailândia como se fossem os bandidos da história.
Inversão de valores
Já os verdadeiros praticantes dos ilícitos afrontavam a opinião pública, usando como escudo a informação de que “famílias estão passado fome” e que a ação governamental vai gerar desemprego, numa safada tentativa de justificar o crime que praticam. É de se perguntar: as serrarias que operam ilegalmente em Tailândia foram instaladas no dia do início da operação? Não foram poucos os veículos de comunicação que embarcaram nessa.
Hiroshi Bogéa
20 de fevereiro de 2008 - 18:50“Não adiante esconder o sol com peneira, criando uma infinidade de áreas de reserva, que este não é o melhor caminho. A exploração racional da floresta, a permanente fiscalização evitará a continuidade da extração clandestina”.
Pronto, resumiu, Barata.
Abs
Ronaldo Barata
20 de fevereiro de 2008 - 18:34Caro Bogéa:
Não há necessidade de criar milícias, nem realizar operação de pura pirotecnia. A adoção de uma política consistente viabilizando, com rapidez e eficiência os planos de manejo sustentáveis, aliado a uma fiscalização é o remédio para a crise que se instalou no setor madeireiro. Não adiante esconder o sol com peneira, criando uma infinidade de áreas de reserva, que este não é o melhor caminho. A exploração racional da floresta, a permanente fiscalização evitará a continuidade da extração clandestina. A manutenção do atual status quo só alimenta a corrupção com o pagamento de propinas e a desmoralização do aparato estatal.
abraços do Ronaldo Barata
Anonymous
20 de fevereiro de 2008 - 11:00É a sociedade já deu provas de que nem campanhas de conscientização sobre a importancia de preservar a floresta, nem as mudanças percebidas no meio ambiente, nem a repressão e muito menos as multas são capazes de impedir a destruição desse patrimônio de valor incomensurável. Será preciso o governo criar uma milícia para combater a Amazônia? Que Deus nos acuda.