Sugere-se ainda, no embalo do tema, à futura Comissão Parlamentar de Inquérito do Desmatamento girar seu telescópio em direção a Tailândia, onde a promotora Ana Maria Magalhães está sendo ameaçada de morte por poderosos grupos econômicos, exploradores das florestas regionais. A corajosa jovem promotora não tem dúvidas de que um fax enviado alertando-a de esquema preparado para tirar-lhe a vida deve ser levado a sério.
O poster conversou no inicio da noite de ontem, 13, com pessoa ligada a Ana Maria, de quem ouviu relato sobre as investigações levadas a cabo pelo Ministério Público de Tailândia descerrando esquema de vários projetos de manejo elaborados de forma criminosa.
Madeireiros ricos ligados à produção de carvão e ao comércio exportador estariam por trás das bandalheiras.
A promotora, apesar dos apelos de familiares e amigos, mantém-se refratária aos conselhos para abandonar a causa e pedir sua remoção para a capital. “Ela precisa apenas de apoio de autoridades ligadas aos organismos ambientais do Estado e federais para elucidar a tramóia”, conta.
Essa deveria ser a primeira preocupação da chamada CPI do Desmatamento, caso seja mesmo instituída. Formá-la exclusivamente para defender interesses do Capital, de olho na conquista de apoios interessantes às eleições de outubro, é ato tão escandaloso quanto o desmatamento da Amazônia.